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Brasil estreia domingo no Mundial de Basquete, com desafio de ir à Olimpíada de Tóquio

Seleção Brasileira vai ter que brigar muito para chegar à Olimpíada, já que um dos concorrentes às duas vagas para o continente americano são os EUA

29/08/2019 18:19
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foto: CBB/divulgação
Embalado pela boa preparação – disputou oito amistosos e perdeu apenas uma partida –, o Brasil estreia neste domingo no Grupo F do Campeonato Mundial de Basquete Masculino, com sede em Nanquim, na China, enfrentando a Nova Zelândia, às 5h (horário de Brasília). A chave tem ainda Grécia e Montenegro, que se enfrentarão às 9h. A competição começa neste sábado com oito jogos. No total, são 32 seleções, que, além do título, brigam por sete vagas nos Jogos Olímpicos de Tóquio'2020.

Pelo regulamento, estarão classificados para a Olimpíada os dois melhores da Europa, os dois melhores das Américas, o melhor de África, Ásia e Oceania. No caso das Américas, os EUA são tidos como certos nos Jogos do ano que vem. Dessa forma, o Brasil tem como adversários diretos Argentina, Porto Rico, República Dominicana e Canadá. O único americano que não tem chances é a Venezuela.

O regulamento, no entanto, é uma preocupação a mais para o técnico da equipe, o croata Aleksandar Petrovic. Os dois melhores de cada grupo passam à próxima fase, que haverá cruzamento de chaves: A x B, C x D, E x F e G x H. Dessa forma, caso o Brasil se classifique, teria como adversários os dois melhores do Grupo E, onde estão os EUA, maior favorito, República Tcheca e Turquia, que são seleções fortes, além do Japão, o mais fraco.

Na segunda fase, as quatro seleções se enfrentarão e os dois melhores, novamente, avançarão à terceira. Nesse caso, o Brasil não só pensa em avançar no torneio, pelo menos às semifinais, como também torcerá contra os quatro outros americanos (Argentina, Porto Rico, República Dominicana e Canadá), cotados para avançarem.

O técnico Petrovic vê virtudes no time brasileiro. “Essa convocação traz três pontos importantes no grupo: o primeiro é contar com alguns jogadores mais experientes, que todos queriam ver atuando pela Seleção. O segundo, reúne os atletas que estão jogando na NBA – o mineiro Cristiano Felício (Chicago Bulls); Bruno Caboclo (Memphis Grizzlies); e Didi Louzada (New Orleans Pelicans) – e os que já atuaram lá – Leandrinho e Alex (Minas); e Anderson Varejão (atualmente sem clube). Em terceiro, jogadores experientes que atuam na Europa, como Marcelinho Huertas (Saski Baskonia-ESP); Benite e Augusto Lima (Burgos-ESP); e Rafa Luz (Andorra-ESP). Além disso, temos dois jovens muito promissores no grupo, Didi e Yago, que foram muito bem nas Eliminatórias, que disputamos durante um ano e meio.”

Para ele, a Seleção tem a fórmula ideal. “O grupo apresenta uma mescla boa, com todos os jogadores podendo jogar em alto nível. Por isso, me sinto contente com os atletas que foram convocados.”

O técnico lamenta apenas não poder contar com o armador mineiro Raulzinho, que está fora de combate, se recuperando de uma forte torção no tornozelo esquerdo. Ele acertou a sua transferência do Utah Jazz para o Philadelphia 76'ers.

Os adversários

No total, neste Mundial, além dos 12 jogadores da Seleção Norte-Americana, outros 40 disputam a NBA. Dos adversários do Brasil, as três seleções têm jogadores com essa experiência: a seleção grega conta com o ala-pivô Giannis Antetokounmpo, peça-chave do Milwaukee Bucks e forte candidato a MVP (melhor jogador) da próxima temporada da NBA; Montenegro tem como potencial destaque o pivô Nikola Vucevic, do Orlando Magic; e a Nova Zelândia aposta em Steven Adams, especialista nos rebotes do Oklahoma City Thunder.

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