Superesportes

ATLÉTICO

Keno reencontrará adversário que o fez deslanchar no Atlético

Contra o Atlético-GO, Keno fez hat-trick e comandou virada do Galo por 4 a 3

Túlio Kaizer
Keno comemora gol na vitória do Atlético por 4 a 3 sobre o Atlético-GO - Foto: Pedro Souza/Atlético
Destaque do Atlético no Campeonato Brasileiro, Keno reencontrará o adversário que o fez deslanchar com a camisa do Galo. Há um turno, o jogador alternava boas e más exibições e não era titular absoluto do técnico Jorge Sampaoli. Mas, na noite do dia 19 de setembro, o camisa 11 fez um hat-trick e comandou a virada sobre o Atlético-GO, por 4 a 3, pela 11ª rodada. Agora, no Mineirão, ele tentará manter o bom nível de atuações para ajudar o alvinegro a seguir na luta pelo título nacional.



Antes do jogo contra o Dragão no primeiro turno, Keno tinha 14 jogos pelo Atlético, com um gol marcado e duas assistências. Desde então, foram 18 partidas, com dez gols e cinco assistências. 
 
Aquela partida contra o time goiano foi um divisor de águas para Keno. No primeiro tempo, quando o Galo já perdia por 1 a 0, ele perdeu grande chance de empatar. Na etapa final, no entanto, ele brilhou. Marcou um gol de pênalti, um após erro do zagueiro em finalização de perna esquerda e o último de cabeça, após bom cruzamento de Mariano.
 
Keno é o grande nome do Atlético no Campeonato Brasileiro. São dez gols e seis assistências na competição. No clube, o mais próximo é Savarino, com dez participações em gols - cinco gols e cinco assistências.
 
Só dois jogadores têm mais participações em gols do que Keno na Série A: Thiago Galhardo, do Internacional, com 21 (16 gols e cinco assistências), e Marinho, do Santos, com 20 (15 gols e cinco assistências).


 

5 metas do Atlético para 2021

1 - Conquistar título de expressão: Após um frustrante início de 2020, o Atlético mudou radicalmente o planejamento do futebol a partir de março. Para isso, contou com apoio administrativo e financeiro dos empresários Renato Salvador (Materdei), Ricardo Guimarães (Banco Bmg), Rafael Menin e Rubens Menin (ambos da MRV). O incremento significativo nos investimentos na comissão técnica e no elenco aumenta a pressão por um título de maior expressão, que não é conquistado pelo clube desde 2014 (quando ganhou a Copa do Brasil sobre o arquirrival Cruzeiro). Nos dois primeiros meses de 2021, o time terá pela frente as 11 rodadas finais do Campeonato Brasileiro, em que ocupa a segunda posição - a sete pontos do líder São Paulo. Na próxima temporada, o nível de disputa aumentará, com o provável retorno à Copa Libertadores. - Bruno Cantini/Atlético
2 - Dar continuidade ao trabalho de Sampaoli: Cuca, em 2013, foi o último técnico a ficar uma temporada inteira no comando do Atlético. Em 2015, Levir Culpi deixou o cargo dois jogos antes do fim do ano. A expectativa para 2021 é dar continuidade ao promissor trabalho de Jorge Sampaoli, contratado em março de 2020. A nova diretoria já explicitou que deseja renovar o contrato do argentino, que vai até dezembro, por mais 12 meses. Naturalmente, tudo dependerá do desempenho da comissão técnica, que tem como desafios a melhor implementação do estilo de jogo, conquistas de títulos e o melhor aproveitamento de jovens da base. - Bruno Cantini/Atlético
3 - Organizar finanças: O Atlético deve mais de R$ 700 milhões (uma das maiores quantias do futebol brasileiro). Para 2021, o Conselho Deliberativo aprovou um orçamento com R$ 401 milhões de receitas e superávit de R$ 5 milhões. Mais do que os números previstos - que quase nunca se concretizam ao fim do ano -, o clube precisa se atentar para a alta de despesas com contratações de atletas (geralmente sustentadas por empréstimos de parceiros). O próximo triênio precisa, sim, ser de fortalecimento do time, mas também de organização das devastadas finanças alvinegras. - Bruno Cantini/Atlético
4 - Avançar nas obras da Arena MRV: Em setembro de 2017, o Conselho Deliberativo do Atlético liberou a venda de parte do shopping Diamond Mall como forma de viabilizar o sonhado estádio alvinegro. Em abril de 2020, as obras finalmente começaram. Para 2021, a meta é ultrapassar os 50% do processo de construção. A expectativa atual é inaugurar a Arena MRV em outubro de 2022. - Alexandre Guzanshe/EM D.A Press
5 - Manter bastidores políticos apaziguados: Em 2020, o Atlético viveu um período de caos político, com um racha protagonizado pelo então presidente Sérgio Sette Câmara e o ex-mandatário e atual prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD). Nos últimos meses do ano, porém, o grupo de empresários (Renato Salvador, Ricardo Guimarães, Rubens Menin e Rafael Menin) tomou a frente de um processo que serviu para apaziguar as disputas internas. O resultado foi a escolha de Sérgio Coelho (presidente) e José Murilo Procópio (vice) como candidatos da chapa única na eleição de dezembro. A meta em 2021 é manter a calmaria nos bastidores para que o time não seja afetado por eventuais desavenças. - Bruno Cantini/Atlético