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Em meio à pandemia, Cruzeiro diz que receita com bilheteria não está nos planos para 2020

Posição sugere que clube não espera liberação de torcedores nos estádios no restante da temporada

Redação
Cruzeiro não espera gerar receita com bilheteria em 2020 - Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro
Presidente eleito do Cruzeiro, Sérgio Rodrigues afirmou que não conta com as receitas de bilheterias de jogos para a sequência da temporada. Em meio à pandemia de coronavírus, ainda não há data para o retorno dos jogos oficiais. Mesmo quando o calendário for retomado, a tendência é que não seja permitido, por longo período, a presença de torcedores nos estádios brasileiros.



“(A crise do coronavírus) Não impacta no nosso planejamento, porque a campanha já foi feita na pandemia e a gente já não contava com isso agora. A gente está buscando a monetização de outras formas, através da produção de conteúdo, de divulgações nas redes sociais, de ações envolvendo o centenário ano que vem, então a gente já estava contando com essa monetização e não a do estádio. Já não estava no planejamento ter bilheteria e match day (explorações comerciais no dia do jogo) para este ano”, disse.

De acordo com o portal da transparência do Cruzeiro, o clube tem 53.775 sócios. Até aqui, não foi divulgado qualquer tipo de balanço sobre o percentual de torcedores que deixou ou permaneceu no programa em meio à pandemia. O clube também não apresentou até aqui qualquer tipo de atrativo para que os cruzeirenses sigam associados mesmo sem a realização de jogos.

Depois de ficar mais de dois meses sem sequer treinar na Toca da Raposa II, os jogadores do Cruzeiro retornaram aos trabalhos presenciais na última semana. A equipe ainda tem para disputar em 2020 a reta final do Campeonato Mineiro (hoje é o 5º colocado e fora da zona de classificação para a próxima fase), a Copa do Brasil (em que o time foi derrotado pelo CRB por 2 a 0 no primeiro jogo da terceira fase) e a Série B do Brasileiro, principal objetivo do ano. 



Em audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nessa quarta-feira, o infectologista Carlos Starling, que integra o Comitê de Enfrentamento à Epidemia da Covid-19, da Prefeitura de Belo Horizonte, aconselhou que o futebol só retorne na capital após o mês de agosto agosto, quando o vírus deverá atingir o pico de contaminação. 

Hoje, é vital para o Cruzeiro se organizar para gerar novas formas de receitas. Vivendo a crise financeira mais severa de seus 99 anos de história, o clube iniciará a Série B do Campeonato Brasileiro com menos seis pontos em função de uma dívida, cobrada na Fifa, e que a Raposa não teve condições de pagar dentro do prazo.