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Início no Coelho e amor ao Galo: Gilberto Silva conta história de superação

Ex-jogador revelou detalhes da sua vitoriosa carreira

Redação
Gilberto Silva conquistou a Copa do Mundo de 2002 pela Seleção Brasileira - Foto: Reprodução Formado na base do América e ídolo do Atlético, o ex-jogador Gilberto Silva relatou com detalhes a sua trajetória no futebol. Com uma carreira de superação e várias conquistas, Gilberto explicou como em apenas seis anos saiu de uma fábrica de doces para ser campeão do mundo com a Seleção Brasileira. As revelações foram feitas ao site The Players’ Tribune.



Quando criança, seu sonho de criança era atuar com a camisa do Galo. Seu grande ídolo era Toninho Cerezo. No entanto, com 15 anos, ele foi dispensado pelo clube no último dia de peneira, o que abriu as portas para a ida ao América. 
 
A primeira ‘passagem’ pelo Coelho durou pouco. Com quatro meses, voltou para sua cidade, Lagoa da Prata, após sentir saudade da família. Quatro anos depois, o ex-zagueiro/volante decidiu tentar novamente. Dessa vez, com sucesso. Ficou apenas quatro meses na base do América até ser promovido ao profissional. 

Ao conquistar seu espaço, começou a se destacar e chamou atenção de Cruzeiro e Atlético. Chegou a assinar um pré-contrato assinado com a Raposa, mas o então dirigente do Galo Alexandre Kalil interferiu e conseguiu fechar o negócio.


“Quando eu entrei na sala da presidência, levei um susto quando vi o Alexandre Kalil, então diretor do Atlético. Soube naquele momento que os clubes vinham negociando a minha transferência. Naquele dia eu passei por um dos momentos mais aterrorizantes. O Kalil começou a dizer o que poderia acontecer se eu não assinasse com o Atlético. Ao estilo Kalil, né? Lembrando disso hoje parece engraçado, até porque eu não precisava ter um motivo para escolher o Galo. O Cruzeiro estava com um ótimo time, mas o Atlético era a paixão da minha vida. De qualquer jeito, eu fechei com eles em 2000”, contou Gilberto Silva.

No Atlético, foi convocado para defender a Seleção na Copa do Mundo de 2002 e se sagrou campeão do mundo. “Depois do apito final, todo mundo correu eufórico para onde o nariz apontava. Carrego comigo até hoje um momento muito marcante. Ainda dentro do campo, uma câmera se aproximou para me filmar. Eu estava muito emocionado, pensando na comemoração dos meus familiares no Brasil. ‘Mãe, estou voltando! E com a medalha de campeão do mundo!’, relatou.

Em sua história, Silva revela como as homenagens feitas pelo clube e pelos funcionários o emocionaram. No entanto, voos maiores o aguardavam. Ele foi vendido para o Arsenal, da Inglaterra. 

“Dá para imaginar como foi difícil sair do Atlético naquele ano, né? Eu embarquei em uma jornada de nove anos no futebol europeu, a maior parte do tempo no Arsenal. Que época incrível! Highbury. Os Invincibles. Os 49 jogos invictos. Então veio o título grego com o Panathinaikos. Depois, o Grêmio. E o retorno ao Galo em 2013”, contou, destacando os principais momentos na carreira europeia.



Por fim, se sagrou campeão mineiro e venceu a libertadores com o Atlético, seu time de coração. Após a saída, processou o clube, mas disse que não guarda ressentimentos, apenas gratidão. 

“Quero colocar todas as cartas na mesa nesse momento. Existe um processo na justiça entre mim e o Atlético devido a uma lesão que sofri no joelho contra o Cruzeiro após a final da Libertadores e que antecipou a minha aposentadoria pois não consegui me recuperar até os dias de hoje. Mas nada disso tirou o sentimento que existe de minha parte pelo clube, mesmo depois de tantas críticas desrespeitosas que sofri ao longo desses últimos anos. Independente das desavenças, sou eternamente grato ao Galo pela importância em minha vida e da minha família, e nada apaga o meu amor e gratidão a esse clube”, finalizou.