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Sette Câmara descarta 'conotação política' em demissões no Atlético

Presidente diz que funcionários com salários menores foram mantidos no clube

Redação
Presidente espera redução de gastos com os cortes feitos - Foto: Túlio Santos/EM/D.A Press
Atlético demitiu mais de 50 funcionários nesta semana. Os cortes aconteceram em vários setores do clube. Alguns dos trabalhadores foram contratados pelo alvinegro ainda na gestão de Alexandre Kalil, ex-presidente e oposição de Sérgio Sette Câmara. Questionado se as demissões tiveram conotação política, o atual mandatário explicou o critério.



“O critério foi um critério muito simples. Nós preservamos os funcionários que tinham salários menores e obviamente tivemos que cortar alguns que tinham salários elevados e até mesmo fora dos valores praticados no mercado para a função que eles exercem. Então, foi só uma adequação. O critério foi basicamente esse, não teve nenhum tipo de conotação política”, disse em entrevista à Rádio Itatiaia.

Entre os demitidos está Luis Otávio Kalil, o Kalilzinho, que era preparador físico do time profissional desde 2010. Ele é sobrinho do atual prefeito de Belo Horizonte.

Também houve demissões nos clubes de lazer, na Cidade do Galo, na sede de Lourdes, nas categorias de base e no departamento médico, entre outros. Mais desligamentos podem ocorrer nos próximos dias.

Os cortes no Atlético não acontecem apenas em funcionários. O clube tenta reduzir as despesas de todas as formas. O presidente Sérgio Sette Câmara espera um corte ao fim da temporada de até R$ 70 milhões.



“Existem vários outros cortes que estão sendo feitos aqui no clube para reduzir as despesas. O nosso objetivo é conseguir, nesse ano, um corte em torno de R$60 a R$70 milhões”, concluiu.

Corte no salário persiste

O Atlético continuará com cortes de 25% nos salários de parte dos funcionários. Essa decisão deve persistir enquanto durar a pandemia de Covid-19. Com o futebol brasileiro ainda sem data para o retorno, os clubes enfrentam dificuldade financeira. Houve paralisação no pagamento de patrocínios e fim das receitas com jogos e negociações.