Superesportes

ATLÉTICO

Santana entende reação de Ricardo Oliveira com substituição, mas já cogita chance para Alerrandro como titular do Atlético

Técnico vai estudar quem começará como titular diante do São Paulo

Redação
Ricardo Oliveira não marca um gol há nove jogos e pode perder posição para Alerrandro - Foto: EDUARDO CARMIM/AGENCIA O DIA/ESTADAO CONTEUDO
O técnico Rodrigo Santana compreendeu a reação nervosa de Ricardo Oliveira ao ser substituído por Alerrandro na partida contra o Santos, neste domingo, na Vila Belmiro, onde o Atlético acabou batido por 3 a 1. Ao deixar o campo, aos 22 minutos do segundo tempo, o jogador de 39 anos demonstrou insatisfação e chegou a atirar um copo d’água no gramado antes de se dirigir ao banco de reservas.

Três minutos depois da mudança, Alerrandro marcou o gol atleticano na partida.

Rodrigo Santana colocou panos quentes na reação do jogador ao ser substituído. Segundo ele, na saída de campo, Ricardo Oliveira se queixou por ter se sacrificado muito na marcação da saída de bola do Santos.

“Natural, o jogador que quer fazer gol, a função dele é fazer gol, mas ele está se dedicando muito bem. É o nosso sistema. Mas infelizmente o momento não está saindo gol. No momento que sair (o gol), ele vai ficar mais tranquilo. Ele sente essa pressão por ser o Ricardo Oliveira. Mas está sendo eficiente pelo que a gente está pedindo. Isso aí é natural, já passou.
Ele passou e falou: ‘Pô, tô me sacrificando, estou me sacrificando demais’. Mas realmente tem que baixar no momento da marcação. Isso é natural. A maioria dos camisas 9 fica lá colado no zagueiro e com o Santos não pode fazer isso, não pode deixar os volantes deles jogar. Mas isso é natural”, minimizou.

De soberano a reserva?

Apesar de ter entendido a reação do veterano, Rodrigo Santana admitiu, pela primeira vez, a chance de sacá-lo do time titular. Ao ser indagado sobre como lidar com o bom momento de Alerrandro e o jejum de gols de Ricardo Oliveira - nove jogos sem marcar -, o treinador respondeu que estudará quem será o titular diante do São Paulo, quinta-feira, às 20h, no Independência.

“O momento do Alerrandro é muito bom. O pouco tempo que ele está tendo, ele está tendo essas oportunidades, está sabendo aproveitar. O Ricardo também é um jogador importante, teve uma cabeçada ali que poderia ter feito o gol, o goleiro foi muito feliz. Mas a gente vai estudar dentro da semana para ver quem joga sábado (na verdade, quinta-feira)”, acrescentou o treinador.

Nessa última declaração, Santana mudou o discurso em relação à titularidade absoluta de Ricardo Oliveira no Atlético. Em 12 de maio, logo após a derrota por 2 a 0 para o Palmeiras, no Mineirão, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro, o comandante chegou a declarar que o centroavante era ‘soberano da posição’.

Naquele jogo, Ricardo Oliveira também foi substituído por Alerrandro no segundo tempo e saiu vaiado pelos atleticanos. Na entrevista coletiva, Santana protegeu o jogador de 39 anos. 

“Primeiramente, o Ricardo não tem adjetivos para falar dele, de tão bom como jogador e líder. Precisamos muito dele e ele sabe disso. Ele tem condições para dar.
A minha opção de tirar foi por causa de uma pancada. Temos um jogo decisivo na quarta. Temos que preservá-lo. Independente de vaia ou não, ele é o Ricardo Oliveira, tem a história dele e a gente respeita. Tem muito valor para mim, admiro demais. Confio e acredito. Eu tirei ele mais para preservar. Alerrandro vem num momento muito bom, fazendo gols, presença de área. Ele vai crescer muito ainda. Terá o seu momento ainda.
Ricardo é o soberano da posição, sabemos da importância e da experiência dele nesses grandes jogos”, disse Santana em 12 de maio.

Números

O último gol de Ricardo Oliveira com a camisa atleticana foi na vitória por 2 a 1 sobre o Avaí, no Independência, pela primeira rodada do Brasileirão.

Apesar do momento, Ricardo Oliveira é o principal goleador do time no ano, com 13 gols em 27 apresentações, com média de 0,48 por partida. Em segundo lugar aparece Alerrandro, justamente o concorrente do veterano pela posição. O garoto de 19 anos marcou 12 gols em 18 jogos na temporada, com média de 0,66.
.