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Cruzeiro remarca reunião para votar possível expulsão de Wagner Pires de Sá

Convocação foi feita pelo presidente do Conselho, Nagib Simões, e teve como base parecer entregue pela Comissão de Ética, Disciplina e Corregedoria do clube

Redação
Wagner Pires de Sá pode ser expulso do Conselho do clube - Foto: Vinnicius Silva / Cruzeiro A votação que pode resultar na expulsão do ex-presidente Wagner Pires de Sá do Conselho Deliberativo do Cruzeiro já tem data marcada: 7 de fevereiro de 2022. A reunião extraordinária ocorrerá às 19h, no Parque Esportivo do Barro Preto, na Rua Guajajaras, 1722, em Belo Horizonte.



A convocação foi feita pelo presidente do Conselho, Nagib Simões, e teve como base parecer entregue pela Comissão de Ética, Disciplina e Corregedoria do Cruzeiro.

Wagner, que hoje é Conselheiro Benemérito, será julgado por seus pares, entre outros motivos, por eventual "falta de natureza grave" cometida ao longo do mandato. Ele esteve no cargo entre entre janeiro de 2018 e dezembro de 2019, quando renunciou ao lado de seus dois vices, Hermínio Lemos e Ronaldo Granata.

Wagner Pires de Sá deixou o clube mediante renúncia, um ano antes do término de seu mandato, sob fortes denúncias de irregularidades administrativas. Ele era o presidente da Raposa durante a campanha que resultou no rebaixamento celeste ao final do Brasileirão 2019. 

Wagner responde na Justiça por três possíveis crimes cometidos na gestão do Cruzeiro: falsidade ideológica, apropriação indébita e formação de organização criminosa.



Orçamento de clubes da Série B em 2022

Grêmio projeta receber R$ 294,4 milhões, dos quais R$ 213,7 milhões serão reservados à atividade esportiva - LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA
Vasco prevê R$ 173 milhões em receitas em 2022, sendo R$ 75 milhões reservados exclusivamente ao futebol - Divulgação/Vasco
Bahia calculou receitas de 2022 em R$ 95,6 milhões, com R$ 52 milhões destinados ao futebol. - Divulgação/Bahia
Com Ronaldo à frente da SAF, Cruzeiro enxugou o orçamento do futebol para 2022 de R$ 90 milhões para R$ 35 milhões. Expectativa de receita é de R$ 60 milhões. - Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Faturamento do Sport em 2022 ficará entre R$ 55 milhões e R$ 59 milhões - ANDERSON STEVENS / SPORT CLUB DO RECIFE
Ponte Preta reservará R$ 27,9 milhões dos R$ 46,3 milhões para aplicar no futebol - Ponte Preta/Divulgação
Guarani gastará R$ 19,3 milhões no futebol em 2022. Previsão de receita geral é de R$ 36,2 milhões. - Divulgação/Guarani Futebol Clube
Náutico calcula R$ 21 milhões em receitas em 2022 - Tiago Caldas/Náutico
Vila Nova deve arrecadar R$ 20 milhões em 2022 - Douglas Monteiro / Vila Nova F.C.
Criciúma prevê R$ 12,2 milhões em receitas, sendo R$ 10,1 milhões destinados ao futebol - Alex Ignácio/Criciúma Esporte Clube
Sampaio Corrêa estima faturamento de R$ 12 milhões em 2022 - Divulgação/Sampaio Corrêa

Adiamento


O Cruzeiro divulgou nota, no dia 15 de outubro do ano passado, informando que a reunião organizada pelo Conselho Deliberativo celeste que analisaria a perda de mandato do conselheiro benemérito, Wagner Pires de Sá, foi adiada. 
 
Segundo o clube, o encontro, que estava marcado para o dia 18 de outubro, foi adiado "em função da necessidade de saneamentos formais do referido procedimento disciplinar, por zelo formal e para a manutenção do devido processo legal, com o objetivo de evitar eventual futura judicialização da questão". 
 
"Assim que o referido saneamento ocorrer, a reunião do Conselho Deliberativo será novamente convocada", informou a Raposa. Agora, a reunião foi remarcada para o dia 7 de fevereiro.

Gestão Wagner Pires de Sá


Wagner Pires teve a gestão marcada por gastos exacerbados com salários, serviços terceirizados, comissões e cartões corporativos. Em dois anos, a dívida total do clube saltou de R$400 milhões para mais de R$1 bilhão.



Segundo relatório da Kroll, empresa especializada em consultoria de riscos, as despesas de Wagner Pires de Sá superaram R$1,18 bilhão no biênio 2018/2019 - 53% a mais que os R$770 milhões na 'era' Gilvan de Pinho Tavares, em 2016/2017.

O modus operandi trouxe um título da Copa do Brasil (2018) e dois do Campeonato Mineiro (2018 e 2019), porém impactou no rebaixamento à Série B, em 2019, e mergulhou o clube em uma crise financeira sem precedentes.

Na Justiça, Wagner é réu, desde o fim do ano passado, de denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais. Segundo o MPMG, o rombo inicial nos cofres do clube foi estimado em R$ 6,5 milhões.