A torcida contrária nas arquibancadas do Mineirão durante a estreia dos Estados Unidos nos Jogos Olímpicos não surpreendeu as atletas norte-americanas, que se disseram acostumadas em receber vaias quando jogam fora do país. “Sempre que você é o adversário a ser batido, número um do mundo naquele esporte, é normal que os torcedores apoiem os adversários, que jogam como 'zebras'”, explicou a zagueira Beck Sauerbrunn, considerada co-capitã da equipe feminina dos EUA.
No dia seguinte à vitória dos EUA sobre a Nova Zelândia, por 2 a 0, as vaias e os gritos de “zika” direcionados pelos torcedores à goleira Hope Solo – que postou fotos polêmicas sobre como se comportaria no Brasil para evitar se contaminada pelo vírus zika – foram o assunto mais comentado pela mídia internacional.
Enquanto as titulares tiveram o dia livre para descansar, as reservas, junto das duas goleiras titulares, fizeram trabalho em academia. As atletas que concederam entrevista procuraram minimizar a reação dos torcedores e consideraram que os torcedores estavam se divertindo ao pegar no pé da musa Hope Solo.
“Comecei a notar que a torcida estava comemorando quando errávamos quando errei um lateral. Talvez por termos vencido a última Copa e sermos as favoritas, nos tornamos um time visado. Ou talvez os torcedores brasileiros estavam apenas se divertindo e brincando. Mas sei que Hope se desculpou pelos posts que tiveram repercussão negativa”, afirmou a meia campista Allie Long.