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Atlético anuncia Rodrigo Caetano como diretor de futebol na vaga de Mattos

Acordo foi selado nesta quarta-feira, durante reunião em Belo Horizonte

Redação
Rodrigo Caetano é o novo homem de confiança da diretoria alvinegra - Foto: Ricardo Duarte/Divulgação Inter

Rodrigo Caetano, de 50 anos, é o novo diretor de futebol do Atlético. O acordo foi selado durante reunião entre o executivo e representantes da administração alvinegra nesta quarta-feira, em Belo Horizonte.


O novo dirigente do Atlético vai se apresentar ao elenco no treinamento desta quinta-feira. Na sexta, ele será apresentado à imprensa e torcida. O clube ainda não divulgou detalhes do acordo.

O ex-dirigente do Internacional assume o posto que era ocupado por Alexandre Mattos, demitido nessa segunda-feira. A mudança faz parte do processo de reformulação proposto pelo recém-instaurado colegiado que administra o Atlético.

O grupo é composto pelo novo presidente Sérgio Coelho, o vice José Murilo Procópio e quatro empresários: Rafael Menin, Rubens Menin, Renato Salvador e Ricardo Gruimarães.

Antes de acertar com o Atlético, Rodrigo Caetano fez um trabalho de quase dois anos e sete meses à frente do Internacional. Na passagem por Porto Alegre, foi um dos responsáveis por devolver o protagonismo nacional à equipe, que voltou a disputar a Série A em 2018, mas não conquistou títulos.

Clique aqui e relembre a trajetória de Rodrigo Caetano pelo Internacional
A saída do ex-clube se deu em um momento de troca na diretoria, que resolveu não renovar o contrato. Paulo Bracks, ex-América, foi o escolhido para assumir o cargo deixado por Rodrigo Caetano no Sul.



Trajetória


Rodrigo Caetano nasceu em Santo Antônio da Patrulha, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Foi meio-campista, chegou a atuar pelo Grêmio e fez a maior parte da carreira em equipes de médio e pequeno porte do Rio Grande do Sul.

Iniciou a trajetória como executivo de futebol em 2003 no RS Futebol, ao lado do técnico Paulo César Carpegiani. Caetano atuou diretamente no trabalho de formação de jovens jogadores, que revelou nomes como o zagueiro Thiago Silva (Chelsea).

Depois, ficou de 2005 a 2008 no Grêmio. Pelo clube tricolor, trabalhou tanto nas categorias de base, quanto no futebol profissional, e viu de perto o surgimento de atletas de destaque: Anderson, Lucas, Douglas Costa e Carlos Eduardo.



Mas foi pelo Vasco, entre 2009 e 2011, que Rodrigo Caetano se tornou destaque no cenário nacional. O dirigente reconduziu a equipe carioca à Série A e só deixou o clube após a conquista da Copa do Brasil.

Depois, teve uma passagem de altos e baixos pelo Fluminense: foi campeão brasileiro e carioca em 2012, mas precisou apelar para os tribunais para evitar o rebaixamento do time no ano seguinte.

Voltou ao Vasco em 2014 e, apesar de diversas dificuldades, conduziu a equipe, mais uma vez, ao acesso à Série A. Em 2015, assumiu o Flamengo, que à época já tinha um dos maiores orçamentos do futebol brasileiro.

Na Gávea, fez contratações impactantes - como Éverton Ribeiro, Diego Alves e Diego Ribas -, mas só conquistou um título: o do Campeonato Carioca de 2017. Foi demitido em março de 2018, após eliminação para o Botafogo no Estadual.



Em seguida, partiu para o último trabalho antes de assinar com o Atlético. De volta a Porto Alegre, assumiu um Internacional que acabara de voltar para a Primeira Divisão e precisava retomar o protagonismo no cenário nacional.

Ficou no clube gaúcho entre maio de 2018 e dezembro de 2020. No período, conseguiu recolocar a equipe entre as mais fortes do país, mas não conquistou títulos e deixou o cargo com a imagem um pouco arranhada com a torcida após a saída do treinador Eduardo Coudet.

De Maluf a Mattos: relembre os últimos diretores do Atlético

Eduardo Maluf - Maluf voltou a comandar o futebol do Atlético em 2010, contratado por Alexandre Kalil. Participou das campanhas vencedoras da Copa Libertadores e da Copa do Brasil. No primeiro semestre de 2016, Maluf foi diagnosticado com câncer no estômago. Ele precisou se submeter a um tratamento intensivo de quimioterapia. O futebol ficou em segundo plano. Liberado pelo médico, voltou às atividades profissionais no Galo no começo de 2017. Ele morreu em 8 de junho de 2017. - Divulgação/Atlético
André Figueiredo - Figueiredo foi confirmado como gestor do futebol profissional do Atlético pelo presidente Daniel Nepomuceno em 16 de junho de 2017. Apesar do respaldo do presidente, André foi alvo de críticas desde sua chegada ao departamento profissional. Além das críticas da torcida, o diretor foi alvo de um ídolo recente do Atlético. Campeão da Libertadores em 2013 com o Galo, o atacante Bernard fez comentários em uma rede social nos quais responsabilizou André Figueiredo por suas dispensas do clube. Queimado com a torcida, ele deixou o cargo em agosto de 2017. - Divulgação/Atlético
Domênico Bhering - Diretor de comunicação do Atlético, Domênico Bhering assumiu o futebol após a saída de André Figueiredo em agosto de 2017. Domênico tinha o aval do então presidente Daniel Nepomuceno e do ex-mandatário Alexandre Kalil. Ele já fazia parte da força-tarefa chefiada por Nepomuceno e ficou interinamente no cargo por alguns meses. - Divulgação/Atlético
Alexandre Gallo - Quando Sérgio Sette Câmara venceu a eleição presidencial no Atlético, Alexandre Gallo foi nomeado para comandar o futebol do clube. Ele assumiu em dezembro de 2017 e ficou até outubro de 2018. Em seu período de gestor de futebol no Atlético, Gallo contratou 18 jogadores. Ele deixou o clube após uma série de resultados ruins. - Divulgação/Atlético
Marques - Com a demissão de Gallo, em outubro de 2018, Marques assumiu o futebol do clube. Ficou pouco tempo no cargo e deu lugar a Rui Costa, em abril de 2019. A partir desse momento, virou gerente de futebol. Foi demitido em fevereiro de 2020. - Divulgação/Atlético
Rui Costa - O Atlético contratou Rui Costa em 11 de abril de 2019, num momento de crise. Na noite anterior, a equipe havia sido goleada por 4 a 1 pelo Cerro Porteño-PAR, na fase de grupos da Copa Libertadores. O resultado fez com que o técnico Levir Culpi fosse demitido. Em dez meses de Atlético, Rui Costa nunca foi unanimidade entre os torcedores. Sob a gestão dele, o Atlético contratou quatro jogadores em 2019 e mais sete reforços anunciados em 2020. Com Rui Costa na diretoria de futebol, o Atlético teve três treinadores: Rodrigo Santana (que iniciou o trabalho como interino e, posteriormente, foi efetivado), Vagner Mancini e Rafael Dudamel. Ele foi demitido do cargo em fevereiro de 2020 após as quedas do time na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana. - Divulgação/Atlético
Alexandre Mattos - Mattos foi contratado pelo Atlético em 12 de março de 2020, a convite do amigo e ex-presidente alvinegro Sérgio Sette Câmara. Ele foi demitido em 4 de janeiro de 2021. A demissão do dirigente, que tinha contrato válido até o fim de 2021, também se deve a questões políticas, justamente por conta da relação que mantém com o antigo mandatário. A troca foi definida em conjunto por Sérgio Coelho, o vice José Murilo Procópio e os quatro empresários que participam financeiramente e administrativamente da gestão atleticana: Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães, além do já mencionado Renato Salvador. Em seu período no Atlético, o clube foi campeão mineiro. - Divulgação/Atlético