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Mauro vê Atlético favorito ante Palmeiras, mas critica: 'Não é tão sólido'

Durante o programa 'Posse de Bola' desta segunda-feira (20), Mauro Cezar apontou favoritismo do Galo, mas enfatizou acreditar em um confronto equilibrado

Redação
Mauro Cezar foi 'cauteloso' ao elogiar o Atlético e apontar favoritismo diante do Palmeiras - Foto: Reprodução/YouTube
O jornalista Mauro Cezar Pereira, do UOL, vê o Atlético como favorito diante do Palmeiras na Copa Libertadores. As equipes realizarão o primeiro duelo das semifinais nesta terça-feira (21), às 21h30, no Allianz Parque, em São Paulo. Ainda assim, Mauro adotou cautela ao projetar o confronto e falar sobre o time alvinegro: 'Ainda não é tão sólido'.


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No programa 'Posse de Bola' desta segunda-feira (20), no YouTube, Mauro Cezar reconheceu os bons 'valores individuais' do Galo, mas disse não enxergar um time em grande fase coletiva.
 
"É curioso isso, porque o Atlético tem algumas boas atuações, outras nem tanto. Ainda não é um time coletivamente, embora tenha muitos valores individuais, tão sólido assim. Eu não vejo dessa maneira. Acho que está completamente em aberto isso aí. O Palmeiras tem condições de fazer um bom jogo e de enfrentar bem o Atlético, de conseguir uma vitória, evidentemente", afirmou.
 
Em seguida, o comentarista relembrou o fato de que o Palmeiras é o atual campeão da Copa Libertadores para sustentar a opinião de que a partida será equilibrada. Ainda assim, ressaltou que o Atlético tem jogadores com 'mais poder de decisão'.


Atlético x Palmeiras: a cobertura da imprensa nos jogos mata-mata

Capa do jornal Estado de Minas de 4 de abril de 1996 destaca negativamente a atuação do árbitro pernambucano Wilson de Souza Mendonça: 'Juiz derrota o Atlético'. As reclamações foram, principalmente, pela anulação do gol de bicicleta de Fábio Augusto e a não marcação de um pênalti. No fim das contas, o Palmeiras saiu vencedor do Independência: 2 a 1, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. - Arquivo/EM
'Derrotado, mas não sem bravura'. O destaque das páginas internas do EM naquele 4 de abril de 1996 foi para a boa atuação alvinegra contra o poderoso time palmeirense. A atuação do árbitro voltou a ser questionada. Há, ainda, o relato de um caso de violência: o fotógrafo André Brant, que trabalhava na partida, agrediu Wilson de Souza Mendonça e cuspiu no major Garibaldi, da Polícia Militar. Ele seria preso, mas o caso foi abafado ainda no Independência. No jogo de volta, o Palmeiras goleou por 5 a 0, em São Paulo, e avançou no torneio. - Arquivo/EM
Atlético e Palmeiras se reencontraram em mata-matas nas quartas de final da Copa Mercosul de 2000. A capa do EM de 23 de novembro dá espaço nobre para a goleada sofrida pelo time alvinegro no jogo de ida, em São Paulo: 4 a 1 e desclassificação praticamente certa. O texto fala em "decepção". Há, ainda, menção à negociação do atacante Guilherme com o Corinthians. - Arquivo/EM
Nas páginas internas, mais críticas ao Atlético pela goleada sofrida no Palestra Itália: 'Atuação indigna da tradição'. 'Faltou raça e coragem. Faltou brio e respeito à tradição de um grande clube', escreveu o repórter Antônio Melane, responsável pela crônica da derrota para o Estado de Minas. Há, também, menção ao momento financeiro ruim do Atlético: 'Time à venda para pagar dívidas'. Na época, o então gerente de futebol Eduardo Maluf voltou a dizer que o Atlético precisaria negociar dois jogadores para resolver dívidas de aproximadamente R$ 12 milhões. Atualmente, o débito do clube passa do R$ 1,3 bilhão. - Arquivo/EM
A capa do Estado de Minas de 29 de novembro de 2000 destacou o fim de ano melancólico do Atlético, com derrota por 2 a 0 para o Palmeiras no jogo de volta, eliminação na Mercosul e muitos protestos dos torcedores. 'Quase 20 mil pagantes compareceram ao estádio e, ao final, saíram revoltados, clamando por mudanças. Houve protestos no hall do Mineirão. O Clube Labareda e a sede de Lourdes foram protegidos por policiais', lê-se. - Arquivo/EM
'Torcida de coração ferido'. Nas páginas internas daquela edição do EM, a repórter Lilian Monteiro detalhou a atuação apática do time no Mineirão e os protestos dos torcedores. 'Urgente: torcida precisa de apoio do 'time''; "Jogadores e diretoria, vocês envergonham a nação atleticana', lia-se em duas das manifestações. À época, o presidente do Atlético era Nélio Brant. Curiosamente, o vice era Sérgio Coelho, atual mandatário alvinegro. - Arquivo/EM
Em 2010, Atlético e Palmeiras duelaram nas quartas de final da Mercosul. O primeiro jogo, disputado com mando alvinegro em 27 de outubro, acabou empatado por 1 a 1. Na manhã seguinte, a capa do EM destacava a atuação salvadora do centroavante Obina, que saiu do banco de reservas para reforçar o time misto e garantir, com um gol de pênalti, a igualdade. 'Obina salva o Galo outra vez', lê-se. - Arquivo/EM
O Atlético jogou com vários reservas na Sul-Americana, já que o foco maior era escapar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Obina, titular, salvou: 'atacante esquenta misto e garante empate com o Palmeiras em Sete Lagoas, deixando time em condição de avançar na Sul-Americana', lê-se na crônica daquela partida, publicada no EM. - Arquivo/EM
De nada adiantou o empate em Minas Gerais. No jogo de volta, o Atlético perdeu por 2 a 0, em São Paulo, e foi eliminado pelo Palmeiras. O revés foi destacado na capa do EM: 'Galo perde e dá adeus à Sul-Americana'. - Arquivo/EM
O torneio não era a prioridade do time. Então, apesar de a eliminação ter sido doída, não estremeceu o planejamento alvinegro para a temporada. 'Com um time praticamente de reservas, Galo até que luta muito, mas não segura o Palmeiras. Perde por 2 a 0 e se despede da Sul-Americana', lê-se nas páginas internas do EM. - Arquivo/EM
A capa do EM de 28 de agosto de 2014 dá destaque à vitória do Atlético por 1 a 0 sobre o Palmeiras, em São Paulo, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Logo acima, há menção também à goleada do Cruzeiro por 5 a 0 sobre o Santa Rita (AL), pela mesma fase da competição. Os rivais se enfrentariam na final do torneio, com o Galo levando a melhor. - Arquivo/EM
'Luan garante a festa atleticana'. O título da crônica do jogo contra o Palmeiras é significativo e se aplicaria a várias outras partidas daquela campanha. O 'Menino Maluquinho' foi decisivo e fez gol em todas as fases da Copa do Brasil, conquistada pelo Atlético. - Arquivo/EM
O jogo de volta das oitavas de final também terminou com triunfo atleticano: 2 a 0 no Independência e classificação garantida. Nas páginas internas do EM, a projeção para a fase seguinte: 'Duelo com outro paulista: Atlético despacha o Palmeiras, se classifica para quartas de final da Copa do Brasile e agora enfrenta o Corinthians'. - Arquivo/EM

"O Atlético tem jogadores decisivos na frente, mais poderosos - com mais poder de decisão do que os jogadores do Palmeiras. Mas é um jogo em São Paulo, é um jogo eliminatório, contra o atual campeão do torneio, gente. Então, é óbvio que o Palmeiras tem condições de passar. Acho que o momento do Atlético é melhor, concordo com o Juca (Kfouri) em relação ao favoritismo para o confronto, mas nada assim. Não vai ser Atlético x Sport. É Atlético x Palmeiras. É bem diferente", completou.
 
Embalado nas três principais competições, o Atlético segue em busca de reencontrar o caminho dos grandes títulos. O clube mineiro é o atual líder do Campeonato Brasileiro, com 45 pontos, disputa as semifinais da Copa Libertadores e também da Copa do Brasil (contra o Fortaleza).
 
Na próxima terça-feira (28), às 21h30, Atlético e Palmeiras decidirão, no Mineirão, em Belo Horizonte, quem disputará a grande final da Libertadores. Por ter tido a melhor campanha da primeira fase, o Galo conta com a vantagem de definir o confronto em seus domínios - e terá o apoio de seus torcedores nesta missão.


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