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RÚSSIA 2018

Argentino é expulso da Copa do Mundo após assediar adolescente russa

Néstor Penovi está proibido de frequentar os jogos e os eventos relacionados ao torneio

postado em 21/06/2018 11:07 / atualizado em 21/06/2018 11:19

Reprodução
Um torcedor argentino que fez uma jovem russa repetir obscenidades, tal qual os brasileiros na semana passada, está expulso de qualquer evento relacionado à Copa do Mundo. Néstor Penovi, natural de Wilde, província de Buenos Aires, se aproveitou da barreira linguística para expor a nativa.
 
No vídeo, a adolescente repete, sob o comando do sul-americano: "Olá, argentinos. Venham para cá. Quero chupar p...", sem ter a mínima noção do que diz. "Linda", responde o homem, após mandar um beijo para a câmera. O agravante é que a torcedora é menor de idade.

A Embaixada da Rússia na Argentina lamentou o ocorrido, declarando-se "profundamente indignada com o ato absurdo e obsceno" do homem de 47 anos. Após o episódio, o torcedor perdeu a sua Fan Id, identificação que permite o acesso aos jogos, pelo menos foi o que garantiu o diretor nacional de segurança em eventos de futebol da Argentina, Guillermo Madero. O dirigente classificou o comportamento sexista de Penovi como "desonesto e indecente", e frisou que a maioria dos argentinos estão se comportando de maneira exemplar no país europeu.
 

A Embaixada Russa na Argentina, por meio de uma rede social, disse que espera "coragem" de Néstor Penovi para apresentar as devidas desculpas publicamente. Já a Embaixada Argentina na Rússia comentou, também pela internet, que "o respeito, a tolerância e a educação são valores universais" e que "rejeita o uso de diferenças de linguagem para desrespeitar nossos anfitriões na Rússia". 
 
 

Néstor Fernando Penovi tem 47 anos e é dono de uma concessionária de carros. Ele foi o primeiro torcedor a ser punido com o banimento das partidas da Copa do Mundo por atos sexistas. Os brasileiros que fizeram o mesmo com outra torcedora russa ainda podem ser denunciados e responder por crimes de violência e humilhação pública na Rússia. Em um outro caso, uma companhia aérea demitiu um funcionário que cometeu o mesmo ato machista.