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Alison dos Santos é favorito na final da Liga Diamante

Final do torneio também conta com outros quatro atletas brasileiros

06/09/2022 16:14
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Alison dos Santos foi campeão olímpico em 2021
foto: François WALSCHAERTS / AFP

Alison dos Santos foi campeão olímpico em 2021


Alison dos Santos, invicto na competição e favorito nos 400m com barreiras, Almir Júnior, no salto triplo, Rafael Pereira, nos 110m com barreiras, e Thiago Braz, no salto com vara, estarão na disputa da grande final da Liga Diamante em Zurique, na Suíça, nesta quinta-feira.

Os 32 campeões levam o troféu Diamante - que apenas Fabiana Murer conquistou para o Brasil em 2010 e em 2014, no salto com vara -, prêmio de US$ 30.000 e vaga no Campeonato Mundial de Atletismo de Budapeste 2023.

A competição será acirrada pelas rivalidades e porque os melhores entre os melhores querem terminar suas temporadas em alta. As disputas serão no Letzigrun Stadium nesta quinta-feira, estádio às margens do Lago de Zurique - setores temporários receberão as competições de arremesso de peso, as finais de 5.000m, bem como o salto com vara feminino e o salto em altura masculino nesta quarta-feira.

Medalha de ouro nos 400m com barreiras no Campeonato Mundial de Oregon, nos Estados Unidos, em julho, e de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2021, o paulista Alison dos Santos (Pinheiros-SP) manteve a invencibilidade em 2022 e é o principal representante brasileiro em Zurique.

Piu, como Alison dos Santos é conhecido no atletismo, de 22 anos, venceu as seis etapas da Liga Diamante, que disputou este ano: Doha (QTA), em 13/5, com 47.24; Eugene (USA), em 28/5, com 47.23; Oslo (NOR),em 16/6, com 47.26; Estocolmo (SWE), em 30/6, com 46.80; Silésia (POL), em 6/8, com 47.80; e Bruxelas (BEL), em 2/9, com 47.54.

O ponto alto da temporada veio com o triunfo no Mundial do Oregon. Com a marca de 46.29, Alison lidera o ranking mundial, à frente do norte-americano Ray Benjamin (46.89) e do campeão olímpico Karsten Warholm (47.12), que não estão qualificados para a grande final de Zurique.

O francês Wilfred Happio e o norte-americano Khallifah Rosser, que ultrapassaram a barreira dos 48 segundos este ano e foram consistentes no circuito internacional, serão os principais adversários de Alison.

"A expectativa é que ele possa correr rápido e termine a temporada, que foi muito longa, saudável", comentou o treinador de Alison dos Santos, Felipe de Siqueira.

"É de extrema importância termos quatro brasileiros disputando uma final de Diamond League, um campeonato diferente do Mundial, Olimpíada e Pan porque o atleta para estar na final tem de ser constante durante toda a temporada", acrescentou Felipe.

Almir Júnior (Sogipa-RS) será o primeiro brasileiro a competir. O saltador - que integrou a seleção brasileira no Mundial do Oregon e na Olimpíada de Tóquio -, tem como melhor marca pessoal 17,53m, de 2018, e este ano já saltou 17,04m, no GP Brasil, em São Paulo, dia 1 de maio.

"É muito especial estar entre os seis melhores da Liga Diamante em Zurique. Estou contente com a regularidade do ano e espero 'achar' um salto bom. Seria um ótimo fim de temporada", disse Almir.

Thiago Braz fez uma temporada longa, com medalha de prata no Mundial Indoor de Belgrado, e vê na final do salto com vara de Zurique uma oportunidade de fechar bem o ano.

"Minha expectativa é fazer a minha melhor performance do ano. Quero repetir os resultados do indoor como os 5,93m que já saltei (em Estocolmo, Suécia, no dia 30 de junho)", disse Thiago.

O mineiro Rafael Pereira compete nos 110m com barreiras. Este ano, Rafael bateu o recorde sul-americano ao correr 13.17 no Troféu Brasil, em junho, no Rio de Janeiro, competiu nos Mundiais Indoor de Belgrado - correu cinco vezes os 60m com barreiras em 7.58 em pista coberta - e do Oregon.

"Estar nesta final me deixa muito feliz e confiante para a próxima temporada. Será uma corrida bem forte, com os melhores do mundo, os mais constantes na temporada, e quero aproveitar ao máximo para fazer um grande resultado", ressaltou Rafael.


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