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Em entrevista a programa de TV, supervisor do Cruzeiro lembra tentativa de 'compra de juiz'

Benecy Queiroz contou episódio polêmico ao Meio de Campo, da Rede Minas

11/01/2016 17:41 / atualizado em 11/01/2016 19:44
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Benecy em entrevista ao
foto: Reprodução/Rede Minas

Benecy em entrevista ao "Meio de Campo"

Sem revelar muitos detalhes, o supervisor de futebol do Cruzeiro, Benecy Queiroz, lembrou um episódio polêmico da história celeste. De acordo com o dirigente, que está na Toca há 45 anos, o clube tentou comprar um árbitro no passado, quando tinha Ênio Andrade como treinador. A entrevista do cartola foi ao programa Meio de Campo, da Rede Minas (veja o trecho do vídeo abaixo a partir de 1’40’’).

Durante sua fala, Benecy mostrou uma incoerência. Ele afirma que Vitor defendia a meta cruzeirense na ocasião da tentativa de  compra do juiz. O goleiro esteve no Cruzeiro entre 1971 e 1984. Já o técnico, que, também de acordo com o dirigente  era Ênio Andrade e estava no clube durante o episódio, esteve na Toca da Raposa em 1989; 1990; 1991-1992; 1994; 1995. As informações são do Almanaque do Cruzeiro.

Procurado, Benecy Queiroz afirmou que “o que falou está falado” e que não comentaria mais sobre sua entrevista ao programa Meio de Campo. Leia o trecho polêmico:

Existe a mala branca. Times menores aceitam. Não digo que é suborno. Se a gente partir do pressuposto que é suborno, efetivamente os clubes não pagariam bicho para ganhar.

Eu só vou citar um caso específico, específico e não falo o nome. Aqui em Minas Gerais. O treinador era Ênio Andrade, e nós, através da indicação de uma pessoa, achamos que compramos um juiz. E o juiz, falou:

– Olha, fique tranquilo que o time adversário não sai do meio campo.

Nos 45 primeiros minutos, ele deu muita falta só no meio do campo. Aí, então, falei:

– Olha, acho que vai dar certo.

Só que, por azar nosso, o adversário chutou uma bola do meio do campo. O goleiro, eu posso falar, Vitor, no ângulo, gol do adversário. E o juiz continuou dando falta só no meio do campo. Na época a gente podia entrar no gramado, aí uma hora eu falei com ele:

– Eu paguei para você. Vê se dá um pênalti. Aí ele falou:

– Manda seu time ir lá para frente que dou o pênalti. Aí eu falei com o capitão:

– Manda o time ir para frente, temos que empatar o jogo.

O time foi para frente, mas toda bola ele dava falta contra o Cruzeiro. Daí cheguei à conclusão que empreguei o dinheiro errado.


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