Superesportes

CRUZEIRO

Torcedores do Cruzeiro dizem que foram agredidos no Mineirão por se recusarem a parar protesto contra Wagner

Segundo relato, caso ocorreu por volta das 22h15, durante o empate com o Inter

João Vitor Marques
Presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá foi alvo de protestos no Mineirão - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Torcedores do Cruzeiro relataram que foram agredidos por seguranças no Mineirão, na noite desse sábado. O caso, de acordo com o boletim de ocorrência registrado na 9ª companhia do 34º batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais, ocorreu por volta das 22h15, durante o empate do time celeste por 1 a 1 com o Internacional, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Igor Henrique Salles Magalhães, de 31 anos, e a esposa Bárbara Fonseca de Novaes, de 32, acompanhavam a partida num dos camarotes do estádio. Juntos, protestaram contra o presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá. “Fora, Wagner Pires”, lia-se na faixa erguida pelo casal.

Segundo o boletim de ocorrência, "seguranças do estádio" pediram o fim do protesto, mas não foram atendidos. O casal, então, teria sido levado à força para a Esplanada do Mineirão e agredido. “O senhor Igor sofreu uma lesão na unha do polegar da mão esquerda, um arranhão no braço esquerdo, um hematoma no braço esquerdo e um chute na região das costas. Já a senhora Bárbara sofreu dois hematomas no braço direito”,  lê-se no registro policial.

Ainda de acordo com o relato dos torcedores, um dos agressores se chama "Diego". A ocorrência foi encaminhada para a 3ª delegacia da Polícia Civil, que vai apurar o caso.
Segundo o Cruzeiro, não há no clube nenhum segurança com esse nome. Já a Minas Arena, que administra o Mineirão, informou, por meio da assessoria, que "existe um procedimento padrão, já de conhecimento das torcidas, para a entrada de faixas no estádio que não sejam as de manifestações festivas alusivas a partida" - item número quatro da imagem abaixo.

Item 4 diz que "são condições de acesso e permanência do torcedor no estádio não portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenófobo, e não utilizá-los para outros fins que não o da manifestação festiva e amigável" - Foto: Reprodução

Noite quente

A noite de sábado no Mineirão também ficou marcada por outros conflitos. Depois do apito final, houve confusão na área de saída dos camarotes. Um repórter da TV Alterosa chegou a ser agredido. O clima era de revolta com o presidente Wagner Pires de Sá e o vice de futebol, Itair Machado.

A confusão ocorreu quando torcedores discutiram com conselheiros que apoiam o presidente Wagner. Seguranças do estádio tentaram separar. O presidente recebeu insultos na saída do estádio. “Ladrão!”, gritaram os torcedores.
.