Artigos da Copa da Rússia geral pouco interesse em russos; lojas do segmento estão vazias
Enviado especial a Moscou
Às vésperas da abertura, a Copa do Mundo de 2018 ainda não empolga os russos. Embora muitos moradores locais puxem conversas sobre o Mundial ao saber que o repórter é do Brasil, perguntando principalmente sobre quem será o campeão, normalmente as pessoas se mostram alheias ao torneio. Nas ruas, é difícil achar russos com camisas de futebol. Apenas turistas ostentam bandeiras e uniformes de suas seleções.
Supermercado de Moscou tem encartes de Ronaldo como garoto-propaganda de chocolate
As empresas fizeram a parte delas e muitas contrataram craques renomados para estrelar campanhas publicitárias. O argentino Messi, por exemplo, é garoto-propaganda de um banco russo. Já o ex-atacante brasileiro Ronaldo, ex-Cruzeiro, é o astro da campanha de uma marca de chocolates, tendo o rosto estampado em supermercados da capital russa.
Mas, no geral, ainda há muita frieza em relação ao que vai acontecer a partir desta quinta-feira, quando a Copa será aberta. Um dos motivos é o fraco desempenho da Seleção Russa nos últimos jogos. Desde que foi eliminada na fase grupos da Eurocopa’2016, a equipe entrou em campo oito vezes e venceu apenas dois jogos.
Nesse cenário, comerciantes locais apostam mais nos estrangeiros para lucrar no Mundial. Uma loja que destinou bom espaço na vitrine para produtos relativos à Copa na Rua Tverskaya, próximo ao Teatro Bolshoi, está vazia e chama pouca atenção. Já em Tagansky, na região Sudeste de Moscou, um supermercado vendia bonés oficiais a pouco mais de R$ 50 e não havia nenhum interessado. Mesmo versões para crianças, custando R$ 35, despertam pouco interesse do público.
Talvez com o começo dos jogos os russos se empolguem mais com a competição. Afinal, eles também gostam de futebol, ainda que dividam a paixão com esportes em que são mais fortes, como o hóquei.
Vitrine exibe produtos da Copa do Mundo da Rússia, mas não atrai muitos olhares russos
