Sette Câmara disse que, como uma das prioridades da nova arena atleticana, além dos jogos de futebol, é receber shows de grande porte, a adoção do gramado sintético seria benéfica no sentido de não causar prejuízo ao local da partida. No caso de grama natural, a chance de estrago no piso com a realização de eventos com grande público seria maior, conforme o dirigente.
"Venho conversando sobre a possibilidade de nós adotarmos a grama sintética. Porque, sem dúvidas, quando se tem um show, a grama não fica machucada como a natural. Conversei recentemente com o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, e ele me disse que a grama que está sendo colocada no Allianz Parque é muito similar à natural. É uma tendência que isso aconteça", explicou o presidente atleticano, em entrevista à Rádio da Massa.
O Atlético conseguiu autorização da prefeitura de BH para a licença de movimentação de terra onde será construída a arena. Dessa forma, de acordo com o clube, já é possível a entrada de máquinas para iniciar a terraplanagem no local. O processo começaria em meados de abril, mas a pandemia do coronavírus pode resultar em atraso no cronograma.
Sette Câmara vislumbra o novo estádio atleticano como o grande ‘filão’ para aumentar a renda, seja com eventos na parte interna e jogos da equipe. Ele disse que o projeto consiste em agilizar a montagem e desmontagem do palco para os shows de grande porte, o que vê como uma vantagem em relação a outros espaços como o Mineirão.
“Teremos muitos shows que ainda não acontecem em BH porque não podem ser no Mineirão, que não tem a modernidade de nossa arena terá, como a mobilidade que os promotores de grandes eventos querem, para mudar rapidamente o palco. Nosso estádio terá esse tipo de coisa”, observou.
RECEITA TOTAL
Outra vantagem analisada por Sette Câmara é que o Atlético arrecadará o valor integral de qualquer evento no estádio, incluindo shows e jogos. “Não há um clube no Brasil que tenha um estádio 100% dele, com a receita toda do clube. A WTorrre, que construiu o estádio do Palmeiras, é quem arrecada com shows lá. Em todos os outros estádios foram feito acordos, sempre há situação em que o clube não é detentor de 100% das receitas da arena. No caso do Atlético, tudo o que arrecadado virá para o clube, inclusive o valor pelo aluguel do espaço”, ponderou.
MADEIRA DOADA
Sérgio Sette Câmara revelou que o clube aproveitará o corte de árvores para beneficiar instituições assistenciais. Além disso, o dirigente ressaltou que profissionais acompanharão a situação dos animais que forem retirados da área onde será feita a terraplanagem. “A madeira suprimida será encaminhada para a Sociedade São Vicente de Paula, para fazer móveis. Existem biólogos acompanhando tudo, nosso estádio está no começo. Vamos começar a terraplanagem, respeitando a legislação, e daqui a três anos teremos o estádio pronto”, comentou.
ARENA MRV
Segundo o Atlético, a capacidade do estádio será de 46 mil torcedores. A obra foi orçada inicialmente em R$ 410 milhões, sem contar o valor do terreno (R$ 50 milhões), fruto de doação da MRV Engenharia.
Além do valor da venda de parte do Diamond, outros R$ 160 milhões serão conseguidos por meio de naming rights (R$ 60 milhões da MRV Engenharia) e venda de cadeiras cativas (R$ 100 milhões, com 60% já garantidos pelo Banco BMG).
A empresa responsável pela construção da Arena MRV será a Racional Engenharia. O novo estádio do Galo será uma Arena Multiuso e contará com 40 bares, 68 camarotes e 2.400 vagas de estacionamento. O estádio poderá ser inaugurado em meados de 2022.
A empresa responsável pela construção da Arena MRV será a Racional Engenharia. O novo estádio do Galo será uma Arena Multiuso e contará com 40 bares, 68 camarotes e 2.400 vagas de estacionamento. O estádio poderá ser inaugurado em meados de 2022.