Depois de uma manhã que ficou marcada no Fluminense pela homenagem ao Altair, ídolo tricolor que faleceu em agosto e teve o seu nome fixado em uma placa para batizar um dos campos do CT do time carioca, a direção do clube anunciou, no início da tarde desta sexta-feira, que Marcão foi efetivado como técnico da equipe para a continuidade deste Brasileirão.
Ele vinha ocupando o cargo como interino após a demissão de Oswaldo de Oliveira, ocorrida no dia 27 de setembro, e agora foi confirmado no posto de forma definitiva. A decisão do clube foi oficializada após o elenco comandado por Marcão realizar o penúltimo treino de preparação para o clássico com o Botafogo, neste domingo, às 16 horas, no Engenhão, pela 23ª rodada da competição nacional.
"O Marcão é o treinador do Fluminense, dará seguimento no Campeonato Brasileiro. Ele será técnico do Fluminense enquanto entendermos que ele deva ser. Enquanto der certo, e nós entendemos que dará. O Fluminense não está procurando treinador. Desde a saída do Oswaldo, nunca procurou. Nossa ideia é ter o Marcão como treinador", anunciou Paulo Angioni, diretor executivo do clube, em uma entrevista coletiva que também contou com participação do presidente Mário Bittencourt.
Após a demissão de Oswaldo de Oliveira, ocorrida um dia depois de uma forte discussão do técnico com o meia Paulo Henrique Ganso durante jogo contra o Santos, no Maracanã, Marcão dirigiu o Flu de forma interina na vitória por 2 a 1 sobre o Grêmio, no último domingo, no mesmo estádio.
E ele teve o seu valor como profissional reconhecido por Bittencourt nesta sexta, quando o dirigente também lembrou que já havia contratado o ex-jogador da equipe carioca para fazer parte de outra comissão técnica tricolor, há cinco anos.
"Não gosto desses rótulos, de efetivado ou interino. Todo treinador que chegar estará dependendo do bom trabalho e dos resultados. O Marcão é um profissional que eu já havia trazido em 2014, quando fui vice-presidente, porque achei que seria um elo importante, por ser da casa, para falar do dia a dia. Hoje ele é o treinador do Fluminense. É um profissional que eu sempre gostaria de ter por perto", ressaltou o dirigente. "Não só pela capacidade, mas pela história no Fluminense. Foi uma decisão do departamento de futebol que eu chancelei", reforçou.
Bittencourt também fez questão de voltar a defender a posição de que Oswaldo não foi demitido pelo conflito com Ganso, mas por ter desrespeitado alguns torcedores com gestos obscenos na saída de campo após o jogo contra o Santos no dia 26 de setembro.
"O Oswaldo não saiu pelo problema que ele teve com o Ganso. Se deu pela relação insustentável dele, principalmente com o nosso torcedor. Já havia uma animosidade, mas o profissional entrou em rota de colisão e agiu de forma agressiva com o nosso torcedor. Não dá para ficar. Temos que suportar o momento de dificuldade sem agredir o nosso torcedor. Quando aconteceu aquilo, entendemos que era insustentável.
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