O América subiu para o terceiro lugar na Série B, com 26 pontos, ao obter triunfos consecutivos sobre Vitória, na terça-feira (2 a 1, no Barradão), e Náutico, nessa sexta (2 a 0, no Independência). Em 15 rodadas, o time treinado por Lisca venceu sete, empatou cinco e perdeu três, com aproveitamento de 57,77%. Até o momento, são 13 gols marcados e oito sofridos.

A permanência do Coelho no G4 dependerá da combinação de resultados neste sábado. Às 11h, o Juventude (4º, com 23) recebe o Brasil de Pelotas, no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul. Às 18h30, o Paraná (5º, com 23) visita o CSA, no Rei Pelé, em Maceió. Ainda que a equipe mineira saia do pelotão de acesso, o início positivo já é um bom presságio se levado em consideração a campanha semelhante ao dos anos de acesso. Em 2010, 2015 e 2017, o alviverde somou 27 pontos nos 15 primeiros jogos.

Na Série B de dez anos atrás, o grande destaque era Fábio Júnior, que marcou 19 gols. No grupo comandado pelo técnico Mauro Fernandes havia outros nomes conhecidos, como o goleiro Flávio, o lateral-direito Marcos Rocha, os zagueiros Preto e Gabriel, o volante Dudu Pitbull e os meias Luciano e Irênio. O time terminou o campeonato em quarto lugar, com 63 pontos, e subiu ao lado de Coritiba (71), Figueirense (67) e Bahia (65).

Cinco anos adiante, sob as orientações de Givanildo Oliveira, o América contou com um dos melhores momentos da carreira de Marcelo Toscano para subir à primeira divisão. Inspirado, o meia-atacante balançou a rede de tudo que é jeito: pé direito, pé esquerdo, de cabeça, de fora da área, cobrando pênalti, etc. Foram 14 gols em 35 partidas no campeonato.

Outro atleta decisivo em 2015 foi o então garoto Richarlison, de 18 anos, que encantou os torcedores com dribles e arrancadas em cima dos adversários. O atual ponta-esquerda do Everton da Inglaterra e da Seleção Brasileira anotou nove gols e deu três assistências em 24 jogos pelo Coelho, quarto colocado da Segundona, com 65 pontos - abaixo de Botafogo (72), Santa Cruz (67) e Vitória (66).

Já em 2017, o América seguiu a cartilha de “dois pontos por jogo” dos matemáticos para desbancar o Internacional na briga pelo título. Na 15ª rodada, o time era terceiro, com 27. Nos 23 duelos restantes, somou 46 (13 vitórias, sete empates e três derrotas) e terminou em primeiro, com 73 - dois a mais que os gaúchos.

A equipe de Enderson Moreira ficou notabilizada pela coletividade na distribuição de gols. Bill, o artilheiro, fez nove em 30 jogos - cinco cobrando pênalti. Luan, que também esteve em campo 30 vezes, marcou oito. Até mesmo o zagueiro Rafael Lima contribuiu ofensivamente com quatro gols em 37 partidas - um deles o do título, na vitória por 1 a 0 sobre o CRB, em 25 de novembro, pela 38ª rodada, no Independência.

Em 2020, o técnico Lisca conseguiu implantar um padrão de jogo desde o Campeonato Mineiro, além de seguir o legado de seu antecessor, Felipe Conceição. O América varia entre o 4-3-3 e o 4-1-3-2, com um meio-campo que tem Zé Ricardo dando proteção à zaga, Juninho se movimentando na direita, e Alê organizando o time ao centro e do lado esquerdo.

Na frente, o Coelho perdeu Matheusinho, vendido ao Beitar, de Israel, por cerca de R$ 6 milhões, mas contou com o retorno em bom nível do veloz e ágil Ademir, que se recuperou de lesão muscular e marcou um belo contra o Vitória na última terça. Outros que se destacam são Rodolfo, artilheiro do elenco na temporada, com 10 gols, e Felipe Azevedo, autor de quatro gols em oito jogos em 2020.

Nem sempre o América deu continuidade ao bom início na Série B. Em 2012, o time somou 26 pontos nas 15 primeiras rodadas. No restante, alcançou somente 29 em 69 (42%) e encerrou a competição em oitavo, com 55. Já em 2013, foram 25 pontos em 15 jogos (55,55%) e, posteriormente, 32 pontos nas últimas 23 partidas (46,37%). Assim, o Coelho finalizou a segunda divisão em nono, com 57.

Já em 2019, ocorreu o inverso: o América fez apenas 14 pontos nos 15 primeiros jogos, com pouco mais de 31% de aproveitamento, e 47 nas 23 rodadas subsequentes (68,11%). A promoção à Série A escapou no jogo derradeiro, que terminou com derrota para o já rebaixado São Bento, por 2 a 1, no Independência. O Coelho ficou em quinto, com 61, um a menos que o quarto colocado, Atlético-GO. 

26 pontos

7 vitórias

5 empates

3 derrotas

13 gols marcados

8 gols sofridos

57,77% de aproveitamento

14 pontos (18º)

3 vitórias

5 empates

7 derrotas

12 gols marcados

19 gols sofridos

31,11% de aproveitamento

Colocação final: 5º, com 61 pontos (17 vitórias, 10 empates e 11 derrotas)

27 pontos (3º)

7 vitórias

6 empates

2 derrotas

17 gols marcados

8 gols sofridos

60% de aproveitamento

Colocação final: 1º, com 73 pontos (20 vitórias, 13 empates e 5 derrotas)

27 pontos (3º)

8 vitórias

3 empates

4 derrotas

21 gols marcados

15 gols sofridos

60% de aproveitamento

Colocação final: 4º, com 65 pontos (19 vitórias, 8 empates e 11 derrotas)

20 pontos (11º)

8 vitórias

2 empates

5 derrotas

22 gols marcados

15 gols sofridos

57,77% de aproveitamento

Colocação final: 5º, com 61 pontos (20 vitórias, 7 empates e 11 derrotas)

25 pontos (5º)

7 vitórias

4 empates

4 derrotas

27 gols marcados

22 gols sofridos

55,55% de aproveitamento

Colocação final: 9º, com 57 pontos (14 vitórias, 15 empates e 9 derrotas)

26 pontos (7º)

27 pontos (3º)