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Menos passes, mais chutões: volante comenta mudança na saída de bola do Atlético

Característica de jogo muda com chegada de Levir Culpi ao Alvinegro

Túlio Kaizer
Goleiro Victor tem utilizado menos a saída de bola com passes e dado mais chutões - Foto: Bruno Cantini/Atlético
 
No decorrer da temporada 2018, o torcedor do Atlético se acostumou a ver o time iniciar as jogadas no campo de defesa com passes curtos. A característica implantada pelo ex-técnico Thiago Larghi começa a ser alterada no Galo. Nos últimos jogos, o time passou a dar mais chutões nos tiros de meta com o goleiro Victor e nas jogadas de bola parada no campo de defesa.

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Para se ter uma ideia do número alto de chutões, Victor fez 17 lançamentos durante a vitória sobre o Bahia, por 1 a 0, no Independência, sendo cinco certos e 12 errados. No Campeonato Brasileiro, o camisa 1 fez 380 lançamentos (162 certos e 218 errados), média de 10,9 por partida.
 
O volante Adilson comentou a mudança de estilo do Atlético em campo. O jogador diz que, quando o técnico era Thiago Larghi, o time tinha que sair jogando com a bola no chão, mas que agora não é mais uma obsessão do grupo.
 
“Levir nos dá Liberdade para tomar certas decisões. Ele não queria mexer na estrutura da equipe. O Thiago sempre assumia: ' Sai jogando a todo custo que, caso algo dê errado, eu assumo'. Tínhamos toda tranquilidade e confiança dele para que saíssemos.
Não tomamos nenhum gol, tamanha a confiança que tínhamos. Se continuar fazendo e der alguma coisa errada, fica ruim para o Levir e para a gente. Faz parte. É experiência. A gente conversa e vê que não é momento de arriscar e, sim, ser cauteloso. Se o adversário recuar demais, a gente sai jogando com naturalidade. Não é obsessão nossa como era antes. Foi uma decisão da maior parte dos jogadores”, disse.
 
O jogador afirmou que, no momento, é mais importante para o Atlético o resultado do que as atuações. Ele usou esse argumento para justificar as últimas exibições do Galo no Campeonato Brasileiro.
 
“Achei bom o primeiro tempo. Estamos num momento delicado e abdicamos de algumas coisas que fazíamos antes, como começar o jogo com o Victor jogando. Estamos ligando o jogo de forma direta e arriscando menos. Entendemos o momento. O mais importante é a vitória.
O discurso do jogo contra o Paraná foi parecido. Não era necessário se arriscar naquele jogo, porque o mais importante era os três pontos. Hoje, conversamos e vimos que estávamos bem, no caminho certo e precisávamos de paciência. Com a determinação que vínhamos apresentando desde o jogo contra o Grêmio, sabíamos que as coisas iam acontecer. E naturalmente aconteceu. Fizemos nosso papel e defendemos bem, mostrando garra e determinação. Depois da expulsão do Fábio, eu estava muito confiante e sabíamos que não íamos tomar gol. Seguimos firme no nosso objetivo. O grupo todo fez belo trabalho”, concluiu.

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