Como foram as estreias de Cruzeiro e Atlético no Campeonato Brasileiro

Muita gente, e quando digo muita, é realmente uma nação de cruzeirenses apaixonados, ou seja, gente pra caramba, tenta entender por que o time começou tão mal o Campeonato Brasileiro. É difícil explicar, e não vou me atrever a fazer isso. Mas há alguns indícios para que a estreia tenha sido tão ruim.

O primeiro é que de fato, há uma curva muito acentuada de nível entre o Estadual e o Brasileiro. O primeiro impacto já foi sentido. Claro que no Mineiro vimos o Cruzeiro jogar até bem contra o Atlético, mas como todos sabem esse é um tipo de jogo diferente de todos. No Brasileiro, cada rodada é um teste de fogo. A exigência física, técnica e mental é muito maior.

Outro ponto, é que visivelmente o elenco precisa de reforços. Jogadores que possam aumentar o padrão competitivo da equipe. Pezolano sabe, Ronaldo sabe e o torcedor também sabe.

O Cruzeiro perdeu um tempo valioso na construção do time, entre discussões sobre quem poderia ou não investir na SAF. Mais uma vez, a terceira em três anos, o Cruzeiro larga atrás.

Mas não são só palavras de desespero as que o torcedor pode ouvir. Creio que pela primeira vez em alguns anos (nos três últimos pelo menos) há esperança de recuperação. Dá tempo! Foi só o primeiro jogo. Largou mal. Mas dá para chegar na frente. 

O Atlético fez o que tinha que fazer. Mas não foi uma vitória tão fácil como se poderia esperar. O Inter, mesmo vivendo uma crise de credibilidade junto a seu torcedor, dificultou as coisas.

O primeiro tempo do Galo foi intenso até os 20 do primeiro tempo. Depois o ritmo caiu um pouco. entendo o desgaste físico de alguns jogadores. Mas é uma situação com a qual o Atlético vai ter que conviver na temporada. Pelo estilo de jogo e pelo tamanho do desafio de ser o time a ser batido.

Entre acertos e erros (poucos), alguns destaques.. Alan jogou mais uma vez muito bem. Mesmo estando sobrecarregado pelo esquema proposto pelo treinador, que colocou o time com quatro atacantes para tentar matar o jogo ainda no primeiro tempo. Júnior Alonso mais uma vez preciso na defesa, assim como o Arana.

Mas não tem como não falar sobre o Hulk! Um monstro, na melhor das conotações. Sem abusar do lugar comum, mas já abusando, um gigante. Os dois gols foram simplesmente lindos. Não é possível que um jogador com a capacidade de decisão dele não tenha lugar na Seleção Brasileira. Não faz o menor sentido.