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ATLÉTICO

Atlético se apega a desempenho, números e três exemplos para crer no título brasileiro

Ao fim de 14 rodadas, time soma 27 pontos - cinco a menos que o líder Santos

João Vitor Marques
Ricardo Oliveira e Ramón Martínez comemoram gol marcado contra o Fluminense - Foto: Bruno Cantini/Atlético
Não é segredo para ninguém que a prioridade do Atlético é conquistar a Copa Sul-Americana. O bom desempenho e a curta distância de pontos para o líder Santos, porém, reacenderam o sonho alvinegro de vencer o Campeonato Brasileiro e findar um incômodo jejum de 47 anos.

E não é demais crer na repetição do feito de 1971, afinal, o Galo ocupa a quarta colocação ao fim da 14ª rodada, com 27 pontos – cinco a menos que o líder. Palmeiras (segundo, com 29) e Flamengo (terceiro, com 27) completam a lista dos quatro melhores, que garantem vaga direta na fase de grupos da Copa Libertadores de 2020.

Conquistar uma vaga no G-4, a princípio, é a meta estabelecida por diretoria, comissão técnica e grupo atleticanos na Série A. Contudo, a notória evolução do time fez com que o discurso, aos poucos, mudasse. “A gente sabe que é difícil. Outras equipes investiram muito mais que o Atlético. A gente vai fazendo um trabalho difícil, mas lá na frente, com certeza, a gente vai brigar pelo título”, diz o meio-campista Elias.

A afirmação foi feita após a vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense, sábado, no Independência. O triunfo, aliado a tropeços de Santos e Palmeiras respectivamente para São Paulo e Bahia, aproximou o Atlético dos líderes.

Restam 24 rodadas para o fim do campeonato.
Ou seja: 72 pontos estão em disputa. Teoricamente, tudo pode acontecer. Até o lanterna Avaí, com seis pontos, ainda tem chance matemática de ser campeão. Em geral, porém, a taça termina com uma equipe que iniciou bem a Série A. Em sete dos 16 campeonatos por pontos corridos finalizados, o líder da 14ª rodada foi campeão. Em outros cinco, a diferença do primeiro para a equipe que levantaria a taça meses mais tarde era de, no máximo, três pontos – ou um jogo.
INSPIRAÇÃO Há, porém, três reviravoltas marcantes. Em 2018, o Palmeiras (que viria a ser campeão) era apenas o sexto colocado na 14ª rodada, com sete pontos a menos que o líder Flamengo. A reação se iniciou quando Felipão assumiu o cargo deixado por Roger Machado. Antes, o São Paulo de Muricy Ramalho conseguiu feito semelhante em 2008, ano do tri. Na 14ª rodada, ocupava o sexto lugar, com cinco pontos a menos que o líder Grêmio. No ano seguinte, o Flamengo de Andrade, Adriano Imperador e Petkovic sairia da sétima colocação na 14ª rodada para o improvável título brasileiro. Deixou para trás, entre os concorrentes, o Galo, que tinha sete pontos de vantagem.

O técnico atleticano Rodrigo Santana tem se mostrado confiante, mas mantém os pés no chão: “É bom deixar os holofotes voltados para os outros clubes e deixar a gente comendo pelas beiradas”. Para Elias, a desconfiança de parte da imprensa vira motivação.
“Ninguém acredita, né? A gente gosta de futebol, assiste a todos os programas. Os comentaristas estavam falando do primeiro (colocado), do segundo, do terceiro, e pulando para o quinto. Estavam esquecendo o quarto, que era a gente. Mas deixa esquecer”, finalizou.

A missão alvinegra continua sábado, às 19h, quando o time visita o Athletico-PR, na Arena da Baixada, pela 15ª rodada. É a chance de encurtar mais a distância para o Santos. Especialmente se contar com uma “ajudinha” do rival Cruzeiro, adversário dos líderes do campeonato.

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