Superesportes

CAMPEONATO MINEIRO

Saiba o que América, Atlético e Cruzeiro defenderam em reunião prévia do conselho técnico do Campeonato Mineiro

Encontro no Mineirão foi promovido pela Federação Mineira de Futebol

Tiago Mattar Luiz Augusto Barros
Encontro no Mineirão reuniu representantes de clubes que disputarão o Campeonato Mineiro de 2020 - Foto: Cristiane Mattos/FMF
Representantes de América, Atlético, Cruzeiro e de clubes do interior de Minas Gerais, que disputarão o Estadual de 2020, se reuniram, na tarde desta terça-feira, no Mineirão, em Belo Horizonte. 

O encontro, promovido pela Federação Mineira de Futebol (FMF), teve como objetivo debater temas que serão definidos no conselho técnico do Estadual de 2020, marcado para a próxima terça-feira. A FMF marcou a reunião para ouvir sugestões dos clubes que participarão do torneio. 

A principal novidade entre as equipes do interior foi a presença do Coimbra, clube administrado pelo Banco BMG e que disputará a Primeira Divisão do Campeonato Mineiro pela primeira vez. De acordo com informações apuradas na reunião desta terça, a tendência é que o clube mande seus compromissos no Independência

Número de datas e forma de disputa

Entre os assuntos levantados, está o formato de disputa do Campeonato Mineiro. Os clubes de Belo Horizonte defendem, inicialmente, que o torneio tenha 15 datas. Já os representantes das equipes do interior preferem 16 datas, como foi a competição deste ano.

Marcone Barbosa, gerente de futebol, representou o Cruzeiro na reunião - Foto: Cristiane Mattos/FMF
Gerente de futebol do Cruzeiro, Marcone Barbosa explicou o impasse. “A CBF abriu que o Estadual vai ter 16 datas. O Mineiro, tradicionalmente, é um campeonato disputado em 15 datas. Nos últimos dois anos, tivemos a disputa das quartas de final, que aumentou uma data na competição.
A ideia do Cruzeiro é que o Campeonato Mineiro volte para as 15 datas. Sendo assim, a partir do ano que vem, e isso vai ser votado na semana que vem, existe a possibilidade de ser disputado em fase classificatória, semifinal e final”, projetou.

Diretor de futebol do Atlético, Rui Costa também defendeu um torneio fortalecido, mas com o número de datas que possibilite uma “temporada equilibrada” ao Galo. “Tudo será debatido com profundidade na próxima reunião. Onde aí sim teremos um norte da questão da disputa. Percebi que o campeonato tem uma história, são poucas modificações e isso é importante. Legitima a competição. Mas é a velha história, queremos um campeonato interessante, fortalecido, mas dentro de datas que nos possibilitem ter a temporada equilibrada”, disse.

Paulo Bracks, executivo de futebol, foi o representante do América no encontro - Foto: Cristiane Mattos/FMF
Um dos representantes do América no encontro foi o executivo de futebol, Paulo Bracks. O dirigente explicou que o Coelho deverá seguir, na reunião do conselho técnico, as ideias de Atlético e Cruzeiro. “O América está tendente a ter uma data a menos, acreditamos que uma data a menos poderá fazer um campeonato melhor do que foi o do ano passado. A princípio, nossa ideia é essa”, disse. 

Limite de inscrições e troca de treinadores

Na reunião prévia, o América sugeriu limite de inscrição de jogadores, mas participação ilimitada de atletas formados nas categorias de base. Bracks explicou a sugestão, bem como o objetivo de diminuir as trocas de treinadores durante a disputa do Estadual.

“Nossa ideia de limite de inscrições, debatemos hoje aqui, foi uma ideia que demos nesse conselho prévio, é uma limitação de 25 ou até 30 jogadores com a base ilimitada. A gente acredita que o fomento da base é o futuro do futebol, tem que se valorizar os clubes que têm categorias de base. Também defendemos um número limitado de troca de treinadores ou de treinadores poderem trabalhar em uma só competição.
Não faz sentido permitir essas trocas”, afirmou o executivo. 

Rui Costa, diretor de futebol, representou o Atlético na reunião da FMF - Foto: Cristiane Mattos/FMF
Rui Costa, do Atlético, se mostrou favorável ao debate. Ele disse que o limite de inscrições é uma tendência entre os regionais por todo Brasil. “É uma novidade. Esse limite é uma tendência dos regionais, mas precisa contemplar nossos interesses. Estamos trabalhando muito com um grupo de transição, esse é um projeto que está muito detalhado com o presidente. É um projeto que nos permite trabalhar os atletas com mais intensidade. Mas também tem limites, queremos ganhar o Mineiro”, afirmou. 

Marcone Barbosa, gerente do Cruzeiro, afirmou que o clube ainda não tem uma decisão sobre esse tema, uma vez que ele foi apresentado pela primeira vez nesta terça-feira. “Essa ideia foi apresentada hoje, não temos opinião formada, mas sempre que há alguma coisa que possa qualificar a competição, o Cruzeiro é favorável”, disse. 

.