Três atletas anunciaram que não fariam parte da seleção francesa enquanto Diacre estivesse no comando
Nesta quinta-feira, a Federação Francesa de Futebol anunciou que Corinne Diacre não é mais a técnica da seleção feminina. A demissão vem após boicote de jogadoras importantes como a capitã Wendie Renard e denúncias de assédio moral.
Le COMEX de la FFF a reçu les conclusions de la commission missionnée par Philippe Diallo pour dresser un constat sur la situation de l'Équipe de France Féminine.
%u2014 FFF (@FFF) March 9, 2023
Il a été décidé de mettre un terme à la mission de Corinne Diacre en @equipedefranceF https://t.co/zBeJK4ra8b
A França irá disputar a Copa do Mundo feminina que se inicia em julho deste ano e está no Grupo F, junto ao Brasil, Jamaica e Panamá. Nas últimas semanas, três atletas anunciaram que não fariam parte da Seleção Francesa enquanto Diacre estivesse no comando.
Vice-campeã mundial em 2019 e três vezes eleita melhor jogadora do futebol feminino, Wendie Renard anunciou no mês passado sua saída da seleção afirmando que "não pode mais apoiar o sistema atual, que está longe dos requisitos dos mais altos nível" e justificou o ato como "necessário para preservar a saúde mental".
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, a Federação Francesa de Futebol revelou que Corinne Diacre criou "uma divisão muito significativa" com as jogadoras que "chegou a um ponto sem volta".
De acordo com o jornal The Guardian, uma das razões para a crise interna na Seleção Francesa foi a retirada da faixa de capitã de Renard após a eliminação da França na Eurocopa de 2017. Além disso, a técnica deixou a atacante Marie-Antoinette Katoto de fora da convocação para o Mundial de 2019, mesmo ela sendo a artilheira da Ligue 1 naquela temporada.
Em 2020, a goleira Sarah Bouhaddi declarou que ficaria ausente da seleção nacional enquanto Diacre seguisse no cargo. Na Eurocopa de 2022, Diacre não convocou as atletas Amandine Henry e Eugénie Le Sommer após desentendimentos públicos com a treinadora.