"Eu não fiz críticas, fui perguntado por um colega de vocês, não lembro quem, sobre o tema, se faltava (profissionalismo). Disse que faltava e poderia melhorar e muito. Não tenho que pedir desculpa se é o meu sentimento. Tenho que tentar melhorar o clube em que trabalho em todas as partes, principalmente dentro de campo. Conversei com presidente hoje (sexta-feira) pela manhã, ainda não tinha falado antes, e não quis ofender ninguém. É um sentimento para melhorar.
Na quinta-feira, durante entrevista na Federação Paulista de Futebol, Peres exibiu incômodo com o fato de Cuca ter exposto publicamente as suas insatisfações em relação à administração do clube. Apesar disso, o dirigente assegurou que já havia "acertado as arestas" com o treinador.
Cuca comparou a sua crítica à gestão do Santos com o seu incidente envolvendo a Polícia Militar - o treinador tentou "proteger" um torcedor que invadiu o gramado do estádio do Pacaembu na terça-feira, após a paralisação do confronto de volta com o Independiente, pelas oitavas de final da Libertadores.
No dia seguinte, Cuca pediu desculpas pelo seu comportamento, algo que ele não considera necessário no caso da crítica à diretoria. "Não pedi desculpa para ninguém. Se precisasse, assim como com a Polícia Militar, que realmente errei. Quero cuidar do campo, ele está certíssimo em dizer isso. É o que vou fazer", disse.
Ao utilizar Sánchez na partida de ida das oitavas de final, na Argentina, contra o Independiente, que em campo terminou empatada por 0 a 0, o Santos foi punido com a instituição do placar desfavorável de 3 a 0, imposto em julgamento da Conmebol. A punição foi divulgada na última terça-feira, horas antes do confronto de volta entre os dois times, no Pacaembu, que terminou empatado sem gols após confusão provocada pelos torcedores santistas no segundo tempo..