Mais uma vez Cássio teve protagonismo na classificação do Corinthians (Foto: Iconsport )



Se você foi atraído pelo título à espera que eu pedisse a volta do mata-mata no Campeonato Brasileiro, achou errado. Honestamente, eu já passei dessa fase.




E acredito que a maioria também. Após oito rodadas, o Brasileirão apresenta a sua maior média de público da história (26.271 pagantes). O torcedor já entendeu o que significa o torneio - e sabe que os jogos de maio valem o mesmo que os de novembro. Tá tudo indo, e talvez até melhore com a liga-que-algum-dia-vai-sair.
 
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Mas eu estou aqui hoje para falar da nossa relação com o mata-mata. Especialmente depois de uma quarta-feira absolutamente maravilhosa, que começou com disputa de pênaltis na decisão da Liga Europa entre Roma e Sevilla. Apenas um esquenta para o que viria mais tarde.

Foram quatro eliminatórias da Copa do Brasil decididas na cal. O Bahia passou pelo Santos, o Athletico Paranaense pelo Botafogo, o Corinthians pelo Atlético-MG, e o América-MG pelo Internacional. Tudo isso nas oitavas de final. E hoje ainda teremos São Paulo x Sport e um Fla-Flu daqueles. Vai que...



 
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Sou apaixonado pelo formato, pelas possibilidades de reviravoltas de um jogo pro outro ou até mesmo dentro dos 90 minutos derradeiros. Além de as chances de uma zebra naturalmente aumentarem. E convenhamos: nós amamos zebras.
 

Grêmio avançou após eliminar o Cruzeiro no Mineirão (Foto: Lucas Uebel/Gremio FBPA)

Transformação da Copa do Brasil foi um acerto

É importante dizer que eu sou de 1988. Moldei o meu caráter futebolístico vendo o São Caetano eliminar o meu Fluminense, Palmeiras e Grêmio numa Copa João Havelange. Vi o Atlético-PR (era assim que se escrevia) ser campeão brasileiro. Vi ainda o Santos, oitavo colocado, surpreender a todos e terminar com a taça sobre o Corinthians.

Citei exemplos do Brasileirão porque, mais ou menos naquela época, a Copa do Brasil não recebia o devido valor. Era uma competição com 64 clubes, sem os participantes da Libertadores, e que não passava do meio do ano.




Pelo bem do nosso calendário, alguém teve a ideia de transformá-la em 2013. A própria Libertadores e Sul-Americana também logo foram esticadas e, assim, podemos terminar a temporada com os mata-matas abastecendo nossos corações. Isso faz uma enorme diferença.

Pode melhorar? Claro. A Copa da Inglaterra tem 732 participantes. Esta não tão nova versão da Copa do Brasil tem apenas 92. Poderíamos ter fases iniciais regionalizadas com a presença de quem participa dos estaduais, mais jogos únicos e com os clubes das Séries A e B entrando no decorrer da competição.

Apenas sugestões. Não serei eu a colocar defeito, especialmente depois de uma quarta-feira dessas. O controle remoto trabalhou, viu? E só de pensar que vêm mais três fases por aí já abro automaticamente aquele largo sorriso...

Nossa senhora, como eu amo um mata-mata!