Musa Hope Solo não passou ilesa após denegrir imagem do Brasil com temor exagerado pelo zika vírus
Pouco mais de 9 mil pagantes foram ao Mineirão prestigiar algumas das principais estrelas mundiais do futebol feminino. Duas estiveram em campo e foram personagens marcantes na vitória dos Estados Unidos diante da Nova Zelândia, por 2 a 0, na estreia no Grupo G dos Jogos Olímpicos, nesta quarta-feira, em Belo Horizonte: Carli Lloyd, atual melhor do mundo, e a goleira e musa Hope Solo, muito vaiada pelo público.
Carli Lloyd não brilhou, mas apareceu com bom toque de bola e uma conclusão perfeita no primeiro gol dos Estados Unidos, aos 8min do primeiro tempo. Já Hope Solo foi atração à parte. Em campo, ela teve pouco trabalho, até pela pouca qualidade da equipe neo-zelandesa. Mas a goleira foi alvo da torcida mineira, que não perdoou quando ela foi às redes sociais e postou foto com um ‘arsenal’ de repelentes contra o zika, o temido vírus que tirou vários atletas dos Jogos do Rio. A cada vez que tocava na bola, era premiada com gritos de ‘zika’.
O jogo foi um tanto morno, mas a torcida só queria mesmo curtir a presença das atletas no primeiro jogo internacional de futebol feminino no novo Mineirão. O público mineiro deu uma força extra para a Nova Zelândia, até porque os EUA se transformaram em rivais do Brasil nos últimos anos. E algozes também, inclusive em final olímpica, como em Atenas’2004.
Os Estados Unidos tomaram a iniciativa e abriram o placar logo aos 8min, com a estrela Carli Lloyd. A Nova Zelândia buscou a reação, chegou a incomodar, mas esbarrou nas próprias limitações. Nem mesmo o apoio da torcida presente ao Mineirão ajudou as ‘All Blacks’, que jogaram com um uniforme semelhante ao do famoso time de rúgbi.
O segundo tempo mal começou e os Estados Unidos ampliaram, logo no primeiro minuto. Alex Morgan recebeu na área e chutou rasteiro, no canto direito. O time norte-americano, experiente, valorizou a posse de bola e até foi alvo da torcida ao não hesitar em recuar a bola para a goleira Hope Solo, vaiada quando era acionada. Depois do apito final, as jogadoras norte-americanas deixaram o campo com gritos de ‘Olê, Olê, Olê, Zika, Zika”. Criatividade de sobra para receber as atuais tricampeões olímpicas no Mineirão.
Hope Solo no Mineirão durante jogo entre EUA e Nova Zelândia
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