Vitor Mendes tem situação indefinida no Fluminense, que aguarda por mercado da bola
Em má fase nas últimas semanas, o Fluminense ainda não tem nada definido, mas pode ver um novo fator inesperado afetar sua ida ao mercado da bola. A situação envolvendo Vitor Mendes e a máfia das apostas é a chave do dilema.
Isso porque o zagueiro que vinha agradando muito ao clube e ao técnico Fernando Diniz mudou de postura.
O primeiro do Vitor Mendes com as TRÊS CORES! %uD83C%uDDED%uD83C%uDDFApic.twitter.com/ubBubhHevU
%u2014 Fluminense F.C. (@FluminenseFC) April 6, 2023
Sua defesa admitiu na Justiça a culpa pela participação no esquema de manipulação de resultados, e o defensor espera conseguir um acordo para não ser banido do esporte.
Após ser pego de surpresa com a situação, o Fluminense adota cautela, mas internamente, acredita que a postura do jogador, que antes se dizia inocente, é adequada. Antes mesmo de ser denunciado pelo Ministério Público, Vitor, citado na investigação, buscou um acordo para voltar a jogar.
A mudança interfere diretamente nos planos do Flu para o mercado da bola.
Se seguir sem o camisa 4, que tem situação indefinida, o Tricolor buscará uma peça de resposição com o mesmo perfil: jovem, técnico e veloz. Mas se o caso tiver uma definição positiva para o atleta, ele ficará no Fluminense, que, inclusive, manifestava interesse em manter o jogador após o fim do empréstimo junto ao Atlético-MG.
Diniz sai em defesa de atletas, mas quer punição
Em uma declaração sobre a máfia das apostas, o técnico Fernando Diniz já tinha se colocado a favor de "punição rigorosa" para todos os participantes no esquema de manipulação de resultados.
Ao dizer, entretanto, que não se deveria "execrar" ninguém, Diniz se colocou em uma posição menos "punitivista". O treinador, um ferrenho defensor das relações humanas no esporte, inclusive, é uma voz que defende a presença do jogador, desde que sua situação jurídica e desportiva se resolva.
Fernando Diniz sobre esquema de apostas, que afetou também o Fluminense, já que o zagueiro Vitor Mendes está afastado, embora não estivesse no clube em 2022, quando se deram os fatos investigados pelo MP-GO. @SuperesportesMG pic.twitter.com/Zp956OAC9Y
%u2014 Caio Blois (@caioblois) May 17, 2023
Não só pela parte técnica mas pela presença positiva de vestiário, Vitor Mendes goza de boa relação com funcionários, atletas e direção. Todos aguardam os próximos passos do camisa 4 para definições futuras no Fluminense.
Tricolor não negocia com 'medalhões'
Thiago Silva, Yerry Mina, Júnior Alonso e Fabián Balbuena foram especulados recentemente no Fluminense. Nenhum deles, entretanto, negocia com o clube.
O Flu ainda aguarda outras definições para ir ao mercado da bola, mas o perfil buscado, caso seja necessário, é similar ao de Vitor Mendes.
Já com seis zagueiros no elenco, a diretoria não vê um investimento pesado na posição como necessário neste momento. O Fluminense acertou a contratação do lateral-esquerdo Diogo Barbosa e ainda observa peças para volante e pontas.
Relembre o caso
Através da Operação Penalidade Máxima II, o Ministério Público de Goiás investiga ações de uma quadrilha visando a manipulação de jogos de futebol no Brasil em 2022 e 2023.
Os agentes do MP-GO investigam pelo menos 20 partidas das Séries A e B do Brasileirão de 2022, além de dois campeonatos estaduais de 2023, o Paulista e o Gaúcho.
A nova denúncia, apresentada à Justiça recentemente, foi feita com base em conversas de aplicativos de mensagens. Através delas, os investigadores puderam encontrar os valores oferecidos a cada atleta para que tomasse cartões amarelos ou vermelhos, ou até cometessem pênaltis.
Bruno Lopez de Moura, tido como líder da quadrilha no esquema, foi detido na primeira parte da operação, mas acabou solto após habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Goiás. Outros 16 suspeitos podem virar réus no caso.
O MP-GO pede a condenação do grupo liderado por Bruno Lopez e o ressarcimento de 2 milhões de reais aos cofres públicos por danos morais coletivos.
O Ministério Público de Goiás avançou nas investigações de ações de uma quadrilha que manipulou eventos dos jogos de futebol no Brasil em 2022 e 2023. Rebaixado com quatro rodadas de antecedência, o Juventude, clube que Victor Mendes defendia à época, teve alguns jogadores envolvidos.
O zagueiro Paulo Miranda e o atacante Gabriel Tota já viraram réus, o que ainda não aconteceu com Victor. O zagueiro do Fluminense ainda não.