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CRUZEIRO

Reforço do Cruzeiro, Denílson foi de líder da Seleção a 'filho de Wenger' e azarado no Arsenal

Volante era capitão da Seleção Brasileira nas categorias de base; precoce, foi vendido ao clube inglês, ficou amigo do treinador Wenger, mas deixou Londres sem títulos

Thiago Madureira
Volante Denílson comemora um dos poucos gols marcados na carreira: foram 11 tentos no Arsenal - Foto: AFP
Recém-contratado pelo Cruzeiro, o volante Denílson, de 28 anos, tem passagens marcantes pela Seleção Brasileira de base e grande experiência no futebol europeuCom a camisa amarelinha, foi capitão da conquista do Sul-Americano Sub-17 em 2005, na VenezuelaO ex-jogador celeste Kerlon, atualmente sem clube, era o grande destaquePrecoce, o volante, aos 18 anos, foi vendido ao ArsenalNa Inglaterra, fez forte amizade com o técnico Arsene WengerSeu período no clube londrino foi de oportunidades e crescimento, mas não conquistou nenhum títuloAcabou rotulado de azarado por parte da torcida.

Com grande potencial, Denílson surgiu no São Paulo e logo encantou treinadores e olheirosEle foi capitão das Seleções de base desde o Sub-15Coroou sua passagem entre os garotos com o título Sul-Americano Sub-17, na VenezuelaO Brasil venceu o quadrangular final, com Uruguai, Equador e Colômbia.

Depois de poucas atuações no profissional do São Paulo - participou do elenco campeão mundial em 2005 -, foi vendido ao Arsenal por 3,5 milhões de librasChegou ainda muito jovem, perfil preferido das contratações do time de Arsene Wenger: atletas com potencial de crescimento, com retorno técnico e financeiro.

Denílson ficou no Arsenal por cinco temporadas
Chegou a ser titular e ganhou muitos minutos em campo, sobretudo nas temporadas 2008/2009 e 2009/2010Taticamente, formou a primeira linha de marcação com Song, protegendo os meias Fabregas, Nasri e Arshavin

Denílson comemora título com Rogério Ceni - Foto: REUTERS/Paulo Whitaker Por causa do bom relacionamento com Arsene Wenger, ganhou um ‘novo pai’“É uma pessoa maravilhosa, um pai para todos os jogadoresQuando o jogador está passando por um momento ruim no trabalho, ele chega, chama para conversar individualmente, pergunta o que está acontecendo e às vezes até aprofunda um pouco mais a conversaO jogador acaba se sentindo bem pela preocupação do treinadorE ele conta com todos, lá não tem titular nem reservaClaro que tem umas preferências, mas são 28, 30 jogadores que terão oportunidade, fazendo rodízioO trabalho que ele faz é diferenciadoE me ajuou bastante
Não foi à toa que consegui ficar lá cinco anos mesmo sozinhoPara mim, é um pai”, afirmou Denílson, em entrevista em 2012.

Sua passagem pelo Arsenal, contudo, ficou marcada pela ausência de títulosO clube londrino não venceu nenhum campeonato oficial – levou duas Emirates Cup, torneio amistoso promovido pelo próprio Arsenal durante a pré-temporadaForam duas finais de Copa da Inglaterra, mas duas derrrotas: para o Chelsea, em 2007, e para o Birmingham, em 2011Parte da torcida o rotulou de azaradoCom o surgimento de Jack Wilshere e por causa de algumas lesões, Denílson perdeu espaço no Arsenal

Quando voltou ao futebol brasileiro, tratou de espantar a secaFoi titular do São Paulo campeão da Copa Sul-Americana de 2012O técnico Ney Franco, na ocasião, fez muitos elogios a Denílson: “É jogador raro no Brasil, com capacidade para desarmar e sair com qualidade”, afirmou Ney Franco, em 2013.

Depois do São Paulo, foi vendido ao Al WahdaNa última temporada (2015/2016), Denílson atuou em 29 partidas pelo clube árabe e marcou dois golsSua chegada à Toca da Raposa II se deve principalmente à ausência de Lucas Romero, a serviço da Seleção Argentina na Olimpíada do Rio de Janeiro.

Números de Denílson na carreira:

São Paulo: 207 jogos e 1 gol
Arsenal: 153 jogos e 11 gols
Al Wahda: 29 jogos e 2 gols