Paulo Pezzolano, do Cruzeiro, vê responsabilidade inteiramente atrelada ao Atlético na final do Campeonato Mineiro (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)


O técnico uruguaio Paulo Pezzolano, do Cruzeiro, jogou todo o favoritismo do clássico deste sábado (2) para o Atlético. Às 16h30, no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, os rivais medirão forças em jogo único pelo título do Campeonato Mineiro. Na visão do treinador, a responsabilidade é toda do Galo, que tem maior capacidade de investimento e vive realidade muito distinta da Raposa.



 
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Pezzolano não vê o clássico contra o Atlético como parâmetro para avaliar o trabalho do Cruzeiro. Na visão do uruguaio, a diferença de realidades é tão gritante que a partida só terá importância para avaliar o trabalho realizado no rival, mas não no clube celeste.

"Este jogo, se você ver desportivamente, hoje, não é parâmetro de nada. Vamos jogar contra a equipe que investe mais no Brasil, uma das que mais investe na América. No Cruzeiro, estamos em uma construção constante. Já chegamos à final, depois de dois anos sem chegar. A responsabilidade é toda deles. Sabemos que para o Atlético Mineiro, se não ganha este jogo, é um fracasso para todo o ano. Perder este jogo, perder este clássico. Para nós, é um jogo a mais", avaliou Pezzolano.
 
 

Ainda na análise do técnico celeste, o Cruzeiro não pode se comparar ao Atlético hoje. Pezzolano frisou que a sua equipe está em construção e a satisfação de todo o estafe pela chegada à final do Campeonato Mineiro após dois anos, mas prometeu um time competitivo na decisão em busca do título.




"Estamos em construção e, para nós, o principal objetivo deste ano é subir para a primeira divisão. Hoje, não podemos nos comparar com o Atlético Mineiro. É a realidade. Por quê? Pela história recente que está vivendo o Cruzeiro. Estamos em construção. Este jogo não vai marcar nada neste sentido [de parâmetro], sinceramente. Não vai marcar nada. Seria muito bom ganhá-lo para pegar confiança? Sem dúvidas. Mas sabemos que hoje não há comparação. Todos sabemos isso. Então, estamos tranquilos com o trabalho que se fez, chegando à final", pontuou.
 
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"Eu sei que a história do Cruzeiro merece o Campeonato Mineiro, mas o presente do Cruzeiro é outra realidade. Vamos buscar o Campeonato? Sem dúvidas. Vamos fazer frente? Sem dúvidas. Somos conscientes que podemos ganhar o jogo? Também. Mas não é medida nenhuma o jogo. Para eles, sim. Se perdem esse jogo, vão ter um problema muito grande internamente. A pressão é toda deles e para nós é um jogo mais. Vamos sair com os dentes apertados, com o coração quente, e vamos enfrentar esse jogo com todas as armas que temos, com toda a vontade e intensidade. Somos conscientes que podemos ficar com o resultado positivo", encerrou Pezzolano.

Ainda que viva uma realidade bastante distinta do rival, o Cruzeiro almeja o título e se inspira no primeiro clássico do ano para voltar a fazer frente ao Atlético. No dia 6 de março, ainda pela primeira fase do Estadual, a Raposa "vendeu caro" a derrota por 2 a 1 no Gigante da Pampulha, sofrendo os gols da virada já na reta final do segundo tempo e com polêmica de arbitragem.




Para o Cruzeiro, o título do Campeonato Mineiro significaria uma grande injeção de ânimo para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro - principal foco celeste na temporada. Após dois anos instáveis na disputa da segunda divisão, a Raposa tem o acesso à Série A como principal meta para 2022.