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Coluna do Nicola: cifras da 777 ao Cruzeiro, DaGrosa e reforços no Galo

Investidor que esteve próximo de adquirir ações da SAF do América está de olho em impasse entre Ronaldo e o Cruzeiro

25/03/2022 07:30 / atualizado em 24/03/2022 23:47
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Jorge Nicola traz mais informações sobre os bastidores das negociações da SAF do Cruzeiro
foto: Superesportes

Jorge Nicola traz mais informações sobre os bastidores das negociações da SAF do Cruzeiro



Antes de escolher a proposta de Ronaldo Fenômeno, em 18 de dezembro, Cruzeiro e XP Investimentos tinham em mãos uma outra oferta. A interessada era a 777 Partners, empresa americana que hoje tem negociações avançadas para comprar o Vasco da Gama.

Mas as cifras oferecidas à Raposa foram muito inferiores aos R$ 700 milhões de investimento prometidos ao clube carioca. Principal acionista da 777, Josh Wander propôs R$ 250 milhões para adquirir o Cruzeiro. Mas o problema vem agora: a 777 condicionava a conclusão do negócio à redução das dívidas da Raposa para R$ 200 milhões. 

O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, e o diretor da XP, Pedro Mesquita, consideraram tal possibilidade irreal e acabaram por descartar as tratativas. "Por mais que possa ser negociada, a dívida do Cruzeiro nunca chegaria ao patamar de R$ 200 milhões. Seria impossível levar as conversas adiante", explica um dos envolvidos na transação.

Os últimos balanços divulgados pelo Cruzeiro apontam dívidas na casa de R$ 1 bilhão. Somente os débitos tributários, que causaram recentemente um ruído entre Ronaldo e a associação, já se aproximam da dívida estipulada pela 777.

Investidor problemático?


coluna revelou nesta quinta-feira que o Cruzeiro foi procurado nos últimos dias por três grupos de investidores estrangeiros. Não há proposta oficial, mas os gringos têm acompanhado de perto as discordâncias entre Ronaldo Fenômeno e parte dos conselheiros cruzeirenses.

O maior interessado entre os três citados é o do empresário americano Joseph DaGrosa, que chegou a negociar semanas atrás com o América. A versão oficial dá conta de que as tratativas foram encerradas pelo desacerto em relação ao percentual de ações. DaGrosa exigia 90%, enquanto o conselho do Coelho só se dispôs a ceder até 70%.

Porém, no meio do futebol, há quem garanta que DaGrosa falhou na captação de recursos para a criação de um fundo que iria gerar o América e outros dois times europeus - um de Portugal e outro da segunda divisão belga. Antes, a Kapital Football, uma das companhias geridas pelo americano, já havia tentado, sem sucesso, firmar parcerias com Newcastle, Southampton e Roma.

Di Maria, Douglas Santos, Edenílson...


Não faltam especulações envolvendo reforços para o Atlético. Mas a verdade na Cidade do Galo hoje é bem diferente. "Hoje não estamos buscando ninguém. Vamos pensar nisso se perdermos alguém, o que não é o caso", justifica um dirigente ligado ao departamento de futebol.

A prioridade atleticana no momento é vender um ou dois jogadores. Tudo para desafogar o fluxo de caixa e, ao contrário de outros anos, não precisar recorrer aos empréstimos da família Menin - foram mais de R$ 400 milhões repassados ao clube.

"Nossa vida não é só contratar e sim fazer gestão. De pessoas, processos, etc. Mas isso não é notícia", completa o cartola do Galo.

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