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Heleno de Freitas
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Muito além do futebol: filme 'Heleno' estreia nesta sexta-feira

Thaís Pacheco

Publicação:

30/03/2012 08:53

 

Atualização:

30/03/2012 08:56

Fernanda Vasconcellos/Divulgação
Rodrigo Santoro dá mais um show. Para fazer Heleno de Freitas, perdeu 12 quilos
Estreia nesta sexta-feira Heleno (116 minutos), filme todo em preto e branco sobre a trajetória do jogador de futebol e ídolo do Botafogo nos anos 1940, Heleno de Freitas. Menos focado no futebol – são apenas duas cenas do esporte – e mais no lado biográfico, o longa conta a história de um homem.

O processo para chegar aos cinemas não foi fácil, tampouco rápido. A produção, de R$ 8,5 milhões, teve início em 2005, quando o produtor Rodrigo Teixeira (de O cheiro do ralo) apresentou a ideia ao diretor José Henrique Fonseca, que aprovou na hora. “Gosto de tratar de personagens que estão num beco sem saída. Geralmente, minha formula é essa: como mostrar esse personagem e quais as chances ele pode ter na vida?”, questiona o diretor.

Outro motivo da aprovação: “Já conhecia Heleno, sempre fui metido no meio de futebol, escutava falar sobre aquele cara maluco chamado de Gilda”, diz o diretor. “Tem também o Botafogo. Todo mundo gosta do time. Imagine se fossemos fazer filme de um jogador do Flamengo”, brinca.

Decisão da produção, além da escolha do personagem, foi realizar o longa em branco e preto. Com a falência da Kodak, o diretor explica que filmes em p&b precisam ser encomendados com três meses de antecedência e são difíceis de ser encontrados. “O negativo preto e branco está sumindo, a tendência é não fabricarem mais”, garante.

Primeiro filmaram em cores, para depois ser feita a transformação em p&b, digitalmente. E José Henrique Fonseca faz questão de frisar que isso foi antes do lançamento do vencedor do Oscar, O artista, também em preto e branco. Ocorre que, filmado em 2010, Heleno só conseguiu distribuidor no fim de 2011.

Superação Um dos coprodutores é justamente o protagonista, Rodrigo Santoro. Apoiou e acompanhou a criação do roteiro e a captação de verba. Na atuação, superou-se em limites físicos e mentais. “As cenas de futebol filmamos nas madrugadas e com o efeito da chuva, havia certo desconforto, mas eu estava me divertindo e muito feliz fingindo que era um craque. Então, tudo certo. A parte da dieta, perder todo o peso, trabalhar com a questão da saúde mental e as consequências da sífilis foram mais pesadas, porque o cansaço era físico e emocional”, lembra o ator.

Entre a primeira e última cena, é possível reparar um Santoro 12 quilos mais magro – processo que interrompeu as filmagens por 40 dias, mas “tudo com acompanhamento médico”, ele garante. Entre conversas com familiares do jogador, trabalhos com o preparador de elenco Sérgio Penna e treinamentos de futebol com o ex-jogador Claudio Adão, Rodrigo se preparou, junto e com o apoio do restante do elenco. Sem julgar o homem, o ator diz apenas que a ideia do filme não era mostrar o virtuosismo de Heleno, mas quem foi ele. “O que aconteceu ontem, que ele não veio ao treino hoje?”, resume. O resultado do trabalho já está na telona.

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