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Manipulação de jogos: CBF responde se Brasileirão pode ser paralisado

Em entrevista ao UOL, Ednaldo Rodrigues falou sobre a investigação do Ministério Público de Goiás e medidas que a confederação pode adotar

10/05/2023 15:51 / atualizado em 10/05/2023 16:06
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Ministério Público de Goiás investiga manipulação em jogos do Brasileirão
foto: Lucas Figueiredo/CBF

Ministério Público de Goiás investiga manipulação em jogos do Brasileirão

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, descartou a paralisação das Séries A e B do Campeonato Brasileiro por causa da investigação do Ministério Público de Goiás sobre a manipulação de jogos do futebol nacional em 2022 e 2023. 

Rodrigues falou sobre o assunto em entrevista ao jornalista Rodrigo Mattos, do UOL.

- Não temos como suspender a competição. Não é de um dirigente, não é de um presidente de clube, não é de um árbitro. Isso está sendo de atletas. A CBF espera que tenha um rigor de quem está fazendo as apurações. A CBF não tem poder de polícia e Justiça - disse o presidente da confederação ao UOL.

O presidente da CBF também disse que já trabalhava com a Fifa na articulação de uma investigação mundial mesmo antes das denúncias do MP-GO. 

Entenda o caso


Através da Operação Penalidade Máxima II, o Ministério Público de Goiás investiga ações de uma quadrilha visando a manipulação de jogos de futebol no Brasil em 2022 e 2023.

Os agentes do MP-GO investigam pelo menos 20 partidas das Séries A e B do Brasileirão de 2022, além de dois campeonatos estaduais de 2023, o Paulista e o Gaúcho. 

A nova denúncia, apresentada à Justiça recentemente, foi feita com base em conversas de aplicativos de mensagens. Através delas, os investigadores puderam encontrar os valores oferecidos a cada atleta para que tomasse cartões amarelos ou vermelhos, ou até cometessem pênaltis.

Bruno Lopez de Moura, tido como líder da quadrilha no esquema, foi detido na primeira parte da operação, mas acabou solto após habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Goiás. Outros 16 suspeitos podem virar réus no caso.

O MP-GO pede a condenação do grupo liderado por Bruno Lopez e o ressarcimento de 2 milhões de reais aos cofres públicos por danos morais coletivos. 

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