Pela primeira vez na história, Minas Gerais tem quatro finalistas na Superliga (Foto: Orlando Bento/Minas e Agência i7/Cruzeiro )


Pela primeira vez na história, Minas Gerais vai monopolizar as finais da principal competição do vôlei nacional. Tanto no feminino como na versão masculina, a decisão será 100% mineira. Praia Clube e Minas brigarão pela taça pela terceira edição, enquanto Minas e Cruzeiro serão protagonistas de clássico inédito valendo o troféu. 




Os clubes mineiros dominaram a fase de classificação desta Superliga. O Praia foi o primeiro colocado, deixando o Minas na vice-liderança. Nos playoffs, o time de Uberlândia tirou Pinheiros (2 a 0) e Flamengo (2 a 1). Já as minas-tenistas passaram por Barueri e Sesi Bauru, fechando as quartas e as semifinais com dois triunfos na série melhor de três. 

No masculino, o Minas, líder, ficou dois pontos à frente do Cruzeiro, segundo colocado: 61 a 59. Atual vice-campeão, os minas-tenistas avançaram nas quartas com dois triunfos sobre o Natal. Nas semifinais, a equipe de BH despachou o Garulhos, também com duas vitórias na série melhor de três. 

O Cruzeiro eliminou nas quartas de final o São José, com duas vitórias, e passou pelo Sesi-SP nas semifinais, também fechando a série com dois triunfos. Na temporada anterior, o time celeste ficou na liderança durante toda a primeira fase, mas, no primeiro playoff, foi surpreendido pelo extinto Itapetininga e se despediu de forma precoce. 




Minas e Praia vêm dominando o cenário feminino no vôlei nacional. O time de BH foi campeão da Superliga em 2018/19 e 2020/21 diante do rival de Uberlândia. A edição de 2019/20 foi interrompida por causa da pandemia. As aurinegras levantaram a taça em 2017/18, batendo na final o Rio de Janeiro, do técnico Bernardinho.

Não será a primeira vez que equipes do mesmo estado chegam à final da Superliga, tanto no masculino como no feminino. O monopólio ocorreu em quatro ocasiões, a última na temporada 1996/97, com os paulistas Suzano x Banespa, entre os homens, e Leites Nestlé x Uniban, no caso das mulheres. 

FINAL EM BRASÍLIA

Praia e Minas, no entanto, não disputarão a série decisiva em suas respectivas arenas. De acordo com a CBF, os clubes não se opuseram à proposta de levar a final para o Ginásio Nilson Nelson, em Brasília, nas melhor de três. Com isso, o primeiro confronto será nesta sexta-feira, 22, às 21h. O segundo será na semana seguinte, em 29 de abril, no mesmo horário. Se necessário, a terceira e derradeira partida está marcada para 3 de maio, às 21h30. 




MASCULINO

No masculino, a situação é diferente. Em comunicado à imprensa, a CBV explicou que os clubes optaram por mandar as partidas da série decisiva em suas respectivas arenas. Com isso, o Minas vai atuar duas vezes em casa, enquanto o Cruzeiro terá o segundo confronto marcado para o Ginásio do Riacho, em Contagem. As datas e horários ainda não foram anunciados. 

TÍTULOS

O Minas é o principal vencedor das competições nacionais, com nove títulos: ganhou a Taça Guarani, em 1963, o Campeonato Brasileiro de Clubes Campeões, em 1964, o Brasileiro de Clubes (1984/85/86), e as edições da Superliga de 1999/2000, 2000/01 e 2001/02, além da temporada 2006/07. O Cruzeiro levantou o troféu seis vezes: 2011/12, 2013/14, 2014/15, 2015/16, 2016/17 e 2017/18.

No feminino, o Minas possui quatro conquistas: em 1992/93, ainda pela Liga Nacional; e as edições da Superliga de 2001/02, 2018/19 e 2020/21. O Praia Clube foi campeão na temporada 2017/18 e, depois de dois vices diante do rival de BH, busca o bi. Antes, em 2015/16, a equipe do Triângulo perdeu para o Rio de Janeiro na primeira vez em que chegou à decisão.