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Atlético fará reclamação na CBF contra arbitragem do jogo com Fluminense; vice dispara contra presença de Wright na comissão

Lance do jogo no Maracanã teve toque de mão não revisto pelo árbitro

Humberto Martins
Lásaro Cunha, vice-presidente do Atlético se mostrou pouco esperançoso com a reclamação na CBF - Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
Atlético apresentará reclamação formal perante a Confederação Brasileira de Futebol sobre a atuação dos árbitros na partida desse sábado, no Maracanã, contra o Fluminense. Em entrevista ao Superesportes, o vice-presidente alvinegro, Lásaro Cândido da Cunha, confirmou que irá se queixar à Comissão de Arbitragem da CBF.

Entretanto, o dirigente se mostrou sem esperança com relação à efetividade da medida e reclamou da presença de um antigo desafeto do Atlético na cúpula da arbitragem.

“Fazer, fará (a reclamação). A questão é que a gente sabe, evidentemente, que não vai resolver nada. Uma comissão de arbitragem que tem entre os seus consultores o José Roberto Wright, é difícil acreditar. Essa conversa de reclamar, fazer barulho, alguns da torcida gostam e etc. Mas, infelizmente tem pouca utilidade prática. Mas o Atlético fará, com certeza, como vem fazendo”, disse Lásaro.

No empate em 1 a 1 entre Fluminense e Atlético, nesse sábado, o lateral-esquerdo Fábio Santos chutou uma bola na direção do gol tricolor. O arremate não chegou à meta defendida por Marcos Felipe, porque foi interceptado com a mão pelo lateral-direito Igor Julião, do Flu.

Leandro Pedro Vuaden, que apitava o jogo, mandou seguir, e o árbitro de vídeo Daniel Nobre Bins não recomendou a revisão do lance.
Daniel Bins também era o responsável pela cabine do VAR no jogo entre Cruzeiro e Atlético, na rodada anterior. Também naquela partida, houve um lance polêmico em que ele deixou de aconselhar o árbitro de campo, Jean Pierre Gonçalves Lima, a rever a jogada. No clássico, após dividida entre Bruninho e Orejuela, a bola espirrou e bateu no braço de Éderson, do Cruzeiro, dentro da área.

O técnico Vagner Mancini também se mostrou insatisfeito com a atuação de Daniel Nobre Bins. 

“É o segundo jogo em que temos um lance de pênalti, que a bola bate não mão de um adversário dentro da área, foi assim no jogo do Cruzeiro e também do Fluminense. Nos dois jogos teve o mesmo árbitro, não dentro de campo, mas no VAR. E os lances não foram checados. Gostaria de saber, sinceramente, porque não são checados (...) Temos que valorizar o ponto, a entrega dos atletas, mas salientar que estamos de olho. Segundo jogo seguido, o mesmo árbitro e a não verificação do lance”, reclamou Mancini após o empate no Maracanã.

Antigo desafeto

O ex-árbitro José Roberto Wright é vice-diretor da Escola Nacional de Arbitragem do Futebol (ENAF) e tem bom trânsito na CBF. 

Wright foi o dono do apito no jogo entre Atlético e Flamengo, em 21 de agosto de 1981, no Serra Dourada, pela Copa Libertadores. Os times haviam se enfrentado na competição e empatado duas vezes em 2 a 2, no Mineirão e no Maracanã, terminando a fase de grupos com a mesma pontuação. O antigo regulamento previa que apenas o primeiro colocado de cada grupo avançaria no torneio. Assim, uma partida de desempate foi realizada em campo neutro.

No confronto decisivo, Wright expulsou cinco jogadores do Galo - Éder, Reinaldo, Palhinha, Chicão e Osmar Guarnelli -, e o jogo foi encerrado por falta de número mínimo de atletas, classificando o Flamengo à semifinal daquela edição da Libertadores.

O ex-árbitro já se pronunciou várias vezes sobre a famosa partida e Atlético e Flamengo e sempre afirma que não se arrepende das decisões tomadas na ocasião.
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