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RIO 2016

Morador critica. Operário agradece

Trabalhar nas obras dos parques olímpicos satisfaz os trabalhadores

postado em 02/08/2015 11:18 / atualizado em 02/08/2015 11:43

Ivan Drummond/EM/D. A Press

Não apenas a Barra da Tijuca vive transtornos com as obras olímpicas. A Praia de Copacabana, escolhida para palco de diversas modalidades, tem eventos de testes constantes, como o deste fim de semana, quando recebe uma competição de triatlo. Cada competição dessas exige a montagem de estrutura similar à dos Jogos, com o transtorno que acarreta para o trânsito, os moradores e os milhares de turistas que circulam diariamente, sobretudo no calçadão.

Quando ocorrem esses testes, apenas um lado da Avenida Atlântica fica liberado, sobrecarregando a Nossa Senhora de Copacabana e provocando engarrafamentos. Essas modificações, que vão durar até agosto do ano que vem, recebem elogios e críticas. Ana Maria Schutzer, de 64 anos, por exemplo, cobrou de um engenheiro junto à rampa de largada e chegada do triatlo: “Já começaram a montar a parafernália olímpica?”. Com a resposta negativa, desabafou, antes de montar em sua bicicleta e se afastar: “Aqui é assim. Vão transformar Copacabana num inferno. Aliás, tudo acontece aqui – shows, competições esportivas... Quem mora aqui é que sofre. Dá vontade de sumir.” Próximo dela, o segurança João Ronaldo Costa, de 46, que trabalha na montagem da rampa, também não mostrava simpatia pela obra: “Isto aqui, para mim, é um gasto desnecessário, um dinheiro jogado fora”.

Já o engenheiro Guilherme Affonso de Oliveira, de 68, discordou. “Pelo contrário. É bom para a cidade, para dar empregos. É bom para o Brasil, pois durante os Jogos as atenções estarão voltadas para o Rio. Vamos ter muito mais turistas nos visitando. Muita gente não pensa desta forma, prefere reclamar. Acho bom e estou disposto a fazer qualquer sacrifício para que o evento saia às mil maravilhas.”

O estudante Carlos Henrique Feldman, de 22, ao contemplar a montagem, aprovava: “Estou vendo isto aqui e todos esses atletas que vão participar da prova do fim de semana. Fico imaginando como será na Olimpíada. Gosto de esporte e se pudesse iria ver tudo. Mas não dá. No primeiro sorteio de ingressos não fui contemplado, mas me inscrevi novamente e estou concorrendo. Se não der, pelo menos tenho a opção de ver as provas gratuitas: a maratona, a maratona aquática, o triatlo... Vai ser muito bom.”

ORGULHO

Trabalhar nas obras dos parques olímpicos satisfaz os trabalhadores. Nílton Dias de Jesus, de 42, disse que já faz parte da história da cidade por ajudar a prepará-la para os Jogos. Nascido em Madureira, divide o tempo entre a labuta, durante o dia, e a escola de samba do coração, à noite, como percussionista. “São meus dois amores: o trabalho e o samba.”

Ao lado dele, Marlon Martins, de 28, e Edélson Silva, de 34, trabalhavam na parte hidráulica. “Não é só desse serviço que sou especialista, mas de qualquer outro que precisarem. Quero que isso aqui fique espetacular e os Jogos sejam os melhores de todos os tempos”, afirmou o primeiro. Antes de se iniciarem as obras ele estava desempregado e chegou a ser camelô na praia. “Mas aí veio o que a gente chama de ‘cidade do esporte’. Foi genial. Deu emprego para um monte de gente. E depois da Olimpíada ainda vamos ter o que fazer, pois isto vai se transformar num parque destinado ao público. Eu mesmo vou querer vir com a família.”

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