Atlético tem a 4ª pior defesa da Série A e terá mudanças contra o Santos
Com 13 gols sofridos, Galo só perde para Juventude, Botafogo e Avaí no quesito; veja análise dos principais erros do sistema defensivo de "El Turco"
Por Lucas Bretas
10/06/2022 05:00
Germán Cano marcou duas vezes na goleada do Fluminense por 5 a 3 sobre o Atlético (Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense)
Tido por muitos como um dos pilares do time multicampeão em 2021, o sistema defensivo do Atlético tem sido motivo de críticas em 2022. Com 13 gols sofridos, o Galo tem a 4ª pior defesa da Série A do Campeonato Brasileiro e deve ter mudanças para enfrentar o Santos pela 11ª rodada, no sábado (11), às 19h, no Mineirão.
Dugout
Apenas Juventude, Botafogo e Avaí sofreram mais gols que o Atlético no Brasileirão. O time gaúcho é o vice-lanterna, com 17 gols sofridos; os cariocas estão na 15ª posição, com 15 gols sofridos, enquanto o Leão é o 16° colocado na tabela, com os mesmos 15.
O grande colapso do sistema defensivo atleticano ocorreu no Maracanã, no Rio de Janeiro, na última quarta-feira (8). Em noite de muitos apagões, o Atlético foi derrotado pelo Fluminense por um sonoro 5 a 3 em seu centésimo jogo no mais tradicional palco do futebol brasileiro.
O trabalho defensivo comandado pelo técnico "El Turco" Mohamed já vinha sendo alvo de críticas. O treinador argentino tenta implementar uma mudança de filosofia no Galo em relação ao trabalho de Cuca, que envolve uma marcação em zonas mais altas do campo e maior agressividade na pressão pós-perda, para tentar recuperar a posse de bola o quanto antes.
Torcedores do Emelec mostram confiança para duelo com o Atlético
''Passamos do Mineiro, quartas contra o Palmeiras, semifinal contra o Estudiantes, final contra o River no Monumental, temos que ter fé!!! Boa fé!!! Seremos 11 contra 11!!!''.
Foto: Reprodução/Twitter
''Palmeiras nas quartas, Fortaleza nas semis, River na final, Liverpool no Mundial. Deixa-me sonhar!!!''.
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''Nestas instâncias, a nenhum rival se respeita. Assim como golearam o Independiente Petrolero, demonstrem sua casta de uma equipe contundente e goleadora. (...) Se perderem, lançaremos urina no fim da partida. Para cima, Bombillo!''.
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''Cuidado que os colombianos (Tolima) o venceram, nada é impossível''.
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''Que Deus abençoe ao Atlético Mineiro porque o Emelec vai humilhar esse time pequeno do Brasil, queremos ver-te fazer sete, 'Bombi'!''.
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''Vamos explodir o estádio e apoiar até as orelhas do Hulk doerem''.
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''Faltam muito poucos dias para a partida e a torcida do Mineiro já comemora a vitória com antecedência, eles podem ter dinheiro e até árbitros comprados, mas o Emelec tem a humildade. Toda arrogância será castigada!''.
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''A relembrar aquelas oitavas de 2019 em que o Flamengo fez mal aqui e, se não houvesse coisas estranhas, deveria ter sido eliminado... Muito complicado, mas vamos continuar melhorando para lutar. Se já jogamos contra o Palmeiras e lá eles lutaram sem encolher, se pode fazer o mesmo contra o Mineiro''.
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Estádio George Capwell, casa do Emelec em Guayaquil, no Equador.
Foto: Divulgação/Emelec
O problema é que a equipe tem apresentado dificuldades para assimilar a nova estratégia. Contra o Fluminense, em diversas oportunidades, o Atlético mostrou problemas de compactação quando subia para incomodar a saída de bola adversária: com triangulações rápidas, o Tricolor se desvencilhava da pressão e encontrava grandes espaços entre as linhas alvinegras para progredir com bola.
A pressão pós-perda também foi errante. Ao perder a bola, o Galo acumulava jogadores no setor na tentativa de fechar linhas de passe próximas para o rival, mas tinha pouca coordenação nos movimentos e, na maioria das vezes, permitia que o time de Fernando Diniz saísse dessa "zona de guerra" sem maiores dificuldades.
As situações de transições ofensivas rápidas (contra-ataques) dos adversários também têm representado um problema. Não é raro ver o Atlético sofrer contra-ataques em lances de inferioridade numérica, com os volantes avançados em campo e um grande espaço a ser coberto à frente da linha defensiva.
Por fim, outra questão a corrigir é o controle da profundidade defensiva. Isto é, o controle do espaço cedido às costas da linha de defesa. A equipe de Diniz conseguiu vários passes verticais nas costas da zaga do Galo, que deixaram o goleiro Everson exposto a situações de mano a mano com atacantes do Fluminense. Dor de cabeça para "El Turco" Mohamed.
Na lateral esquerda, Rubens deve deixar a equipe para o retorno do titular e selecionável Guilherme Arana. Se optar por alterar ainda mais a configuração defensiva, El Turco pode promover o retorno de Guga, que vinha sendo elogiado por boas atuações, na vaga de Mariano na lateral direita.
Dugout
Apesar das críticas ao desempenho defensivo recente dos volantes Allan e Jair, a tendência é que ambos permaneçam no time titular contra o Santos. Se quiser escalar um jogador com mais características de marcação no setor, Mohamed pode optar pela entrada de Otávio, mas essa é uma alternativa pouco provável.
No ataque, outras mudanças podem acontecer. O retorno de Keno coloca em jogo a titularidade recente de Eduardo Sasha. Ademir, que vem de atuações ruins na ponta-direita, pode deixar a equipe. Nesse caso, Sávio aparece como substituto mais provável.