Felipão analisa possibilidade de 'Mineirazo': "Não adianta nos jogarmos num poço"

Campeão do Mundo em 2002, Felipão tenta levar a Seleção Brasileira a mais um título. O passado vitorioso não impede que o treinador tenha momentos de insegurança e admita a possibilidade de derrotas. Questionado, em entrevista coletiva no Mineirão, sobre a chance de se despedir mais cedo do Mundial, o treinador revelou qual será sua reação caso haja um “Mineirazo” neste sábado, diante da Seleção Chilena.

“É um jogo de 90 minutos que pode nos dar a chance de seguir ou não. Claro que não ficaremos orgulhosos de não seguir em frente, mas fazemos trabalho com dedicação, alegria e amor. Se eles forem melhores que nós, não podemos ficar de cabeça baixa. Não adianta nos jogarmos num poço. Temos de valorizar o adversário”, disse o treinador.

“Claro que passa a ideia de não ganhar e não seguir, mas este é o regulamento da competição. Desde o início, sabíamos do regulamento. Vamos correr riscos até a final. É do regulamento, os jogadores sabem disso”, acrescentou.

Felipão respondeu ainda sobre seu sentimento em relação à disputa de fases eliminatórias numa Copa do Mundo disputada no Brasil. Ele ressaltou que tenta não transparecer momentos de apreensão diante dos jogadores.

“É normal que a gente sinta e tenha algum incômodo, principalmente no mata-mata, em que não podemos perder. A gente fica mais envolvido de forma diferente, mais assustado, nervoso, o que é normal, e não é por ser no Brasil. A cada fase que a gente vai passando, temos chance de chegar à final. Então tem uma série de detalhes que não posso passar quando estou com os jogadores. Quando fico sozinho, pensando no que devo fazer, eu me sinto sozinho e inseguro, mas com eles não. Passo aos jogadores minha confiança e tudo mais. Ninguém de sã consciência fica tranquilo”, destacou.

Brasil e Chile se enfrentam neste sábado, às 13h, no Mineirão. O vencedor do confronto enfrentará, nas quartas de final, quem avançar da disputa entre Colômbia e Uruguai, às 17h, no Maracanã.