Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, enviou um ofício à Fifa nesta segunda-feira (22) pedindo que a entidade tome medidas esportivas e jurídicas para combater atos racistas.



 
O pedido da CBF acontece após mais um caso de racismo contra Vinícius Júnior, desta vez na derrota do Real Madrid contra o Valencia por 1 a 0 neste domingo (21). Torcedores no estádio Mestalla cantaram “mono” (“macaco”, em transcrição do espanhol) e um deles foi flagrado por uma TV espanhola fazendo gestos de macaco na direção do atacante.
 
– O racismo e a violência precisam ser combatidos com firmeza e veemência. Solicito, portanto, a sua atenção (ao presidente da Fifa, Gianni Infantino) para que todos os mecanismos possíveis, desportivos e jurídicos, sejam utilizados no combate a estes atos racistas, com o engajamento de toda a família do futebol – disse o presidente da CBF em um vídeo postado pela entidade.
 
O presidente da CBF pediu que as entidades responsáveis pelo futebol mundial combatam com mais força o racismo e deu o exemplo próprio.



 
– Não se pode mais ficar sendo apenas solidário com as vítimas do racismo, tem que ter um comprometimento de todas as autoridades. Esse tipo de crime pode ser combatido com penas desportivas. A CBF foi a primeira entidade que teve coragem em incluir no seu regulamento de competições penas desportivas para esse tipo de crime. Eu entendo que Conmebol, Uefa e Fifa têm também que fazer isso – completou Ednaldo.
 
No Regulamento Geral de Competições (RGC) da CBF para 2023, existe a previsão de punições por racismo que podem chegar até a perda de pontos. 
 
Na ocasião do anúncio das novas regras, em março deste ano, Ednaldo afirmou que é importante punir esportivamente, mas que a CBF também enviaria a súmula do jogo para o Ministério Público e a Polícia Civil para que “o processo não morra apenas na esferas esportiva. E que os infratores também sejam punidos pela lei”. 
 
A CBF afirma que também enviou o mesmo ofício à Uefa, Conmebol e Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), além de mandar uma cópia para Vinícius.