O Cruzeiro foi a 23 pontos, abriu seis de vantagem sobre o Galo, e só precisa de mais um empate nos dois jogos restantes da primeira fase, para garantir a liderança e a vantagem de atuar o segundo duelo em casa, tanto nas semifinais como em eventual decisãoPara roubar o lugar do rival, o Atlético teria que ganhar as duas partidas que lhe restam e ainda torcer por tropeços do time celesteE mesmo assim, dependeria do número de gols marcados.
O clássico deste domingo foi marcado por clima quente dentro de campo, com disputas ríspidasMas, com relação ao futebol, os times ficaram devendo, já que houve poucas emoções no HortoO Cruzeiro se beneficiou de um bom sistema de marcação e também da infelicidade do goleiro Uilson, terceiro da posição no grupo alvinegro, que soltou a bola nos pés de Rafael Silva, que não perdoou e balançou as redesPor outro lado, Fábio, veterano em clássicos, fez a diferença com intervenções incríveis em lances de Robinho e Luan, garantindo os valiosos três pontos.
O Cruzeiro poderá sacramentar a primeira posição geral no próximo domingo, quando receberá o Guarani, às 16h, no MineirãoJá o Atlético volta a campo antes, no sábado que vem, no mesmo horário, diante do Villa Nova, que terá o mando de campo a favor, também no Gigante da PampulhaO Galo jogará com obrigação de vitória para evitar que o time celeste garante, com antecedência, a liderançaE, no dia seguinte, 'secar' o arquirrival.
O jogo
Em um domingo de Páscoa ensolarado em BH, o Independência estava repleto de atleticanos, que impulsionaram o time alvinegro no começo
Robinho deu o primeiro susto no Cruzeiro, em jogada com a participação de Marcos Rocha e Lucas PrattoEm seguida, Marcos Rocha cobrou falta e Fábio espalmou a escanteioO time celeste deu o primeiro sinal de vida no ataque aos 17, e com muito perigoAllano cruzou da esquerda e Elber cabeceou no travessão de UilsonTranquilo, mesmo com a responsabilidade de substituir Victor e Giovanni, o goleiro atleticano pouco teve trabalho até então.
Robinho, por sinal, estava sem posição definida, flutuando pelos lados e o meioEstreante no clássico mineiro, ele voltou a marcar presença na área e obrigou Fábio a trabalhar, em chute rasteiroA partir da parada técnica promovida pela arbitragem para reidratação dos jogadores, o Cruzeiro melhorou no setor ofensivo, passando a segurar mais a bola na frenteE chegou a assustar Uilson, que teve que se atirar nos pés de Allano para salvar, nos acréscimos.
Um primeiro tempo de poucas emoções no IndependênciaA expectativa era por uma etapa final melhor de ambos os lados
Infelicidade de um, alegria de outro
A alta temperatura dentro de campo se refletiu nos jogadoresO segundo tempo começou quente, com princípio de tumulto depois de um pisão no tornozelo de Hyuri, em disputa de bola com Ariel CabralEm seguida, Allano, que já estava ‘amarelado’, fez falta dura em Júnior Urso e foi substituído por Matías Pisano, para evitar uma possível expulsão na sequênciaOs ânimos se acalmaram aos poucos, mas as equipes, ao contrário, continuavam em ritmo lentoO problema era no poder de penetração na área e armação das jogadas de ambos os lados.
Com tanta dificuldade na criação, os volantes alvinegros exerciam papel nos lançamentosAos 23, Rafael Carioca descobriu bem Lucas Pratto, que cruzou e Robinho testouFábio fez excepcional defesa, de mão trocada, evitando o golQuando o momento era de pressão do Galo, o Cruzeiro abriu o placarAos 28, Elber arriscou de longe, Uilson deu rebote e Rafael Silva completou para as redes: 1 a 0. Silêncio no Independência, desolação do goleiro atleticanoNa comemoração, o atacante imitou uma ‘galinha’, provocando a torcidaE ele mesmo quase ampliou, aos 32, mas chutou à esquerda depois de falha de Rafael Carioca
O gol esfriou os ânimos da torcida, enquanto o Atlético tentou se recuperar do golpeMas se expôs aos contragolpes do Cruzeiro, que estava muito bem armado na defesa e pronto para sair nas costas dos volantes rivaisE ainda assim foi salvo por Fábio, em intervenção corajosa nos pés de LuanNos acréscimos, o experiente goleiro evitou o gol de empate, em chute de Robinho, e se transformou em grande nome da equipe celeste no clássicoFim de jogo, os gritos dos cerca de 400 torcedores celestes presentes quebraram o silêncio no Independência.
ATLÉTICO 0 X 1 CRUZEIRO
Atlético
Uilson; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Tiago e Carlos César; Rafael Carioca e Júnior Urso; Luan, Robinho e Hyuri (Pablo); Pratto
Técnico: Diego Aguirre
Cruzeiro
Fábio; Fabiano, Manoel, Bruno Rodrigo e Sánchez Miño (Fabrício); Lucas Romero, Henrique (Federico Gino), Ariel Cabral e Allano (Matías Pisano) ; Elber e Rafael Silva
Técnico: Deivid
Motivo: nona rodada do Campeonato Mineiro
Estádio: Independência
Data: 27 de março (domingo)
Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira
Assistentes: Guilherme Dias Camilo e Marcus Vinícius Gomes
Renda: R$ 965.657,50
Público: 15.842
Cartões amarelos: Marcos Rocha, Leonardo Silva, Lucas Pratto (ATL); Allano, Manoel, Federico Gino, Sánchez Miño (CRU)
Gol: Rafael Silva, 28min do 2ºT