Aguirre era a aposta da diretoria do Galo para substituir o ídolo Levir Culpi, campeão da Copa do Brasil em 2014, e levar a equipe novamente ao título sul-americano, mas teve pouco tempo para implantar sua filosofia de jogo. Além da queda na Libertadores, outros fatores que pesaram na demissão foram a perda do título mineiro para o América, a insistência com o rodízio de jogadores a cada partida e as improvisações em excesso. Em apenas 31 jogos, o uruguaio obteve 59,1% de aproveitamento –16 vitórias, sete empates e oito derrotas.
Depois disso, as trajetórias de Diego Aguirre e Atlético tomaram rumos diferentes. O treinador assumiu o San Lorenzo, ficando um ano e meio no cargo (foram 57 jogos e 57,8% de aproveitamento pela equipe), e recentemente aceitou o convite do São Paulo, num processo de reestruturação da equipe. Já o Galo vive, desde então, a instabilidade no comando técnico, com trocas frequentes por causa dos fracassos em campo – Marcelo Oliveira, Roger Machado, Rogério Micale e Oswaldo de Oliveira passaram pela Cidade do Galo. Há 21 jogos, o auxiliar técnico Thiago Larghi é o treinador interino.
Na visão dos jogadores alvinegros, Aguirre deixou o legado no Atlético. O zagueiro Gabriel, promovido aos profissionais pelo treinador, afirma que ele foi fundamental na evolução no sistema de marcação. “Aprendemos muitas coisas. Ele monta muito bem suas equipes, que se defendem bem. Pude aprender bem isso. Tive experiência jogando de lateral e sou grato ao Aguirre por isso. Será um prazer reencontrá-lo”.
No jogo de hoje, o camisa 4 sabe que o time alvinegro terá de ser incisivo nas finalizações para conquistar a vitória: “O São Paulo tem conceito de jogo bem definido. Vamos encontrar dificuldades, pois é um time que vai marcar muito. Tem que saber o que vamos encontrar lá. Vai ser um jogo difícil. Vamos buscar os três pontos para dar sequência boa no Brasileiro”.
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