No primeiro round, por exemplo, Cain Velásquez acertou um direto em Júnior “Cigano”, que sofreu o knockdown. A luta só não acabou naquele momento, porque o atleta tupiniquim resistiu aos duros socos do desafiante no ground and pound e conseguiu se levantar.
“O problema do 'Cigano' foi o jogo de pernas. Quando se usa guarda baixa, você tem que trabalhar com deslocamentos. Quando Cigano levou aquele golpe no primeiro round, perdeu a velocidade das pernas. Ele ainda estava com a guarda baixa, mas com pouca movimentação. Virou alvo fixo, e aí os golpes foram entrando”, avaliou Luiz Dórea, em entrevista ao Portal do Vale Tudo.
A luta durou os cinco assaltos previstos e Cain Valásquez conquistou o cinturão na decisão unânime dos juízes. Luiz Dórea acredita que o golpe sofrido no primeiro round foi determinante para a derrota do atleta brasileiro. “Aquele golpe mudou o rumo da luta. 'Cigano' caiu, e o Velasquez veio por cima batendo. 'Cigano' estava muito bem treinado, mas Cain estava no dia dele. Fomos preparados para sofrer pressão, o 'Cigano' aguentou cinco rounds, estava treinado para isso, mas não conseguiu encaixar os golpes que sabe. Mas estou orgulhoso da garra que ele mostrou”.
O treinador não está ansioso por uma terceira luta entre “Cigano” e Valásquez. Ele sabe que o UFC deve exigir primeiro uma reabilitação do ex-campeão para depois pensar na revanche. “Ele mostrou garra de campeão, e estaremos preparados para o que o UFC quiser. 'Cigano' estava muito triste, mas não perdeu a confiança de que dará a volta por cima para recuperar o cinturão. Eu confio nele! Cain é grande atleta, está de parabéns, sabíamos que a derrota poderia vir. Cigano aprendeu muito nessa luta”, finalizou.