Em 2010, um clamor popular pediu a convocação pelo então técnico da Seleção Brasileira, Dunga, do jovem Neymar para a Copa do Mundo da África do Sul. Com 18 anos, a joia santista encantava não apenas os torcedores do Peixe. Com sua velocidade, habilidade e talento, já era alçado à condição de herdeiro do reinado de Pelé na Vila Belmiro. De lá pra cá, Neymar cresceu e apareceu. Virou ícone. Figura de destaque no milionário futebol europeu. Assumiu a lendária 10 da Seleção Brasileira e a condição de um dos líderes da nova geração nacional. Mas Copa do Mundo ainda é capítulo triste e inacabado na carreira do craque. E isso ele tentará reescrever na Rússia.
A frustração, no entanto, foi recompensada por uma trajetória ascendente, a partir dali, no estrelado Barcelona, de Messi e companhia. Neymar passou a ser uma das principais peças da equipe, formando com o argentino e o uruguaio Luis Suárez aquele que foi considerado o ataque mais potente do mundo. Em 2015, viveu a temporada perfeita, com as conquistas do Espanhol, da Copa do Rei, da Liga dos Campeões, da Supercopa da Uefa e do Mundial de Clubes.
O ano de 2016 reservou ao astro o resgate dos bons tempos com a Seleção Brasileira, em dois momentos pontuais. Ele capitaneou a jovem equipe nacional na inédita medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio e viu o time engrenar nas Eliminatórias Sul-Americanas sob o comando de Tite, que assumiu no lugar do contestado Dunga.
Em busca de brilho ainda maior, Neymar apostou alto ao trocar o Barcelona pelo Paris Saint-Germain, em meados de 2017, na maior negociação da história do futebol. Na glamourosa Paris, contudo, reencontrou a dor – no fim de fevereiro, em partida contra o Olympique de Marseille, fraturou um osso do pé direito às vésperas de duelo decisivo pela Liga dos Campeões. O sonho dos franceses pelo cobiçado título continental terminou ali. Para a Seleção Brasileira, a cirurgia, em BH, em 3 de março, foi o atalho para ter seu craque inteiro na busca pelo desejado hexa em gramados russos.
O atacante se recuperou bom. Na primeira partida de Neymar após a cirurgia, diante da Croácia, em 3 de junho, o craque marcou o primeiro gol brasileiro na vitória por 2 a 0. O confronto foi amistoso.
FIQUE DE OLHO
Philippe Coutinho
Posição: Meia-atacante
Idade: 25 anos (12/6/1992)
País: Brasil
Clube: Barcelona-ESP
O jogador chega para a Copa após viver a melhor fase de sua carreira. Comprado pelo Inter de Milão antes mesmo de completar 18 anos, o jogador foi para o futebol europeu e demorou para deslanchar. Foi emprestado pelo clube italiano ao Espanyol e, depois, vendido ao Liverpool. Nos Reds, se tornou o grande maestro do time inglês desde a saída de Gerrard. Foi para o Barcelona, onde jogou menos do que gostaria, já que não pôde atuar na Liga dos Campeões por já ter jogado pelo Liverpool na competição. (Rodrigo Melo)
Gabriel Jesus
Posição: Atacante
Idade: 20 anos (3/4/1997)
País: Brasil
Clube: Manchester City-ING
Uma das maiores promessas do futebol brasileiro e um dos símbolos da retomada da Seleção Brasileira após a chegada de Tite. Com apenas 20 anos, o atacante subiu aos profissionais do Palmeiras e rapidamente conquistou espaço no time e idolatria da torcida. Foi contratado pelo Manchester City, virtual campeão inglês nesta temporada. O jogador foi convocado para a Seleção desde o primeiro jogo de Tite à frente da equipe e não decepcionou. Tem nove gols em 16 jogos e é titular incontestável. Comandado no City por Pep Guardiola, Jesus tem tudo para evoluir ainda mais com as orientações do espanhol. (Rodrigo Melo)