Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, morreu aos 82 anos
O mundo do esporte está de luto. Morreu nesta quinta-feira (29/12) Pelé, aos 82 anos. Edson Arantes do Nascimento, conhecido como ‘Rei do futebol’ e maior jogador de todos os tempos, estava internado desde 29 de novembro no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, em decorrência de uma infecção respiratória. Mas a saúde do ‘Atleta do Século XX’ já vinha muito debilitada desde 2021 após o diagnóstico de câncer no cólon.
Pelé entre craques Garrincha e Amarildo, do Botafogo - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPress1962 - Pelé e Garrincha se cumprimentam antes da partida entre Botafogo e Santos, no Maracanã - foto: Helio Passos/O Cruzeiro/Arquivo EMPelé entre Dirceu Lopes e Tostão, do Cruzeiro - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPress09/11/1968 - Em visita ao Rio de Janeiro, a rainha Elizabeth assiste a jogo Maracanã e se encontra com Pelé, do Santos - foto: Indalecio Wanderley/O Cruzeiro/Arquivo Estado de Minas/D.A Press 1961 - Pelé com a faixa de bicampeão paulista - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressPelé com o menino Carlos Augusto da Silva - foto: Lauro Freire/O Cruzeiro/Arquivo EM08/06/1969 - Pelé dá uma bicicleta no jogo entre Corinthians e Santos, pelo Campeonato Paulista, no Morumbi. A equipe praiana venceu o confronto por 3 a 1. - foto: ARQUIVO/AEPelé em lance do jogo entre Santos e Guarani - foto: Russell Court/Camera Press/Arquivo EMFotos de Pelé com a camisa do Santos - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressFotos de Pelé com a camisa do Santos - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressFotos de Pelé com a camisa do Santos - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPress1960 - O jogador de futebol do Santos, Pelé - foto: Jose Pinto/O Cruzeiro/EM/D.A Press.Pelé vestindo a camisa com o número 1040, no jogo entre Grêmio e Santos. Na partida, ele marcou o seu gol de numero 1040, em homenagem à Rádio Tupi, de São Paulo. O Rei vestiu a camisa com o número da emissora - foto: O Cruzeiro/Arquivo EM9/9/1962 - Pelé em lance do jogo entre Santos e Benfica, na decisão do Mundial Inteclubes, realizado no Maracanã. O Santos sagrou-se campeão ao derrotar o Benfica por 3 a 1. - foto: Indalecio Wanderley/Arquivo O Cruzeiro/EM9/9/1962 - Pelé em lance do jogo entre Santos e Benfica, na decisão do Mundial Inteclubes, realizado no Maracanã. O Santos sagrou-se campeão ao derrotar o Benfica por 3 a 1. - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressFotos de Pelé com a camisa do Santos - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPress19/11/1961 - Pelé sendo homenageado antes do jogo entre Santos e América-RJ, pela Taça Brasil, no Pacaembu. - foto: Arquivo EOs jogadores de futebol Pelé, do Santos, e Nilton Santos, do Botafogo - foto: Luigi Mamprin/O Cruzeiro/Arquivo EM1966 - Pelé em lance do jogo Santos x Corinthians. - foto: George Torok/O Cruzeiro/Arquivo EMFotos de Pelé com a camisa do Santos - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressMaio/1968 - Time do Santos campeão paulista. Da esquerda para a direita: Carlos Alberto, R. Delgado, Clodoaldo, Claudio, Joel e Rildo. Agachados: Toninho, Lima, Douglas, Pele e Edu. - foto: Gilberto Pereira do Vale/O Cruzeiro/EM/D.A Press1968 - Pelé comemora mais um titulo. - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPress1968 - Jogadores do Santos Futebol Clube. Da direita para a esquerda: Carlos Alberto, R. Delgado, Clodoaldo, Claudio, Joel e Rildo, em pé. Agachados: Toninho, Lima, Douglas, Pele e Edu. - foto: O Cruzeiro/EM23/12/1958 - Os jogadores de futebol Pelé (Santos) e Zizinho (Cruzeiro), após a partida realizada no Independência, em BH. O Santos venceu por 4 a 2 - foto: Jose Nicolau/EM/D.A Press11/12/1960 - Pelé deixa o gramado contundido, em lance do jogo entre São Paulo e Santos, pelo Campeonato Paulista, realizado no Morumbi. O São Paulo venceu por 2 a 1. - foto: Jose Pinto/O Cruzeiro/Arquivo EMMilésimo gol de Pelé: craque fez de pênalti em vitória sobre o Vasco, por 2 a 1, no Maracanã. Goleiro cruz-maltino era Andrada - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressMilésimo gol de Pelé: craque fez de pênalti em vitória sobre o Vasco, por 2 a 1, no Maracanã. Goleiro cruz-maltino era Andrada - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressMilésimo gol de Pelé: craque fez de pênalti em vitória sobre o Vasco, por 2 a 1, no Maracanã. Goleiro cruz-maltino era Andrada - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressMilésimo gol de Pelé: craque fez de pênalti em vitória sobre o Vasco, por 2 a 1, no Maracanã. Goleiro cruz-maltino era Andrada - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPress25/04/2014 - Pelé no dia em que Santos e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) fizeram uma parceria - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPress
Do início ao fim da carreira, Pelé sempre foi Pelé, suprassumo da excelência. Dizer, por exemplo, que Nadal, Federer e Djokovic disputam o posto de 'Pelé do Tênis' é não entender que o mineiro de Três Corações não competiu com ninguém.
Hors concours, Pelé simplesmente foi o melhor e maior esportista da história, reconhecido pelos seus mais de mil gols e vencedor de todos os títulos importantes como protagonista. A comparação usando o nome dele - que virou adjetivo em forma de homenagem (o 'Pelé da Medicina', o 'Pelé da Música', o 'Pelé da F1') - sempre é imprecisa e exagerada. Como Pelé, apenas Pelé e somente Pelé.
Ao longo da sua trajetória, Pelé foi coroado. No entanto, dizer que ele foi um rei também soa injusto. Qual o grande atributo de um monarca? No geral, nenhum. Ao rei basta nascer, estar na linha sucessória e herdar o trono. O Charles III, a título de exemplo, o qual assumiu a monarquia britânica: com todo respeito que merece, é sujeito desinteressante, sem carisma, sem nenhuma marca indelével.
Mesmo sendo figura superlativa em relação a qualquer integrante de família real - até o francês Luís XIV, o 'Rei Sol', seria ofuscado pelo mineiro, assim como foi a simpática rainha Elizabeth II, em encontro com o craque em 1968 -, Pelé ganhou título de nobreza: o 'Rei do Futebol', que virou aposto e quase nome próprio ao longo da sua vida e assim será também agora, posterior a ela.
O título de Rei
Quando tinha apenas 17 anos e era conhecido por poucos, antes mesmo de ganhar a primeira de três Copas do Mundo e de completar duas centenas de gols, o cronista Nelson Rodrigues já reivindicava o trono para aquele garoto nascido em 23 de outubro de 1940, no Sul de Minas Gerais, que despontava no futebol brasileiro.
"Examino a ficha de Pelé e tomo um susto: - dezessete anos! Há certas idades que são aberrantes, inverossímeis", escreveu o jornalista, na Manchete Esportiva, no dia 8 de março de 1958.
"Pois bem: - verdadeiro garoto, o meu personagem anda em campo com uma dessas autoridades irresistíveis e fatais. Dir-se-ia um rei, não sei se Lear, se imperador Jones, se etíope", acrescentou.
A crônica foi escrita quando Nelson Rodrigues presenciou quatro gols de Pelé, vestindo a camisa do Santos, contra o América-RJ. Depois disso, ele não teve dúvidas. Com seu estilo literário, conseguiu prenunciar a História. Talvez tenha sido o primeiro a dizer que Pelé já era Pelé.
"O que nós chamamos de realeza é, acima de tudo, um estado de alma. E Pelé leva sobre os demais jogadores uma vantagem considerável: - a de se sentir rei, da cabeça aos pés. Quando ele apanha a bola e dribla um adversário, é como quem enxota, quem escorraça um plebeu ignaro e piolhento", escreveu Nelson Rodrigues.
O cronista alertou que o craque, aos 17 anos, já sabia que era o melhor. Não o melhor ponta, o melhor meia, o melhor atacante. Pelé tinha plena consciência que era o melhor em todas as posições.
"Tem uma tal sensação de superioridade que não faz cerimônias. Já lhe perguntaram: - "Quem é o maior meia do mundo?" Ele respondeu, com a ênfase das certezas eternas: - "Eu." Insistiram: - "Qual é o maior ponta do mundo?" E Pelé: - "Eu." Em outro qualquer, esse desplante faria rir ou sorrir. Mas o fabuloso craque põe no que diz uma tal carga de convicção que ninguém reage, e todos passam a admitir que ele seja, realmente, o maior de todas as posições. Nas pontas, nas meias e no centro, há de ser o mesmo, isto é, o incomparável Pelé", garantiu o cronista.
Doença
O estado de saúde de Pelé começou a se deteriorar com a descoberta de um câncer no intestino em agosto de 2021, quando recebeu o diagnóstico de um tumor maligno no cólon.
Ele passou por cirurgia no hospital Albert Einstein, em quatro de setembro de 2021, para a retirada do tumor. Chegou a ser transferido para uma UTI por causa de problemas respiratórios.
Naquele momento, Pelé iniciou o processo de quimioterapia e ficou 15 dias internado em dezembro de 2021. Em janeiro, metástases foram diagnosticadas em diferentes órgãos do corpo, como fígado e pulmão.
Em fevereiro de 2022, Pelé retornou ao hospital paulista para novas sessões de quimioterapia, quando os médicos observaram uma infecção urinária. O quadro melhorou e, por isso, ele foi liberado naquele mês.
Pelé foi internado novamente em novembro de 2022 com quadro de anasarca (inchaço generalizado), síndrome edemigênica (edema generalizado) e insuficiência cardíaca descompensada. Desde então, não saiu mais do hospital. Em 21 de dezembro, o boletim médico apontou a piora do quadro de saúde:
"Internado desde 29 de novembro para uma reavaliação da terapia quimioterápica para tumor de cólon e tratamento de uma infecção respiratória, Edson Arantes do Nascimento apresenta progressão da doença oncológica e requer maiores cuidados relacionados às disfunções renal e cardíaca.
O paciente segue internado em quarto comum, sob os cuidados necessários da equipe médica."
Copas do Mundo e gols
Além de Nelson Rodrigues, outros grandes escritores brasileiros também citaram Pelé em sua vasta literatura. Foi assim com Carlos Drummond de Andrade, mineiro de Itabira.
"O difícil, o extraordinário não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé", escreveu o poeta, em crônica do Jornal do Brasil de 28 de outubro de 1969.
Somando os 1.380 jogos que fez, o Rei do Futebol marcou 1.284 vezes (média impressionante de 0,93).
Os números de Pelé em partidas oficiais variam segundo o critério utilizado. De acordo com o site RSSSF, o Rei do Futebol tem 767 gols em 831 jogos (média de 0,92). Há registros que não contabilizam confrontos pela Seleção Paulista e pela Seleção Militar - nesse caso, são 757 gols em 820 jogos (média de 0,92).
A melhor temporada da carreira do craque foi a de 1958, quando veio o primeiro título do Brasil (e de Pelé) em uma Copa do Mundo. Naquele ano, ele marcou 75 gols. Aos 17 anos, foi o artilheiro da Seleção no Mundial da Suécia, com seis gols.
Pelé na Copa de 1958, na Suécia, a primeira conquistada pelo Brasil - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressPelé e Didi em 1958 - foto: O Cruzeiro/Arquivo EMPelé e Didi na Copa do Mundo de 1958 - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressPelé na Copa de 1958, na Suécia, a primeira conquistada pelo Brasil - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressGotemburgo - Pelé ao lados das crianças suecas que o visitam na concentração da Seleção Brasileira - foto: Luiz Carlos Barreto/O Cruzeiro/Arquivo EM.Gotemburgo - Pelé ao lados das crianças suecas que o visitam na concentração da Seleção Brasileira - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressLance do gol de Pelé contra o Pais de Gales, pelas quartas de final. Pelé ganha do marcador na corrida e da entrada da área marca seu primeiro gol em Copas - foto: O Cruzeiro/Arquivo Estado de Minas - 05/07/1958Brasil x País de Gales, pelas quartas de final: Seleção venceu por 1 a 0. No detalhe, Pelé contra os adversários. - foto: Arquivo Estado de Minas/D.A Press - 19/06/1958Lance do gol de Pele contra o País de Gales, pelas quartas de final. Pelé vence o marcador na corrida e da entrada da área dispara um chute mortal. - foto: Luiz Carlos Barreto/O Cruzeiro/Arquivo Estado de Minas/D.A Press - 05/07/1958O jogador de futebol da Seleção Brasileira Pelé num lance do jogo válido pela Copa do Mundo de 1958 - foto: Arquivo O Cruzeiro/EMLance do gol de Pelé contra o País de Gales, pelas quartas de ifnal. O goleiro adversário vê a bola no fundo das redes após chute de Pelé da entrada da área. - foto: O Cruzeiro/Arquivo Estado de Minas - 05/07/1958Brasil x França: gol de Pelé - foto: rquivo/O Cruzeiro/EM/D.A Press - 07/07/1958Brasil x França: na foto, Pelé em ação - foto: Arquivo/O Cruzeiro/EM/D.A Press - 07/07/1958Brasil x França: gol de Pelé - foto: Henry Ballot/O Cruzeiro/EM/D.A Press - 07/07/1958Partida final contra a Suécia pela final da Copa de 1958. Da esquerda para a direita: Didi, Garrincha, Pele, Djalma Santos, Zagalo, Zito, Nilton Santos, Orlando, Vava Gilmar e Bellini. - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressLance do jogo entre Brasil X Suécia pela final da Copa. O Brasil venceu por 5 a 2, ficando com o título. No detalhe, Pelé comemora o quarto gol, marcado por Zagallo - foto: Luiz Carlos Barreto/O Cruzeiro/Arquivo Estado de Minas/D.A Press - 14/07/1958 O jogador de futebol da Seleção Brasileira, Pelé, num lance do jogo contra a Seleção da Suécia, realizado em Estocolmo, válido pela Copa do Mundo de 1958. O Brasil sagrou-se campeão da Copa - foto: 29/06/1958. Arquivo O Cruzeiro/EMPelé na Copa de 1958, na Suécia, a primeira conquistada pelo Brasil - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressPelé na Copa de 1958, na Suécia, a primeira conquistada pelo Brasil - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressPelé em lance do jogo contra a Suécia na final da Copa de 1958 - foto: 29/06/1958. Credito: O Cruzeiro/Arquivo EM29/06/1958 - O jogador de futebol da Seleção Brasileira Pelé num lance do jogo contra a Suécia, realizado em Estocolmo, válido pela final da Copa do Mundo de 1958. O Brasil sagrou-se campeão da Copa - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressO Brasil venceu a Suécia na final por 5 a 2 e conquistou o título. No detalhe, os campeões De Sordi, Didi, Zito, Orlando, Garrincha, Pelé, Nilton Santos, Belini, Gilmar, Vavá e Zagallo - foto: O Cruzeiro/Arquivo Estado de Minas/D.A Press - 1958Lance do jogo entre Brasil e Suécia, pela final da Copa. O Brasil venceu por 5 a 2 e conquistou o título. No detalhe, Pelé chora nos braços de Nilton Santos. - foto: O Cruzeiro/Arquivo Estado de Minas/D.A Press - 12/07/1958Pelé e Garrincha comemoram a conquista do Campeonato Mundial de 1958 na Suécia - foto: O Cruzeiro/Arquivo EM. SueciaPelé chora no ombro de Gilmar e é acarinhado por Djalma Santos. O Brasil sagrou-se campeão da Copa do Mundo de 1958, realizada na Suécia - foto: Arquivo Estado de Minas-12/07/1958Integrantes da delegação brasileira de futebol comemoram a conquista da Copa do Mundo, realizada na Suécia, vendo-se os jogadores, Bellini (c) segurando a taçaa Jules Rimet, Pelé, Djalma Santos, Didi, Zagallo, Garrincha, Vavá, Zito, Nilton Santos, Zózimo, Mauro, o técnico Vicente Feola, entre outros - foto: Arquivo O Cruzeiro/EM/D.A Press - 1958Pelé observando a Taca Jules Rimet no Rio de Janeiro após a conquista da Copa de 1958 - foto: O Cruzeiro/Arquivo EM. BrasilPelé com a Taca Jules Rimet no Rio de Janeiro após a conquista da Copa de 1958 - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressPelé recebe os cumprimentos do vice-presidente da Republica, Joao Goulart, pela conquista da Copa do Mundo de 1958 - foto: Douglas Alexandre/O Cruzeiro/Arquivo EM O "Saci" da Panair no colo do jogador de Pelé, que lhe dá de beber na Taça Jules Rimet. A Panair do Brasil ofertou a delegação brasileira um grande boneco trajando o uniforme dos jogadores brasileiros. Acabou como o "Saci" da turma. - foto: Henry Ballot/O Cruzeiro/Arquivo EMPelé é condecorado com a medalha de ouro pela filha do presidente da Republica (Juscelino Kubitschek), Marcia Kubitschek, em palanque montado em frente ao Palácio do Catete, no Rio, após a conquista da Copa de 1958 - foto: Douglas Alexandre/O Cruzeiro/Arquivo EMPelé recebe do governador de São Paulo, Janio Quadros, a medalha de ouro pela conquista da Copa do Mundo de 1958 - foto: George Torok/O Cruzeiro/Arquivo EM
Na final, o Brasil goleou a anfitriã por 5 a 2, com dois tentos do então atacante do Santos. Nos nove primeiros anos de carreira, Pelé fez ao menos 36 gols por temporada.
Na maior competição do mundo, Pelé é insuperável: ninguém venceu tantas edições em campo quanto o maior jogador de todos os tempos (1958, 1962 e 1970).
Em 1962, Pelé fez um gol na campanha no Chile, nos 2 a 0 sobre o México, já que se machucou no segundo jogo, contra a Tchecoslováquia. Garrincha e Vavá foram os destaques brasileiros, com quatro gols cada.
Pelé na Copa do Mundo de 1962, no Chile, a segunda conquistada pelo Brasil. O jogador de futebol da Seleção Brasileira num lance do jogo entre Brasil e México - foto: Henry Ballot/O Cruzeiro/EM/D.A PressPelé na Copa do Mundo de 1962, no Chile, a segunda conquistada pelo Brasil. O Rei num lance do jogo entre Brasil e México - foto: Mario de Moraes/O Cruzeiro/EM/D.A Press.Pelé na Copa do Mundo de 1962, no Chile, a segunda conquistada pelo Brasil. O Rei num lance do jogo entre Brasil e México - foto: Jorge Audi/O Cruzeiro/EM/D.A Press30/05/1962 - Pelé na Copa do Mundo de 1962, no Chile, a segunda conquistada pelo Brasil. O Rei no jogo contra o México - foto: Arquivo EM/O CruzeiroPelé na Copa do Mundo de 1962, no Chile, a segunda conquistada pelo Brasil. Na foto, o Rei comemora gol no jogo entre Brasil e México - foto: Ronaldo Moraes/O Cruzeiro/EM/D.A PressPelé na Copa do Mundo de 1962, no Chile, a segunda conquistada pelo Brasil. Lance do jogo entre Brasil e Tchecoslováquia, válido pela final do torneio. O Brasil conquista o bicampeonato mundial. No detalhe. Pelé e Zagallo duelam com os tchecos.
- foto: Ronaldo Moraes/O Cruzeiro/EM/D.A Press - 1962Pelé na Copa do Mundo de 1962, no Chile, a segunda conquistada pelo Brasil. Na foto, o Rei ao lado de Garrincha - foto: George Torok/O Cruzeiro/Arquivo EM.
Na Copa de 1970, o mineiro balançou as redes quatro vezes, inclusive na final contra a Itália, e foi eleito o melhor jogador da competição. Aquela seleção encantou o mundo e é considerada até hoje a melhor de todos os Mundiais.
Pelé também marcou um gol no Mundial de 1966, na Inglaterra. Em 14 jogos em Copas, o craque comemorou 12 vezes (média de 0,85 gol por jogo).
Pelé na Copa do Mundo de 1970, no México, conquistada pelo Brasil. Seleção chegou ao tricampeonato mundial. Na foto, o Rei toca violão - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressLance do jogo de futebol entre Brasil e Peru, válido pela Copa do Mundo de 1970 - foto: O Cruzeiro/Arquivo Estado de MinasJogadores da Seleção Brasileira de 1970 posam para fotografia oficial. De pé, da esquerda para direita: Joel, Carlos Alberto Torres, Felix, Zé Maria, Baldocchi, Fontana, Piazza, Brito, Everaldo, Clodoaldo, Marco Antonio e Ado; Agachados: Edu, Mario Américo (massagista), Jairzinho, Gerson, Paulo Cesar, Dario, Tostão, Pelé, Rivelino e Nocaute Jack (massagista). - foto: Estado de Minas/ArquivoOs jogadores da Seleção Brasileira posam para fotografia oficial (quadro), no Estádio Azteca, antes da partida final contra a Itália. O Brasil foi tricampeão mundial de 1970. Na foto, Carlos Alberto, Piazza, Brito, Jairzinho, Gerson, Tostão, Pelé, Rivelino e outros. - foto: O Cruzeiro/Arquivo Estado de Minas - 24/09/1970Pelé na Copa do Mundo de 1970, no México, conquistada pelo Brasil. Seleção chegou ao tricampeonato mundial - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressPelé comemora gol sobre a Itália na final da Copa do Mundo de 1970 - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressPelé na Copa do Mundo de 1970, no México, conquistada pelo Brasil. Seleção chegou ao tricampeonato mundial. Na foto, ele comemora gol ao lado de Tostão e Jairzinho - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressPelé sendo carregado por torcedores que comemoram a conquista da Copa do Mundo de 1970 no Estádio Azteca. Seleção venceu a Itália por 4 a 1 na decisão - foto: O Cruzeiro/EM/D.A Press - 30/06/1970 Pelé sendo carregado por torcedores que comemoram a conquista da Copa do Mundo de 1970 no Estádio Azteca. Seleção venceu a Itália por 4 a 1 na decisão - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressPelé sendo carregado por torcedores que comemoram a conquista da Copa do Mundo de 1970 no Estádio Azteca. Seleção venceu a Itália por 4 a 1 na decisão - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPressPelé com o presidente de República, Emilio Garrastazu Médici. Os jogadores da Seleção foram homenageados pela conquista da Copa do Mundo - foto: O Cruzeiro/Arquivo EM 30/08/1970 - Jogadores da Seleção Brasileira recebem Volkswagen Fusca como prêmio pela conquista da Copa do Mundo de 1970. O prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (c), com Pelé e Carlos Alberto Torres - foto: Arquivo O Cruzeiro/EM 30/08/1970 - Jogadores da Seleção Brasileira recebem Volkswagen Fusca como prêmio pela conquista da Copa do Mundo de 1970. Na foto, Pelé - foto: Arquivo Estado de Minas/O Cruzeiro/EM/DAPress
Pela Seleção, Pelé marcou 77 gols em 92 partidas oficiais. A CBF contabiliza amistosos contra clubes e seleções estaduais, aumentando os números do 'Rei': 113 jogos (84 vitórias, 15 empates e 14 derrotas) e 95 gols. Ele jogou no Santos de 1956 a 1974. Depois, mudou-se para os Estados Unidos, onde vestiu a camisa do New York Cosmos, de 1975 a 1977.
Prêmios
Pelé foi reconhecido mundialmente e colecionou homenagens. Em 12 de julho de 1980, o craque foi eleito 'Atleta do Século' por jornalistas das 20 maiores publicações de esportes do mundo.
Ele recebeu 178 pontos, nove a mais que o estadunidense Jesse Owens. Em terceiro lugar ficou o ciclista belga Eddy Merchx, com 99 pontos. A premiação foi organizada pelo jornal L'Equipe, da França.
Em 1999, Pelé também foi eleito o 'Atleta do Século' pela revista oficial do Comitê Olímpico Internacional (COI) - o curioso é que Pelé nunca disputou uma Olimpíada sequer. Ele foi escolhido em uma eleição que contou com 200 comitês olímpicos nacionais.
Pelé recebeu mais votos que o pugilista Mohammed Ali, que ficou na segundo posição. O velocista Carl Lewis ficou no terceiro posto. Astro da NBA, Michael Jordan ficou em quarto.