Cuca foi apresentado oficialmente no Atlético e despistou ao falar sobre Seleção Brasileira (Foto: Pedro Souza/Atlético)


De volta ao Atlético e no radar da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o técnico Cuca enxerga a disputa por uma vaga no comando da Seleção Brasileira como uma "competição saudável". De toda forma, o paranaense promete foco máximo no Galo nos próximos meses para conquistar títulos.



 
 

Questionado sobre possíveis conversas com a CBF para assumir o time do Brasil após a Copa do Mundo, Cuca tratou esse como "um tema delicado". Ele acredita que o posto é dado para o treinador que tem o melhor desempenho dentro dos clubes, ao longo da temporada. O técnico também disse "não ser fissurado" com essa possibilidade.

"Esse é um tema interessante e também é um tema delicado. Nós temos um treinador - e que Deus abençoe que possa nos levar à conquista da Copa -, que é o Tite, dirigindo muito bem a Seleção. O posto é dado para aquele que tem o melhor desempenho, que vive um grande momento, que tem conquistas. É isso que o treinador busca dentro dos clubes, sem mirar uma seleção. É o futuro que é lançado. O cara que está bem, que faz um grande trabalho, quando tem uma oportunidade", avaliou.

"É um pensamento do Cuca e de todos os outros treinadores. Eu, particularmente, não sou fissurado pela Seleção. Eu vim pelo projeto Galo, desse segundo turno e da Libertadores. Eu venho focado 100%. Lógico que uma coisa influencia na outra. Se acaba o ano, a gente vai muito bem, o teu nome cresce. O contrário também. É uma competição saudável com outros treinadores. Natural da vida", completou.



 
Dugout
 

Foco no Atlético e gratidão


Cuca revelou que sequer assinou o novo contrato com o Atlético. O treinador revela que aceitou o "chamado" do Galo por gratidão a tudo que o clube representa em sua história no futebol e espera tirar, mais uma vez, o máximo do grupo de jogadores.

"O contrato eu nem assinei, não estou preocupado. Não é essa a razão que eu vim para cá. Eu recebi um chamado do Rodrigo (Caetano), dos diretores, e eu não tive como negar. Se eu falasse não num momento desses, em que o Atlético precisa de mim, eu acho que não seria justo com eles, que tanto fizeram por mim - não só os diretores como o clube. Nossa história é muito grande, muito bonita", pontuou.

"Eu venho para tentar contribuir da melhor maneira. Esse é o meu pensamento. Não é no ano que vem, não é em nada. São nesses três meses e meio que faltam para acabar o ano. Buscar o máximo, concentração, desempenho individual que vai virar em coletivo se cada um entregar o seu máximo. É isso que a gente aguarda, com a confiança nesse grupo de jogadores", acrescentou.



 
 

Por fim, Cuca salientou que não pensa no que a terceira passagem no Atlético trará como impacto para sua carreira. O técnico endossa que não sabe se o Galo será campeão do Brasileiro e/ou da Libertadores, mas que espera colocar a equipe em seu melhor nível.

"Eu não estou preocupado comigo, no que representa para mim em termos de carreira. Estou preocupado em fazer o Atlético ter um final de ano... Não sei se vai ganhar, mas fazer o Atlético estar no melhor que possa estar nas duas competições. Esse é o meu projeto. A gente nunca tem certeza de nada na vida. A gente só vai saber a resposta lá no final. O meu coração, hoje, falava que eu devia vir. Eu vim por ele, e Deus abençoe que dê certo", encerrou.