Superesportes

CRUZEIRO

Wallace analisa ofertas e lamenta provável adeus: 'Última coisa que queria era sair do Cruzeiro'

Oposto do clube celeste tem propostas do Taubaté e do vôlei de Japão e Itália

Tiago Mattar
Jogadores do Cruzeiro conversaram com os jornalistas na tarde desta quarta-feira, no Ginásio do Barro Preto - Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press
O Cruzeiro deverá perder o oposto Wallace para a próxima temporada do vôleiDepois de sete anos defendendo as cores do clube celeste, o jogador, também titular da Seleção Brasileira, será forçado a deixar o Barro Preto já que teve a mudança de pontuação individual confirmada pelo ranking da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) – apenas três atletas de cada clube podem ter nível sete, e a Raposa já conta com William, Leal e Isac, que também foi promovido neste anoAo Superesportes, nesta quarta-feira, Wallace confirmou que já analisa ofertas para deixar Minas Gerais.

“Tenho a proposta do Taubaté, tenho proposta de fora, e estou estudandoHoje, quem me pagar mais eu estou saindoIndependentemente se for lá fora ou aquiHoje estou pensando mais na granaClaro, se lá fora me oferecerem uma grana extraordinária, estou saindoSe Taubaté chegar próximo de alguma coisa assim, tambémAqui (no Cruzeiro) é difícil, o ranking é muito complicadoMinha vontade foi sempre ficar aqui, mas é uma escolha: ou eu ou William”, disse Wallace.

O oposto concorda com a decisão do Cruzeiro de priorizar a renovação do contrato de WilliamJá Isac e Leal, que também têm pontuação sete no ranking da CBV, continuarão no clube mineiro por terem vínculos mais longos.

“Acho que é mais fácil arrumar um oposto com levantador muito bom, do que você achar um levantador muito bom com oposto mais ou menos
Eu não posso perder oportunidades nesse momento, porque não tem muitos times aqui no Brasil”, completou o jogador, que ainda não tem prazo para tomar uma decisão sobre seu futuro“Minha situação nem é complicada, porque posso ficar aguardando”, ressaltou.

Além da equipe do interior paulista, Wallace desperta interesse de clubes estrangeirosOfertas feitas de mercados como Japão e Itália foram as que mais agradaram ao oposto cruzeirense“São os dois que realmente me interessaram um pouco maisLógico, prefiro ficar no Brasil, se acontecer de receber mais ou menos a mesma coisa, ficaria aquiA proposta do Taubaté ainda não chegou nem pertoMas estou esperando para ver o que eles conseguem fazer, se conseguem melhorar um poucoTenho cartas na manga”, garantiu.

Carinho da torcida e balanço de trajetória vencedora

Wallace coleciona conquistas no Cruzeiro - Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. PressSe o ranking é o principal empecilho para manutenção de Wallace no Cruzeiro, a ferramenta criada pela CBV em 1992 também serve para comprovar a evolução do oposto, que chegou à Seleção Brasileira vestindo a camisa celesteNo começo de sua história pelo time do Barro Preto, em 2009, o oposto era apenas nível dois na listagemHoje, ele não perde para ninguém, tendo alcançado o nível sete, topo da relação.

“São sete temporadas muito vencedoras
Derrotas, vitórias, momentos bons, ruins, mas com a certeza de que o que fica são os momentos bons2013 ganhamos tudo, da mesma forma em 2015, 2016É fácil jogar numa equipe dessas, quando você tem o levantador com o Willian, ponteiros como Leal, Filipe, centrais ótimos tambémDá gosto de jogar”, exaltou o jogador, que completará 29 anos em junho.

O carinho que recebe do torcedor é outro prêmio que Wallace levará de Belo HorizonteA saída do Cruzeiro tem motivado inúmeras manifestações em redes sociais pedindo a permanência do oposto no Barro Preto“Eles (torcedores) comentam, pedem para eu não sair de jeito nenhumA última coisa que queria era sairSó se os caras (diretoria do Cruzeiro) aparecem com uma carta na mão aí, dizendo que conseguiram me manter junto com o Willian, aí não tenha dúvida que vou ficarÉ difícil me imaginar com camisa de outro time, mas são coisas que alguma hora acontecem e está acontecendo comigo agora”, disse.

Wallace foi bicampeão Mundial de Clubes (2013 e 2015), sendo o melhor atleta do torneio em 2013, vice-campeão no Catar (2012), tendo o melhor saque do campeonato, além de ter sido eleito o melhor oposto da competição em 2014Foi bicampeão Sul-Americano (2014 e 2012), sendo o melhor oposto nas duas edições e também MVP em 2014 e vice-campeão em 2015, quando novamente foi eleito o melhor opostoÉ tetracampeão da Superliga (2011/12, 2013/14, 2014/15 e 2015/16), sendo o melhor atacante em 2014/15 e maior pontuador em 2013/14Campeão da Supercopa (2015), campeão da Copa Brasil (2014), tricampeão do Torneio de Irvine-EUA (2010, 2011 e 2014) e hexacampeão Mineiro (2010, 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015).