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COPA DO BRASIL

Atlético visita Athletico-PR para fazer história e ser bi da Copa do Brasil

Com larga vantagem após golear por 4 a 0 no Mineirão, Galo tem tudo para conquistar Copa do Brasil nesta quarta-feira; bola rola às 21h30, na Arena da Baixada

João Vitor Marques - Enviado especial a Curitiba
Corrente final do Atlético: último jogo e em busca de mais um título - Foto: Pedro Souza/Atlético
Questionado sobre o patamar do time de 2021 nos 113 anos de Atlético, Cuca preferiu aguardar: "A gente não consegue falar da história no presente". A modéstia - ou reflexão sincera - do treinador, porém, apaga os feitos desta equipe. Campeão mineiro e brasileiro, o time alvinegro está a 90 minutos de conquistar o bi da Copa do Brasil e assegurar a Tríplice Coroa. Para isso, basta não ser goleado por quatro ou mais gols de diferença pelo Athletico-PR nesta quarta-feira. A bola rola às 21h30, na Arena da Baixada, em Curitiba.



"Vai passar o tempo, vão vir outros Atléticos que vão ser comparados a este, ao de 1981, ao de 1971 e a diversos outros grandes Atléticos. No futuro, essa história vai render mais", justificou o treinador. O capitão Réver reforçou o coro: "O Atlético está no caminho certo, traçando um planejamento muito bom. Acredito que ao longo dos anos vai ter outros Atléticos semelhantes a este de 2021".

A vantagem na final da Copa do Brasil foi construída de forma incontestável. Intenso desde o primeiro minuto, o avassalador Atlético aplicou 4 a 0 no Athletico-PR no jogo de ida, no Mineirão, nessa quarta-feira. Hulk, Keno e Vargas (duas vezes) garantiram a goleada em Belo Horizonte e deram tranquilidade para o duelo de volta.

Todos os artilheiros da Copa do Brasil

1989 - Gérson, do Atlético, foi o artilheiro com sete gols - Arquivo/Estado de Minas
1990 - Bizu, do Náutico, foi o artilheiro com sete gols - Divulgação
1991 - Gérson, do Atlético, foi o artilheiro com seis gols - Arquivo/Estado de Minas
1992 - Gérson (segundo agachado da direita para a esquerda), do Internacional, foi o artilheiro com nove gols - Arquivo/Internacional
1993 - Gilson, do Grêmio, foi o artilheiro com oito gols - Reprodução/Internet
1994 - Paulinho Mclaren, do Internacional, foi o artilheiro com seis gols - Reprodução/Internet
1995 - Sávio, do Flamengo, foi o artilheiro com sete gols - Reprodução/Instagram
1996 - Luizão, do Palmeiras, foi o artilheiro com oito gols - Reprodução/Instagram
1997 - Paulo Nunes, do Grêmio, foi o artilheiro com nove gols - Arquivo/Estado de Minas
1998 - Romário, do Flamengo, foi o artilheiro com sete gols - Divulgação
1999 - Dejan Petkovic, do Vitória (foto), e Romário, do Flamengo, foram os artilheiros com oito gols - Reprodução/Internet
2000 - Oséas, do Cruzeiro, foi o artilheiro com dez gols - AFP PHOTO/Mauricio LIMA
2001 - Washington, da Ponte Preta, foi o artilheiro com 12 gols - Marcelo Ferrelli / Gazeta Press
2002 - Deivid, do Corinthians, foi o artilheiro com 12 gols - Paulo Filgueiras/Estado de Minas
2003 - Nonato, do Bahia, foi o artilheiro com nove gols - Reprodução/Internet
2004 - Alex, do Botafogo (foto), e Dauri, do 15 de Novembro, foram os artilheiros com oito gols - AFP/Sergio Moraes
2005 - Fred, do Cruzeiro, foi o artilheiro com 15 gols - Jorge Gontijo/EM/D.A Press
2006 - Valdiran, do Vasco, foi o artilheiro com seis gols - Mauricio Val/VIPCOMM
2007 - André Lima, do Botafogo (foto), Dênis Marques, do Athletico-PR, e Victor Simões, do Figueirense, foram os artilheiros com cinco gols - Fernando Soutello/ProFotto
2008 - Edmundo, do Vasco, foi o artilheiro com seis gols - Maurício Val/VIPCOMM
2009 - Taison, do Internacional, foi o artilheiro com sete gols - JEFFERSON BERNARDES/VIPCOMM
2010 - Neymar, do Santos, foi o artilheiro com dez gols - AFP PHOTO
2011 - Adriano, do Palmeiras, Kléber, do Palmeiras, Rafael Coelho, do Avaí, Willian, do Avaí, e Alecsandro, do Vasco (foto), foram os artilheiros com 5 gols - SATIRO SODRE/AGIF/AE
2012 - Luís Fabiano, do São Paulo, foi o artilheiro com oito gols - Wander Roberto/VIPCOMM
2013 - Hernane, do Flamengo, foi o artilheiro com oito gols - ALEXANDRE LOUREIRO/INOVAFOTO
2014 - Gabigol, do Santos, Bill, do Ceará (foto), e Léo Gamalho, do Santa Cruz, foram os artilheiros com seis gols - Divulgação/CearaSC.com
2015 - Gabigol, do Santos, foi o artilheiro com oito gols - ROGERIO SOARES / A TRIBUNA DE SANTOS
2016 - Marinho, do Vitória, foi o artilheiro com seis gols - AFP PHOTO/Felipe Oliveira
2017 - Rafael Sobis, do Cruzeiro (foto), Léo Gamalho, do Goiás, e Lucas Barrios, do Grêmio, foram os artilheiros com cinco gols - Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
2018 - Rômulo, do Avai, Neílton, do Vitória, e Gabigol, do Santos (foto), foram os artilheiros com quatro gols - AFP / Miguel SCHINCARIOL
2019 - Wesley, do Santa Cruz, Luciano, do Fluminense, e Paolo Guerrero, do Internacional (foto), foram os artilheiros com cinco gols - EDU PEIXOTO/MYPHOTO
2020 - Brenner, do São Paulo, Léo Gamalho, do CRB, Nenê, do Fluminense, e Rodolfo, do América, foram os artilheiros com seis gols - Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
2021 - Hulk, do Atlético, é o artilheiro com sete gols - Ramon Lisboa/EM/D.A Press


Cuca, porém, trabalha interna e externamente para evitar que um eventual "oba-oba" contamine jogadores e torcedores antes de a bola rolar. "Vai ser duro este jogo, se prepare torcedor do Galo, porque vai ser jogo duro. A gente não pode achar que é jogo tranquilo, porque tudo muda. Um gol muda toda a história de um jogo. Você tem que saber jogar um jogo duro, uma decisão, e nós temos que nos preparar bem para tudo isso aí", reforçou.



Em Curitiba, o clima nas ruas é tenso - e tudo leva a crer que isso pode se refletir no jogo. A desvantagem no duelo de ida aumentou a preocupação da polícia para a partida de volta. Ao longo dessa terça-feira, a reportagem do Superesportes presenciou ameaças a torcedores alvinegros nos arredores da Arena da Baixada. Houve briga nas arquibancadas na última partida entre os times no Paraná.

Histórico


É raro, mas reviravoltas como esta buscada pelo Athletico-PR acontecem. E o próprio torcedor do Atlético sabe disso. Na final da Copa Conmebol de 1995, o Galo abriu 4 a 0 sobre o Rosario Central no jogo de ida no Mineirão. Na volta, os argentinos devolveram o placar e ficaram com a taça nos pênaltis.

O histórico alvinegro na Arena da Baixada não é dos piores, embora seja desfavorável. Em 23 partidas, são sete vitórias, cinco empates e 11 derrotas. O Athletico-PR conseguiu o placar que precisa para ser campeão apenas uma vez: a goleada por 5 a 0 pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2004. Recentemente, porém, o Galo tem levado a melhor. Desde a inauguração da grama sintética em 2016, são seis jogos, com quatro triunfos alvinegros, um empate e apenas uma derrota.


Ranking de títulos nacionais

16° - Juventude (um título) - Copa do Brasil (1999) - Divulgação/Juventude
16° - Paulista (um título) - Copa do Brasil (2005) - Arquivo
16° - Santo André (um título) - Copa do Brasil (2004) - AP Photo/Victor R. Caivano
16° - Guarani (um título) - Campeonato Brasileiro (1978) - Arquivo/Guarani
16° - Criciúma (um título) - Copa do Brasil (1991) - Divulgação/Criciúma
16° - Coritiba (um título) - Campeonato Brasileiro (1985) - Divulgação/Coritiba
12° - Athletico-PR (dois títulos) - um Campeonato Brasileiro (2001) e uma Copa do Brasil (2019) - WESLEY SANTOS/ESTADAO CONTEUDO
12° - Sport (dois títulos) - um Campeonato Brasileiro (1987) e uma Copa do Brasil (2008) - Arquivo
12° - Botafogo (dois títulos) - dois Campeonatos Brasileiros (1968 e 1995) - Divulgação/Botafogo
12° - Bahia (dois títulos) - dois Campeonatos Brasileiros (1959 e 1988) - Divulgação/Bahia
11° - Atlético (três títulos) dois Campeonatos Brasileiros (1971 e 2021) e uma Copa do Brasil (2014) - Ramon Lisboa/EM/D.A Press
10° - Internacional (quatro títulos) - três Campeonatos Brasileiros (1975, 1976 e 1979) e uma Copa do Brasil (1992) - Divulgação/Internacional
8° - Vasco (cinco títulos) - quatro Campeonatos Brasileiros (1974, 1989, 1997 e 2000) e uma Copa do Brasil (2011) - Giuliano Gomes/Folhapress
8° - Fluminense (cinco títulos) - quatro Campeonatos Brasileiros (1970, 1984, 2010 e 2012) e uma Copa do Brasil (2007) - Herminio Nunes/Diario Catarinense
7° - São Paulo (seis títulos) - seis Campeonatos Brasileiros (1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008) - Gustavo Moreno/Esp. CB/D.A Press
6° Grêmio (oito títulos) - dois Campeonatos Brasileiros (1981 e 1996), cinco Copas do Brasil (1989, 1994, 1997, 2001 e 2016) e uma Supercopa do Brasil (1990) - AFP / JEFFERSON BERNARDES
5° - Santos (nove títulos) oito Campeonatos Brasileiros (1961, 1962, 1963 , 1964 , 1965 , 1968, 2002 e 2004) e uma Copa do Brasil (2010) - Moacyr Lopes Junior/Folhapress
4° - Cruzeiro (dez títulos) - quatro Campeonatos Brasileiros (1966, 2003, 2013 e 2014) e seis Copas do Brasil (1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018) - Ramon Lisboa/EM/D.A Press
3° - Corinthians (11 títulos) - sete Campeonatos Brasileiros (1990, 1998, 1999, 2005, 2011, 2015 e 2017), três Copas do Brasil (1995, 2002 e 2009) e uma Supercopa do Brasil (1991) - AFP PHOTO / Nelson ALMEIDA
2° - Flamengo (13 títulos) - oito Campeonatos Brasileiros (1980, 1982, 1983, 1987, 1992, 2009, 2019 e 2020), três Copas do Brasil (1990, 2006 e 2013) e duas Supercopas do Brasil (2020 e 2021) - Marcello Zambrana/Agif
1° - Palmeiras (14 títulos) - 10 Campeonatos Brasileiros (1960, 1967, 1967, 1969, 1972, 1973, 1993, 1994, 2016 e 2018) e quatro Copas do Brasil (1998, 2012, 2015 e 2020) - ALEX SILVA/ESTADAO CONTEUDO


Volta do capitão


A comissão técnica manteve o mistério em relação à escalação do Atlético para o jogo desta quarta-feira. Cuca, porém, garantiu que o capitão Réver volta ao time após se recuperar de uma lesão muscular na coxa direita. "(Está) 100%! Vai para o jogo. É o nosso capitão, são 100% de confiança que temos nele também", disse.

A tendência é que Réver forme dupla de zaga ao lado de Junior Alonso, a menos que Cuca opte por montar um trio de defensores e mantenha Igor Rabello entre os 11 iniciais. Titular, Nathan Silva é desfalque por já ter atuado pelo Atlético-GO na competição.

À frente, a única alteração deve mesmo ser a saída de Diego Costa para a entrada de Eduardo Vargas. O hispano-brasileiro foi titular no jogo de ida, mas saiu de campo logo aos 12 minutos após sentir dores na coxa direita. Fez um trabalho intensivo para se recuperar e chegou a Curitiba na tarde dessa terça, mas dificilmente será titular.



"Ganhou mais um dia de reforço, de recuperação lá (em Belo Horizonte). A gente o deixou na reabilitação para que ele tenha uma condição melhor", explicou Cuca.

Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil

Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético
Fotos do último treino do Atlético antes da decisão da Copa do Brasil - Pedro Souza/Atlético


Pela dignidade


No Athletico-PR, o discurso é bastante racional. Jogadores e comissão técnica admitem a dificuldade de reverter um placar como o construído pelo Atlético no Mineirão. Portanto, a palavra de ordem é "dignidade" para vencer e terminar bem a temporada que já teve o título da Copa Sul-Americana.

"A gente sabe da importância de terminar bem o ano que teve. Nada apaga o que a gente fez até agora. Fazer um grande jogo e terminar a temporada com dignidade. Dar o melhor em campo. É o que a torcida pede, dar o seu melhor, raça. O Athletico-PR merece ser representado da melhor maneira possível", disse o zagueiro Pedro Henrique, que será o capitão na ausência do suspenso Thiago Heleno.

O defensor pode não ser o único desfalque para a finalíssima. Peça fundamental do time, o meia-atacante Nikão sente dores no tornozelo após uma pancada em disputa com Igor Rabello no jogo de ida e é dúvida. Se ele não puder jogar, a tendência é que o ponta Pedro Rocha o substitua. Fernando Canesin e Jader são outras opções.



Sem Thiago Heleno, o técnico Alberto Valentim avalia se manterá o sistema com três zagueiros. Se optar por continuar com a formação, Zé Ivaldo é o substituto natural. Por outro lado, se quiser fortalecer o meio-campo, a opção principal é Christian. "Já fiz algumas escalações na minha cabeça. Além das possíveis ausências, preciso definir como os atletas estão fisicamente", despistou o treinador.

ATHLETICO-PR X ATLÉTICO


Athletico-PR
Santos; Pedro Henrique, Zé Ivaldo (Christian) e Nico Hernández; Marcinho, Erick, Léo Cittadini e Abner; Pedro Rocha (Nikão), Renato Kayzer e David Terans
Técnico: Alberto Valentim

Atlético
Everson; Mariano, Réver, Junior Alonso e Guilherme Arana; Allan, Jair e Matías Zaracho; Vargas, Keno e Hulk
Técnico: Cuca

Motivo: jogo de volta da final da Copa do Brasil
Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Data e horário: quarta-feira, 15 de dezembro de 2021, às 21h30 (de Brasília)

Árbitro: Anderson Daronco (Fifa/RS)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa/SP) e Rafael da Silva Alves (Fifa/RS)
VAR: Daniel Nobre Bins (RS)