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Cruzeiro prevê faturar R$ 1 milhão com produtos do centenário em janeiro

Projeção engloba royalties, venda de camisas e taxas de licenciamento

Redação
Cruzeiro completou 100 anos no último sábado, 2 de janeiro de 2021 - Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro
Cruzeiro espera faturar cerca de R$ 1 milhão em janeiro com produtos relacionados ao centenário, comemorado no último sábado, dia 2 de janeiro. A projeção inclui valores referentes a royalties, venda de camisas e taxas de licenciamento dos produtos.


Desde 2020, o clube tem explorado comercialmente o aniversário de 100 anos. Foram lançados produtos da "Virada Branca e Azul" e uma moeda colecionável exclusiva para sócios que indicassem novos associados ainda no ano passado.

No sábado, iniciou-se a pré-venda da camisa 1 comemorativa do centenário. O Cruzeiro não divulgou a quantidade de peças comercializadas, mas classificou os números como "excelentes".

"Para as próximas semanas mais novidades estarão disponíveis nas lojas oficiais e em outros varejistas parceiros. A vantagem de ter o centenário em janeiro é termos 12 meses completos para celebrar este ano especial”, disse Henrique Aguiar, gerente de licenciamento de marca e novos negócios.

5 metas do Cruzeiro para 2021

SUBIR À SÉRIE A - mesmo com a perda de seis pontos na Série B - punição aplicada pela Fifa por causa de dívida de R$5 milhões -, o Cruzeiro deveria ter cumprido a missão de regressar à elite nacional já em 2020, sobretudo por ter uma folha salarial de cinco a dez vezes superior aos demais participantes da competição. No entanto, a equipe jamais esteve no G4 e demonstrou dificuldades de se impor diante de adversários que adotaram postura defensiva. Em 2021, a volta à primeira divisão precisa ser confirmada, já que as dívidas em curto prazo só serão pagas mediante aumento de receitas. - Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
RENEGOCIAR AS REMUNERAÇÕES - em 2020, o Cruzeiro repactuou os salários de alguns jogadores do elenco dentro de um teto de R$ 150 mil, casos do goleiro Fábio, dos zagueiros Manoel e Léo, do volante Henrique e do atacante Sassá. A expectativa da direção era pagar a diferença em 20 parcelas a partir de abril de 2021. Porém, a iminente permanência do clube na Série B inviabiliza o cumprimento desse acordo, e a diretoria terá de apresentar nova solução a esses atletas. - Gustavo Aleixo/Cruzeiro
REVELAR BONS JOGADORES - as categorias de base podem servir de alternativa à dificuldade de contratar, além de proporcionar receita em negociações. A comercialização de direitos econômicos em 2020 ajudou o Cruzeiro a colocar algumas folhas salariais em dia. A diretoria vendeu o zagueiro Edu ao Athletico-PR, por R$ 2,5 milhões; o meia Maurício ao Internacional, por R$ 1,2 milhão (mais os direitos econômicos de William Pottker); e o atacante Caio Rosa ao Sharjah FC, dos Emirados Árabes Unidos, por R$ 3,3 milhões. O clube ainda manteve participação no passe desses atletas para lucrar em uma transferência futura. - Gustavo Aleixo/Cruzeiro
ENCONTRAR UM GOLEADOR - a má campanha do Cruzeiro em 2020 passa também pela ausência de um artilheiro. Principal reforço no início do ano, Marcelo Moreno decepcionou os torcedores ao marcar apenas três gols em 29 jogos até o momento. Sassá, por sua vez, ficou em branco nas dez partidas que disputou. Um dos goleadores celestes em 2020, pasmem, é o zagueiro Manoel, com cinco tentos em 21 apresentações. O atacante Rafael Sobis, que retornou à Toca há menos de dois meses, também fez cinco gols (10 jogos). - Juarez Rodrigues/EM/D.A Press 01/03/2020
REDUZIR DÍVIDAS - se no gramado as coisas não funcionaram como a torcida esperava, fora das quatro linhas a diretoria conseguiu ajustar algumas situações. O débito de R$ 334,1 milhões com a União que acarretava em bloqueios judiciais foi reduzido para cerca de R$ 182 milhões, e o Cruzeiro ganhou prazo de 12 anos para abater esse montante. Na esfera trabalhista, houve acordo com os jogadores Fred e Dodô, que vão receber R$ 25 milhões e R$ 15 milhões, respectivamente, em cinco anos contados a partir de janeiro de 2022. Apesar do respiro financeiro, o passivo total da instituição ainda é elevado, na casa de R$ 750 milhões. - Igor Sales/Cruzeiro