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'Não tem acordo com a turma que está lá', avalia líder da oposição do Cruzeiro, que também critica Perrella

Gustavo Gatti retificou desejo de reunião para votar afastamento de Wagner

Tiago Mattar
Conselheiro nato do Cruzeiro, Gustavo Gatti é um dos líderes da oposição - Foto: Eugenio Gurgel/EM/D.A. Press
Um dos principais líderes da oposição do Cruzeiro, o engenheiro Gustavo Gatti afirmou que não há acordo possível com o presidente Wagner Pires de Sá e seus vices, Hermínio Lemos e Ronaldo Granata. Nesta quarta-feira, o presidente interino do Conselho DeliberativoJosé Dalai Rocha, defendeu diálogo entre as diferentes alas do clube e pediu prazo para decidir sobre a realização de Reunião Extraordinária que pode deliberar sobre o afastamento da cúpula eleita para o triênio 2018/20.



Para Gatti, no entanto, não há mais tempo, uma vez que a credibilidade da atual diretoria acabou. “Eles não têm credibilidade para propor mais nada. Há uma campanha da torcida para não aderir mais ao sócio, para boicotar patrocinadores. Sei que o Dalai tem o sonho de fazer acordo, seria o melhor dos mundos, mas não tem condição de acordo com quem está lá”, analisou.

“O Hermínio não aceita (renunciar ao cargo de vice-presidente), o Granata não quer ceder. Eles não largam o osso. O Granata não tem nem vaga de estacionamento na Sede Administrativa e fica insistindo em continuar. Por que? Não dá para entender”, complementou.

O opositor de Wagner Pires de Sá também criticou Zezé Perrella. “Chega de Euricos Mirandas no futebol. No último ano (2011) de mandato dele (Zezé Perrella), foi o Gilvan que tocou. Agora, ele não renunciou. Se licenciou para o dia que quiser voltar, ele voltar. Ele não fechou a porta. É uma covardia o que ele fez com o Dalai. Transfere responsabilidade”, disparou.



E se o afastamento for confirmado?

Gatti foi questionado sobre o passo seguinte ao afastamento de Wagner, caso a reunião seja de fato convocada e o resultado seja pela saída do atual presidente. Ele garantiu que há um grupo de empresários se formando, com novas lideranças, capaz de construir um Conselho Gestor independente que seria responsável pela administração do Cruzeiro.

“Tem um grupo se formando para apoiar jovens empresários que estão no Conselho do Cruzeiro. Eu não posso falar em nomes, até porque não tenho autorização dos membros, mas garanto que há muita gente qualificada. A nossa visão é essa, montar um grupo coeso, independente, que tenha comprovada capacidade de gestão”. 

E se a reunião não for convocada?

A hipótese de a Reunião Extraordinária para o possível afastamento de Wagner não ser convocada também foi aventada por Gatti. Ele disse que a oposição não desistirá se essa for a decisão do novo presidente do Conselho Deliberativo.



“Se isso acontecer, esperamos que não aconteça, vamos buscar a intervenção judicial do Cruzeiro, nos moldes do Bahia. Queremos fazer algo menos traumático, por isso insistimos pela convocação da reunião. Já pensou se há intervenção e um doido assume o clube? Não é que queremos, definitivamente, mas se for a única solução, assim será”, finalizou.