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UM MOMENTO NA HISTÓRIA

Vídeo: em 1971, taça Jules Rimet desfilava pelas ruas de BH nas mãos dos campeões mundiais de Atlético e Cruzeiro

Recepcionada pelos vencedores que jogavam em Minas Gerais, o troféu ficou exposto para o público por dois dias na agência central do Banco do Brasil

postado em 03/04/2018 08:00 / atualizado em 15/05/2018 19:18

Em janeiro de 1971, seis meses depois de o Brasil conquistar o tricampeonato mundial no México e ficar em definitivo com a taça, a Jules Rimet desfilou pelas ruas de Belo Horizonte. Recepcionada pelos campeões mundiais que jogavam em Minas Gerais, o troféu ficou exposto para o público por dois dias na agência central do Banco do Brasil, na Rua Espírito Santo. As imagens raras da solenidade, resgatadas e digitalizadas do acervo da extinta TV Itacolomi, dos Diários Associados, estão no quinto capítulo da seção Um momento na história.


“Tostão, Dario, Fontana e Piazza vão receber hoje, às 17h30, no aeroporto da Pampulha, a taça Jules Rimet, que vem a BH pela segunda vez desde que foi conquistada em definitivo pelo Brasil”, destacava o Estado de Minas de domingo, 10/1/1971. Naquele ano, o banco patrocinou uma turnê da taça pelas capitais do país e Belo Horizonte seria uma das primeiras a recebê-la, vindo em voo da Varig de Salvador.


O troféu, que já havia passado pela capital pouco depois do título, chegou no fim da tarde de domingo. Os jogadores aguardavam no saguão do aeroporto ao lado de funcionários do banco, diretores dos clubes de BH e do interior, do prefeito Sousa Lima e da charanga do Galo. De lá, seguiu em desfile em carro aberto pela avenida Antônio Carlos até o centro, quando foi entregue ao governador Israel Pinheiro, que a colocou em um pedestal para exposição pública. No dia seguinte, a taça continuou em exposição – “sob severa vigilância policial”, ressaltava o EM – e à noite foi levada ao programa Bola na Área, da TV Itacolomi, dos Diários Associados.


Criada para premiar os campeões mundiais desde a primeira edição, no Uruguai, a taça levava o nome do ex-presidente da Fifa (1921-1954), responsável por idealizar a Copa do Mundo. O Brasil ficou em posse definitiva do troféu ao vencer a Itália, no México, e conquistar o tricampeonato.


A taça – de 35 centímetros e aproximadamente 3,8 quilos de ouro –, foi roubada duas vezes. Em 1966, na Inglaterra, foi encontrada por um cachorro, Pickles, que farejou um pacote em meio a arbustos, em Londres. Em 19 de dezembro de 1983, foi levada por dois ladrões da sala do gabinete do presidente da CBF, Giullite Coutinho, na sede da confederação, no centro do Rio. A taça, segundo a Polícia Federal, foi vendida e derretida no dia seguinte ao roubo.


Ironicamente, o troféu ficava exposto sem muita segurança, enquanto uma réplica ficava em cofre. Quatro pessoas foram sentenciadas, mas ficaram foragidos. Três foram presos ao longo da década de 1990, mas passaram pouco tempo presos, e um morreu assassinado a tiros, em 1989. Muitos detalhes não foram esclarecidos. Desde 1974, os campeões mundiais recebem a Taça Fifa, criada pelo italiano Silvio Gazzaniga, de 36,5 cm e cinco quilos de ouro.

 

Reprodução/TV Itacolomi
 

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