Superesportes

CRUZEIRO

Cruzeiro na mira? Fundo de investimento quer comprar time do Brasil

Fundo de Investimentos Públicos da Arábia Saudita ainda não definiu alvo no país

Redação
Cruzeiro está próximo da bancarrota - Foto: Rodolfo Rodrigues/Cruzeiro
Vivendo a maior crise da história, o Cruzeiro parece ter apenas uma alternativa viável para continuar existindo: a venda de parte das ações da SAF para algum bilionário. Até o momento, a diretoria não conseguiu prospectar nenhum comprador.



De acordo com a imprensa internacional, há investidores no mercado procurando clubes. Depois de comprar o Newcastle United, o Fundo de Investimentos Públicos da Arábia Saudita mira a aquisição de outros três times. Um deles seria brasileiro, mas ainda não está definido. 



Segundo o jornal italiano 'Libero Quotidiano', dois alvos já foram escolhidos: Inter de Milão, na Itália, e Olympique de Marseille, na França.

De acordo com a publicação italiana, os sauditas tem um plano a longo prazo de investir no futebol e ganhar visibilidade ao redor do mundo.

O jornal 'AS' publicou que o fundo já se encontrou com os donos da Inter. O preço pedido foi de 1 bilhão de euros (R$ 6,4 bilhões).

O Fundo de Investimentos Públicos da Arábia Saudita pagou 300 milhões de euros, cerca de R$ 2,2 bilhões, no Newcastle.



Conselho Deliberativo do Cruzeiro aprovou, no dia 3 de agosto, a constituição da Sociedade Anônima do Futebol.

Com a SAF, o Cruzeiro formará uma empresa para gerenciar as atividades do futebol, poderá vender até 49% de suas ações no mercado e manterá a associação civil como sócio majoritário.

O conselho de administração da SAF administrará as atividades de futebol e se responsabilizará por nomear um CEO e uma diretoria. A composição do grupo será discutida no acordo de acionistas.



Empresários milionários que torcem pelo Cruzeiro

Pedro Lourenço, do Supermercados BH - Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press
Régis Campos, da construtora Emccamp - Reprodução/Cruzeiro
Eugênio Mattar, da Localiza - Alexandre Rezende/Nitro/Divulgação
Patrícia Costa e Thiago Costa, da Vilma Alimentos - Cláudio Cunha/Ascom Vilma Alimentos
Emílio Brandi, ex-proprietário da distribuidora de alimentos Nova Safra - Bruno Haddad/Cruzeiro
Paulo Henrique Pentagna Guimarães, do banco BS2 (antigo Bonsucesso) - VIPCOMM
Alexandre Poni, do supermercado Verdemar - Leandro Couri/EM/D.A. Press
Pietro Sportelli, da Aethra - Juarez Rodrigues/EM/D.A. Press
Bruno Vicintin, ex-dirigente do Cruzeiro e vice-presidente da Rima Industrial - Ramon Lisboa/EM/D.A. Press
Vittorio Medioli, do Grupo Sada - Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Saulo Fróes, da Lokamig - Mari Lemos/Divulgação
Sandro Gonzalez, da Transpes - Cruzeiro/Divulgação
Aquiles Diniz, ex-sócio do Banco Inter - Arquivo pessoal

Assim, quase todos os ativos do Cruzeiro (direitos econômicos de atletas, direitos de transmissão, programa de sócio, publicidade e patrocínio) ficarão sob gestão empresarial. Por outro lado, imóveis e clubes de lazer continuarão como patrimônio da associação.

O valor das ações da SAF está sendo definido com auxílio da consultoria norte-americana Alvarez & Marsal. O Cruzeiro entende que, apesar das crises financeira e esportiva, a marca do clube é muito atrativa e pode gerar grande potencial de valorização.

De acordo com o Cruzeiro, os recursos arrecadados com a venda de participação na SAF serão destinados prioritariamente para o pagamento de dívidas mais onerosas, além de investimento no elenco e na infraestrutura dos centros de treinamentos.